Zé Ricardo exalta espírito do elenco e quer vitórias mais tranquilas

Zé Ricardo já viveu fortes emoções neste início de temporada. Depois da classificação heroica na Libertadores e da permanência em São Januário, o treinador viu a equipe virar duas partidas seguidas nos momentos finais – contra Macaé e Boavista. Ele valoriza o espírito aguerrido do grupo, mas quer vitórias mais tranquilas a partir de agora.

– O futebol é uma grande emoção, então prefiro que tenho jogos vibrantes. Não quero passar o ano todo assim, complica pra saúde (risos). Tenho um grupo de atletas fantástico, estou muito satisfeito. Ganhamos confiança nos últimos jogos pra torcida acreditar na equipe até o final – explica Zé Ricardo.

As vitórias no sufoco têm um motivo: o time ainda está em formação. Por isso, há momentos de altos e baixos durante as partidas. Aos poucos, os jogadores irão se encaixar no esquema e os erros -defensivos e ofensivos – diminuirão. O treinador pretende mandar a mesma escalação no clássico contra o Fluminense.

– Todas equipes oscilam, e as falhas são mais pertinentes aos grupos em formação. O Vasco passa por isso. Cada jogo a gente tem um adversário diferente, com propostas diferentes. Nossa busca é elevar o nível e a performance de uma forma geral. Queremos não só tomar a liderança do grupo, mas ganhar força para o jogo contra o Madureira e principalmente contra a La U.

Preocupação com ataque do Fluminense:

‘A gente se preocupa com Fluminense de uma forma geral. Abel tem encontrado uma forma legal de jogar com toda sua categoria e visão de jogo. É um time interessante. Realmente temos que nos preocupar com Flu como um todo, não só com ataque. Temos tranquilidade. As oscilações acontecem, se a gente mudar e refazer vamos criar dúvidas no nosso grupo’

Alguma mudança para o clássico?

‘Não tem como fazer tantas mudanças. Estamos procurando a melhor formação e só com repetição que consegue dar esse condicionamento a equipe’

O clássico completa 95 anos de existência. Qual a sensação?

‘São muitos clássicos. A história de dois clubes gigantes se confunde até com o futebol carioca. Ter a possibilidade de trabalhar no clássico é uma satisfação pra gente. Temos uma equipe forte, e quem for no jogo amanhã vai ter uma partida gostosa de se ver’

Acha que o clima extra-campo pode influenciar?

‘Retrospectiva e estatísticas servem para criar tabus com a torcida, brincadeiras sadias pré-jogo. Dentro de campo as duas equipes se respeitam muito, são dois grandes clubes. E quem ganha é o torcedor. Estamos concentrados pra fazer um jogo de alto nível’

Wagner chegou a dizer que o time é limitado, mas tem ‘colhão’…

‘Temos jogadores importantes que elevam esse tipo de pensamento no dia a dia. O grupo é jovem e o Wagner assume a responsabilidade com outros atletas. É uma equipe com caráter, aura e temos um espirito de competitividade grande’

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