Veja o que mudou em Vasco e Botafogo desde último mata-mata na CB

Vasco e Botafogo decidem uma vaga na semifinal da Copa do Brasil, 5 anos desde o último mata-mata na competição.

Lucas Freitas em Vasco x Botafogo
Lucas Freitas em Vasco x Botafogo (Foto: Thiago Ribeiro/AGIF)

No Nilton Santos, Botafogo e Vasco decidem uma vaga na semifinal da Copa do Brasil. O duelo também marca o reencontro entre os rivais, cinco anos desde o último mata-mata na competição. E de lá para cá, muita coisa mudou em ambos os lados.

A última vez – e até então única – que o Glorioso e o Cruzmaltino se esbarraram na competição nacional foi em 2020. Na já extinta quarta fase, o time de General Severiano avançou graças a gol de Matheus Babi (hoje no Juventude) no Nilton Santos, que ainda sequer sonhava em ter gramado sintético.

No lado do Botafogo, as principais figuras eram o japonês Honda e Kalou, da Costa do Marfim. Já no Vasco, os argentinos Martín Benítez e Germán Cano.

Naquela altura, o futebol tinha retomado há pouco tempo no Brasil após a pandemia de COVID-19 e o Brasileirão ainda estava nas primeiras rodadas. O Botafogo deixou o Vasco pelo caminho, mas nas oitavas caiu para o Cuiabá e também se despediu da competição.

Na Série A, o Vasco, que chegou a liderar a competição nas primeiras rodadas, ainda não corria risco de rebaixamento, algo que já era realidade para o Botafogo, que se encontrava na zona da degola. Ao final daquela temporada, que só acabou em 2021, a dupla carioca acabou rebaixada à Série B, com o Glorioso na lanterna.

A partir daí, os dois clubes passaram por momentos distintos até o reencontro no mata-mata da Copa do Brasil em 2025. A começar pelas campanhas de Botafogo e Vasco na segunda divisão de 2021, em que o Glorioso subiu como campeão e o Cruzmaltino não conseguiu o acesso.

Em meio à euforia com a volta à elite, o Botafogo, que já realizava estudos para viabilizar a sua própria SAF, conheceu a figura de John Textor. O empresário norte-americano comprou 90% das ações do clube alvinegro e passou a comandá-lo, iniciando o processo de reestruturação em 2022.

O Vasco, por sua vez, que passava por um dos seus momentos financeiros mais conturbados, incluindo atrasos salariais, conseguiu o acesso à Série A somente em 2022. E também entrou na rota das SAF’s, tendo 70% de suas ações adquiridas pela 777 Partners em setembro do mesmo ano.

A SAF do Botafogo caminhou a passos largos e, mesmo tendo um início complicado no Brasileirão em meio à contratação de um time “novo”, terminou em 2022 sonhando com uma vaga na CONMEBOL Libertadores, mas acabou indo mesmo para a CONMEBOL Sul-Americana.

2023 foi um ano complicado para ambos. Enquanto o Vasco, mesmo com reforços milionários, flertou com o rebaixamento até a última rodada do Brasileirão, sendo salvo por uma reação histórica sob o comando de Ramón Díaz, o Botafogo sonhou com o título brasileiro, ficou próximo disso, mas no final viu o Palmeiras faturar o bicampeonato.

Já em 2024, o Glorioso teve o seu ano “mágico”. Roubando a cena no mercado de transferências com as contratações bombásticas de Luiz Henrique e Thiago Almada, o Botafogo enfim foi campeão nacional e, ainda de quebra, levantou a taça inédita da Libertadores.

O Vasco, por sua vez, teve um momento conturbado nos bastidores, mas terminou o ano tranquilo. E tudo começou com o imbróglio na Justiça entre o associativo do clube e a 777, que perdeu o controle das ações da SAF, que passaram para a gestão do presidente Pedrinho. E tudo em meio à sonora goleada por 6 a 1 sofrida para o Flamengo.

Apesar do “caos” no primeiro semestre, o Cruzmaltino teve uma sequência de temporada tranquila, contou com a volta de Philippe Coutinho, e após arrancada com Rafael Paiva, terminou o Brasileirão garantindo uma vaga na Sul-Americana, voltando a disputar competições continentais após 2018.

Em 2025, novos capítulos também vêm sendo escritos nos dois clubes. O Botafogo passou por uma nova reformulação no elenco após as saídas de Artur Jorge e de nomes como Luiz Henrique e Almada e tenta se reencontrar com a chegada de Davide Ancelotti. O seu antecessor, Renato Paiva, chegou com a temporada já em curso, chamou atenção no Mundial de Clubes vencendo o PSG, mas acabou demitido logo na sequência.

O Glorioso também acabou eliminado nas oitavas da Libertadores para a LDU e tem na Copa do Brasil a chance de dar uma volta por cima nesta temporada conturbada, que ainda conta com a briga jurídica entre Textor e os demais acionistas da Eagle, além, claro, das questões envolvendo o Lyon, que foi salvo de um rebaixamento na França no tribunal.

Já o Vasco, começou o ano com Fábio Carille no comando, mas o treinador durou pouco em São Januário. O clube também teve uma decepção na Sul-Americana, caindo ainda nos playoffs, além de ter tido um início ruim no Brasileirão, brigando contra o rebaixamento. Com a chegada de Fenando Diniz, o clube tenta se reencontrar na temporada e a Copa do Brasil também é uma motivação a mais na chance de voltar a ser campeão depois de quase uma década – desde o Campeonato Carioca de 2016.

Novos reforços também chegaram ao Vasco neste segundo semestre, sobretudo os zagueiros Robert Renan e Carlos Cuesta, contratados para suprir uma das principais carências do elenco, que é a defesa.

O único remanescente do confronto entre Botafogo e Vasco em 2020 também está no Cruz-maltino: o lateral esquerdo Victor Luís, hoje com 32 anos, e que é reserva na equipe, mas era titular do Glorioso à época.

No Nilton Santos, Botafogo e Vasco se reencontram após empate por 1 a 1 na ida, em São Januário, ainda antes da Data Fifa. Com isso, apenas a vitória importa para ambos lados, já que uma nova igualdade leva a definição para os pênaltis.

Fonte: ESPN

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