Vencer o Fluminense é essencial para o Vasco evitar uma crise

Frente a frente o Vasco que, momentaneamente, atravessa problema de salários atrasados e o Flu esbanja vencimentos altos.

Quanto vale o show? A pergunta, no clássico entre Vasco e Fluminense, às 19h30, no Engenhão, pela Taça Guanabara, com transmissão em tempo real pelo LANCENET!, nunca foi tão pertinente. Afinal, o duelo colocará frente a frente um time que, momentaneamente, atravessa problema de salários atrasados e outro que esbanja vencimentos altos.

O Gigante da Colina, porém, deu provas, no ano passado, de que nem sempre um grande investimento faz a diferença. Com teto salarial em torno de R$ 220 mil, formou um grupo, em sua maioria, de jogadores emprestados ou sem vínculo com outros clubes. Faturou a Copa do Brasil, foi vice no Brasileirão e chegou às semifinais da Sul-Americana.

No quesito estrutura, utilizou-se de jogo de cintura para amarrar parcerias que o beneficiaram, a custo zero, com uma moderna academia, novo vestiário, novo placar eletrônico, reforma do gramado, megaloja, entre outras benfeitorias.

O Flu, em contrapartida, mostrou que o que deseja, tem. Na mão grande, pegou Thiago Neves do Fla pagando quase R$ 16 milhões. O apoiador se junta a Deco e Fred, com salários acima dos R$ 500 mil.

Vencimentos, aliás, estão longe de ser um problema nas Laranjeiras. Todos estão rigorosamente em dia. O presidente da patrocinadora, o poderoso Celso Barros, não esconde de ninguém que faz de todo o possível pelo objetivo da Libertadores, título que o clube ainda não possui.

Por falar na competição sul-americana, o Tricolor largou na frente, vencendo seu jogo de estreia, diferentemente do Gigante da Colina, que tropeçou em casa.

Na Taça Guanabara, porém, a situação se inverte. Líder isolado, o Vasco pode garantir sua vaga antecipada hoje, caso vença. O resultado, por sinal, deixaria o Fluminense em maus lençóis, já que, atualmente, a equipe de Abel Braga não se encontra na zona de classificação.

O diretor Rodrigo Caetano foi de mala e cuia para as Laranjeiras. Dedé, desprezado no Tricolor, hoje brilha na Colina. Rivalidades e antagonismos à parte, o clássico promete.

Situação não é motivo para ânimo a mais

Enfrentar um time com salários astronômicos e em dia não chega a ser um fator influenciador para os jogadores do Vasco. Eles garantem que, independentemente do adversário, a disposição é a mesma.

– Não tem como falar que só porque vamos enfrentar o elenco mais caro do Brasil teremos uma motivação a mais. Independentemente de estar recebendo ou não, não vamos deixar de correr – declarou o lateral Fagner.

Daniel Freitas, diretor executivo do Vasco há pouco mais de um mês, não vem tendo dias fáceis por conta dos problemas salariais. Apesar de hoje a situação está melhor (13º- e o mês de dezembro foram pagos), ele é o responsável por acalmar os ânimos entre jogadores e diretoria. O dirigente, porém, acredita que tudo fica para trás quando o árbitro apita:

– Quando você tem condições de manter os pagamentos em dia, isso facilita muita coisa. Mas temos um grupo de qualidade e no qual possuímos plena confiança. Quando a bola rola, as forças se equivalem.

Com a palavra
Daniel Freitas

Diretor Executivo do Vasco, substituto de Rodrigo Caetano

Segredo é a liga entre comissão e jogadores

Quando cheguei, sabia que a tarefa não era fácil. Não contava, na verdade, com esses problemas que estão acontecendo neste momento, mas tenho conseguido, com o apoio da comissão e do grupo de jogadores, contornar da melhor maneira possível. Sabemos que não é o ideal, mas a diretoria está trabalhando para resolver as pendências financeiras o mais rapidamente possível. Acho que isso também está servindo para me dar uma boa experiência em situações como essa.

Com relação ao sucesso do time, o segredo foi montar um bom grupo desde o ano passado. Este ano trouxemos peças que se encaixaram no perfil. Além disso, mantivemos a comissão técnica. Acho que é importante essa liga da comissão com os jogadores. O segredo do sucesso
é exatamente esse.

Os gastos do Vasco

3,7 milhões de reais foi o que gastou o Vasco para manter Bernardo até 2014 com o clube. Ele chegou ao clube no começo de 2011, por empréstimo.

3 jogadores acertaram com o Vasco sem custos. O zagueiro Rodolfo, o lateral Thiago Feltri e o atacante Tenório não mexeram nos cofres cruzmaltinos.

lancenet

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