Zé Ricardo fala sobre busca por atacante, impaciência da torcida e estilo de jogo

Zé Ricardo diz que dificuldades financeiras pesar na busca por atacante e quer uma equipe com comportamento agressivo em campo.

Zé Ricardo durante entrevista neste sábado
Zé Ricardo durante entrevista neste sábado (Foto: Reprodução/Vasco TV)

Após a primeira semana de treinos desde seu retorno ao Vasco, Zé Ricardo concedeu, na manhã deste sábado, entrevista coletiva. Questionado sobre a busca por um atacante, que vem sendo bastante debatida internamente e cobrada pela torcida, o técnico de 50 anos garantiu que o clube está fazendo uma “varredura no mercado sul-americano” e, apesar das dificuldades financeiras, espera que a contratação seja cirúrgica e não sinta o peso da camisa cruz-maltina:

– A busca por um atacante está sempre em pauta. Jogadores de ataque são naturalmente mais valorizados e disputados no mercado. Estamos fazendo uma varredura no mercado sul-americano. Esbarramos nas questões financeiras. Mas quem sabe na semana que vem a gente possa ter novidades. A busca é constante, com Carlos Brazil. A gente entende a impaciência da torcida, mas vamos trabalhar com bastante critério. O que queremos é ser pontuais e trazer jogadores que serão a primeira opção e não sintam o peso da camisa do Vasco. Se a gente perceber que não será esse jogador, preferimos dar confiança a quem já está aqui no nosso elenco.

Sobre estilo de jogo que pretende adotar no Vasco – a equipe estreia no Campeonato Carioca no dia 26, contra o Volta Redonda –, Zé Ricardo disse que pretende adotar um comportamento agressivo, que consiga ter posse de bola e pressionar o adversário:

– O que queremos como equipe, independente da forma de jogar, é um comportamento agressivo. Gosto de equipes que consigam se moldar aos adversários. Mas os comportamentos individuais e coletivos não podem mudar. Grandes equipes do futebol conseguem variar dentro do jogo sua forma de jogar. E é isso que eu quero. Que o time tenha inteligência dentro do jogo. Dentro do desconforto, que a gente se sinta confortável. Primeiro tem que fazer o que tem que ser feito. Depois o que a gente gosta, que é ter a posse, construir o jogo, pressionar o adversário. E acho que dentro desses treinos iniciais isso tem sido muito claro.

Veja a coletiva na íntegra

Antecessores e estilo de jogo

– Lógico que tenho uma ideia de como queremos jogar. Tenho um respeito muito grande pelo Marcelo Cabo, Lisca e Fernando Diniz, companheiros que conheço. Entendo que houve essa dificuldade de identidade do grupo. Estamos fazendo um levantamento com Eduardo Húngaro dos 38 jogos da Série B, a forma como foram jogados, como levamos os gols…

– É logico que não quero falar muito sobre o ano passado com meus jogadores, até porque boa parte chegou agora e não temos que levar carga negativa. Chegaram com muita disposição e vontade. Mas internamente a gente levanta os motivos que hipoteticamente nos fizeram não chegar aos objetivos.

Como não repetir os erros de 2021?

– Não só buscar esses jogadores (que foram bem na Série B), mas também os jogadores que a gente acredita que, dentro do perfil que traçamos junto com a diretoria do clube, comportem esses hábitos… E também buscar informações em todos os aspectos para que a gente tenha um grupo coeso, que saiba da responsabilidade que é representar um clube como o Vasco e dos objetivos que temos para a temporada.

– Então, é lógico que a temporada passado nos ensinou muitas coisas, principalmente aquilo que não podemos repetir, sabemos que a Série B se desenha como uma das Séries B mais difíceis de todos os tempos, com grandes equipes, pelo menos cinco, seis com títulos nacionais, e a gente precisa realmente diminuir o máximo os nossos equívocos e potencializar o que temos de bom para, ao final do ano, estar conquistando o nosso grande objetivo, que é a subida para a Série A.

Caio Lopes

– Quando cheguei ao clube, muitas situações foram passadas para mim de forma institucionais. Não me isentando da responsabilidade. Entendemos que o Caio Lopes, junto ao seu representante, tinha boas opções. E nesse caso decidimos manter a decisão institucional do clube, e que o Caio Lopes seguisse seu projeto de carreira traçado com seu representante. Desejo todo sucesso para ele, mas cada um em seu caminho.

Primeiras impressões do grupo que está sendo montado

– Impressões positivas. O grupo, apesar de ainda estar bem reduzido, se mostrou bastante disposto. O elenco que vai estar sendo formado é praticamente todo novo. Acredito que os atletas também encontraram em nós, pessoal de apoio, da comissão técnica nova, muita vontade para fazer um grande trabalho e, pelo menos nesse início, tem sido bem positivas as impressões do nosso grupo.

Dificuldade história do Vasco

– O grande problema do Vasco é o tempo que se gasta, as décadas, de desunião dos grupos que comandaram o Vasco. Falo com um pouco de propriedade, mas longe de querer ser o dono da verdade. É a minha terceira passagem e são problemas que se repetem há muitos anos. O que posso propor é união para que o Vasco volte a protagonizar no futebol brasileiro.

SAF

– Sem dúvida o que está sendo desenhado são saídas. O modelo SAF ainda é muito recente. E sinceramente ainda não tenho condições de dar uma resposta se é o melhor caminho para o Vasco e para outras equipes. Vejo clubes com donos e mecenas que dão certo. Vejo um caminho para equipes mais tradicionais na questão de união.

Fonte: Globo Esporte

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