Veja como Pedro Raul tem se ‘sacrificado’ nos jogos do Vasco

Centroavante do Vasco da Gama, Pedro Raul é o artilheiro do Cruzmaltino na temporada, ao lado de Gabriel Pec.

Pedro Raul contra o Atlético-MG na primeira rodada do Brasileiro
Pedro Raul contra o Atlético-MG na primeira rodada do Brasileiro (Foto: Daniel Ramalho)

O gol que abriu o placar no empate em 2 a 2 com o Palmeiras, domingo, pela segunda rodada do Brasileiro, foi o primeiro de Pedro Raul no campeonato com a camisa do Vasco. Premiou o desempenho de um atleta que vem, até aqui, fazendo um “trabalho sujo”, no bom sentido, pelo funcionamento da proposta de jogo do cruz-maltino.

O camisa 9 apareceu entre os zagueiros para completar cruzamento de Alex Teixeira no primeiro gol e voltou a brilhar no jogo aéreo ao aproveitar cruzamento de Lucas Piton e cabecear para boa defesa de Weverton, que terminou no gol de Gabriel Pec. Em ambas as jogadas, fez os movimentos naturais de um centroavante que busca o gol. Mas nos intervalos entre ver as redes balançando, Pedro Raul tem sido arma fundamental para incomodar a marcação adversária, abrir espaços e conectar contra-ataques em situações de saída de bola mais complicada para o time.

No Maracanã, quando o Palmeiras pressionava o Vasco por uma possível virada, já com o 2 a 2 no placar, a defesa tinha muita dificuldade em sair trocando passes diante da marcação alta do alviverde. A solução, muitas vezes, foi esticar bolas de forma mais direta para Pedro Raul, que já fora da área, tentava fazer o trabalho de pivô ou raspar de cabeça para encontrar os laterais e atacantes abertos nas alas, arma importante de contra-ataque da equipe. Pumita, Pec e Piton foram alguns dos que se beneficiaram ou dos rápidos toques na bola para se infiltrar em velocidade ou encontrar campo aberto.

As jogadas nem sempre são certeiras ou terminam em ataques perigosos, mas são importantes para manter a defesa adversária em movimento, ocupada, em partidas complicadas como a de domingo. O centroavante terminou o jogo com 38 toques na bola, número próximo, por exemplo, aos 42 de Andrey Santos, um dos que mais fica com a redonda nas partidas do Vasco, ou de Jair, outro organizador do meio, com 31. Léo e Robson, dupla de zaga frequentemente acionada na partida, terminou com 47 e 42, respectivamente.

A influência no jogo pode não ficar clara apenas nos números, mas lances capitais da vitória sobre o Atlético-MG, na primeira rodada, ilustrar bem a importância do centroavante para além dos gols.

No primeiro gol do Vasco, o centroavante tem seu marcador e “o protege” para que Andrey, que passa em suas costas, não seja atacado e complete a cobrança de Pec de cabeça para as redes.

Fonte: O Globo

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