Veja os 5 motivos que fazem Diniz não engrenar no Brasileiro

O Vasco está classificado para as semifinais da Copa do Brasil, mas ainda sofre para engatar no Brasileirão. Desde que Fernando Diniz chegou ao clube com a missão da luta contra o rebaixamento, o time se destacou no mata-mata nacional, mas segue na parte inferior da tabela com um aproveitamento ruim.

Nas oito primeiras rodadas da competição, o clube havia conquistado sete pontos — 29% do total. Desde que Fernando Diniz chegou a São Januário, o Vasco somou 16 pontos em 42 disputados — 38%. A melhora foi suficiente para tirar o time da zona de rebaixamento, mas não representou uma evolução significativa, já que a equipe segue apenas um ponto acima do 17º colocado.

No entanto, o Vasco apresenta atuações melhores com Fernando Diniz em comparação ao que vinha mostrando. O fato é que os resultados não têm aparecido. Por quê? O ge listou cinco motivos.

Baixo aproveitamento em São Januário

São Januário foi o maior aliado do Vasco em edições recentes do Brasileirão. Grande parte da boa campanha de 2024 no campeonato e na Copa do Brasil se explicou pelo ótimo aproveitamento em seu estádio — em 24 jogos, foram 14 vitórias e apenas duas derrotas.

No entanto, nesta quarta-feira, o Vasco completou 123 dias sem vencer pelo Brasileirão em São Januário. Trata-se do segundo maior jejum do clube no estádio na era dos pontos corridos, segundo levantamento do Gato Mestre. A última vitória foi sobre o Fortaleza, por 3 a 0, no dia 17 de maio — único triunfo de Diniz no torneio dentro de casa.

Desde então, o Vasco perdeu para Bragantino e Corinthians em São Januário e acumulou empates contra Grêmio, Atlético-MG e Ceará. Nesse período, também foi derrotado pelo Botafogo no Brasileirão, em jogo levado pela diretoria vascaína para o Mané Garrincha, o que piorou ainda mais o retrospecto como mandante na competição.

Chances perdidas

Não dá para dizer que o Vasco não teve chances de vencer mais jogos do que ganhou até aqui. A equipe enfrentou muitos problemas para converter em gols as oportunidades criadas contra Bragantino, Grêmio, Atlético-MG e Ceará em São Januário, além do duelo com o Internacional fora de casa.

Contra o Bragantino, o Vasco finalizou 20 vezes, mas acertou apenas três no gol e acabou derrotado por 2 a 0. Diante do Grêmio, foram 28 finalizações contra seis, mas o jogo terminou empatado. Já contra o Internacional, fora de casa, a equipe de Diniz abriu o placar e teve chances de definir a partida ainda no primeiro tempo, mas sofreu o empate no fim, após a expulsão de Léo Jardim.

Defesa exposta

A defesa é um problema crônico do Vasco há muito tempo, e Fernando Diniz não a consertou ainda. Em 14 jogos no Brasileirão com o técnico, a equipe sofreu 22 gols, mais de 1,5 gol por jogo. A média é superior aos últimos dois campeonatos. Em 2023, o time sofreu 51 gols em 38 jogos (1,34). No ano seguinte, foram 56 gols sofridos (1,47 de média).

Erros individuais

A maior parte dos gols sofridos tem origem no mesmo problema: os erros individuais. Desde o início do Brasileirão, o Vasco tem o maior número de falhas individuais entre todos os 20 times da Série A. São nove que geraram gols dos adversários. O levantamento é do Gato Mestre — e não conta expulsões, gols contra ou pênaltis cometidos.

O último exemplo é o que está mais fresco na memória do torcedor. Contra o Ceará, neste domingo, Paulo Henrique e Mateus Carvalho falharam. Os erros foram determinantes para o Vasco não sair vencedor da partida, assim como já tinha acontecido contra o Mirassol e o Internacional. São sete pontos desperdiçados nestas partidas.

Desfalques

Fernando Diniz não tem tido paz para dar sequência a um time titular no Vasco. Desde que chegou ao clube, o técnico perdeu Adson e Jair por lesão para o restante da temporada. Atualmente no departamento médico também estão Lucas Piton e Tchê Tchê, titulares absolutos do time.

A equipe ainda teve que se reformular na janela de transferências com as saídas de João Victor e Luiz Gustavo. Carlos Cuesta e Robert Renan chegaram ao Vasco, mas na última semana. A equipe jogou por mais de um mês com Hugo Moura improvisado na defesa ao lado de Lucas Freitas.

Fonte: Globo Esporte