Zé Ricardo tem missão de equilibrar e deixar o Vasco mais competitivo
Com a pior defesa do Brasil, Zé Ricardo busca alternativas para melhorar o equilíbrio do Vasco da Gama nesta temporada.
A derrota por 3 a 2 para o Botafogo, quarta-feira, no estádio Nilton Santos, pela semifinal da Taça Rio, foi um recorte fidedigno do que é o Vasco nestes primeiros meses de 2018. Uma equipe que marca muitos gols, mas que também sofre muitos. O time é, entre todos os clubes brasileiros da Série A, o mais vazado e também o que tem a pior média por jogo nesta temporada. O levantamento é do site “Futdados”.
Ao todo, o Vasco sofreu 23 gols. A média é de 1,35 por partida – a Chapecoense, equipe menos vazada, tem média de 0,24. O time cruz-maltino também tem o pior percentual nos jogos sem levar gol entre todas as equipes da elite do futebol brasileiro: apenas 29,41% (o melhor neste quesito é o Cruzeiro, rival na Libertadores: 78.57%).
Destes 23 gols sofridos neste ano, 14 foram originados em jogadas aéreas. Mas no ataque este tipo de lance tem rendido frutos positivos. Dos 32 gols marcados em 2018, 13 nasceram a partir de jogadas aéreas – com Evander, Andrey, Bruno Costa (contra), Pikachu, Paulão, Rildo, Andrés Ríos, Thiago Galhardo, Wagner, Erazo e Riascos.
Os 32 gols marcados deixam o Vasco bem posicionado na tabela de ataques mais positivos. Nos números absolutos, fica atrás apenas de Vitória (38) e Ceará (41). A média de gols feitos por partida da equipe cruz-maltina é de 1,88. Neste ranking, ocupa a quarta posição, atrás de Palmeiras (2,0), Bahia (2,0) e Vitória (2,11).
A missão do técnico Zé Ricardo é alcançar um equilíbrio para deixar o time mais competitivo e confiável. Para isso, tem feito mudanças em busca de uma formação ideal. Para aumentar a estatura da defesa, tirou Ricardo e tem apostado na dupla Paulão e Erazo. Na frente, observou Andrés Ríos e Wagner em posições diferentes, por exemplo.
– Não podemos oscilar tanto. Aumentamos o número de finalizações, o que era algo que eu pedia desde o ano passado. Mas ainda cometemos alguns equívocos. Fazemos trabalhos em busca da perfeição para não sofrermos tanto. Posicionamento do corpo, imposição física… são vários motivos (bola aérea). Precisamos trabalhar. Ainda temos chance de conquistar o Carioca. Vamos em busca para não sofrermos tanto – analisou o treinador.
Eliminado da Taça Rio, o Vasco terá mais tempo de treinos para tentar encontrar um caminho para diminuir as oscilações. Daqui para frente a tendência é de que os desafios exijam ainda mais da equipe, que se prepara para as semifinais do Carioca e para o duelo com o Cruzeiro, dia 4 de abril, no Mineirão, pela Libertadores.
Globo Esporte