Veja como o Vasco pretende usar os R$ 80 milhões emprestados pela Crefisa

O Vasco projetou usar R$ 70 milhões do empréstimo em outubro e R$ 170 milhões em despesas até o fim do ano.

Pedrinho e Leila Pereira
Pedrinho e Leila Pereira (Foto: Anderson Romão/AGIF)

O Vasco apresentou à Justiça o cronograma da utilização do empréstimo de R$ 80 milhões, que será disponibilizado pela Crefisa. A direção pediu a autorização, em petição enviada à 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro há duas semanas, para realizar o empréstimo. Como a SAF e o clube estão em recuperação judicial, a juíza do processo precisa autorizar a movimentação.

No documento, o clube projeta a utilização de R$ 70 milhões, em duas parcelas, já neste mês de outubro – a primeira de R$ 30 milhões a ser efetuada em caráter de urgência, assim que obtiver a autorização judicial; e a segunda, de R$ 40 milhões, até 26 de outubro.

Posteriormente, seriam mais duas parcelas, de R$ 5 milhões cada, nos meses subsequentes. Confira abaixo os detalhes do cronograma descrito em trecho do documento:

  • 1ª Parcela) Desembolso de R$ 30.000.000,00 (trinta mlhões de reais), necessário já na presente data, a ser efetuado imediatamente após o fechamento da operação — o que dependerá da urgente autorização judicial;
  • 2ª Parcela) Desembolso de R$ 40.000.000,00 (quarenta mlhões de reais) a ser efetuado até 26.10.2025;
  • 3ª Parcela) Desembolso de R$ 5.000.000,00 (cinco mlhões de reais) a ser efetuado até 26.11.2025;
  • 4ª Parcela) Desembolso de R$ 5.000.000,00 (cinco mlhões de reais) a ser efetuado até 22.12.2025;

Projeção de R$ 170 milhões em despesas

O recurso, segundo o documento, será usado exclusivamente para despesas correntes — como salários, fornecedores estratégicos e obrigações trabalhistas e fiscais — durante o processo de recuperação judicial.

Até o fim do ano, o clube projeta um custo estimado de R$ 170 milhões para manutenção de suas operações. Veja os detalhes:

  • Folha salarial de futebol (masculino, feminino e base): R$ 94,5 milhões
  • Manutenção de custos operacionais do futebol: R$ 8,8 milhões
  • Aquisição de direitos econômicos de atletas: R$ 34,7 milhões
  • Tributos: R$ 11,9 milhões
  • Despesas administrativas: R$ 19,8 milhões
  • Total de custos: R$ 169,7 milhões

Em trecho do documento, o clube explicita a necessidade urgente da captação imediata de recursos para viabilizar a estabilização financeira.

“A necessidade de pagamento destas despesas essenciais à manutenção das atividades das Recuperandas evidencia a necessidade de captação imediata de recursos, sendo certo que o fluxo de desembolso do DIP a ser contratado mediante autorização judicial prevê um fluxo de desembolso de aproximadamente R$ 70.000.000,00 (setenta milhões de reais) de outubro a dezembro de 2025, de modo a viabilizar a estabilização financeira da Vasco SAF no curto e médio prazo, assegurando a continuidade de suas atividades essenciais enquanto se avançam, paralelamente, as negociações com os credores no âmbito do plano de recuperação judicial e a resolução do litígio societário, em trâmite na esfera arbitral, com a 777 Carioca LLC”.

No fim de setembro, o ge entrevistou Felipe Carregal, vice-presidente jurídico do Vasco, para entender as motivações do movimento para solicitar um empréstimo. O advogado disse que o fluxo de caixa da SAF foi comprometido pela 777 Partners e que o empréstimo era necessário para equilibrar contas, sem abrir mão de ativos importantes do clube, como o jovem Rayan, destaque da equipe na temporada. A venda do atacante era prevista nos relatórios entregues à Justiça no início do ano para a recuperação judicial.

— O fluxo de caixa foi comprometido por dívidas assumidas de forma irresponsável pela 777, muitas delas com vencimento imediato. Por isso, o empréstimo — necessário para equilibrar as contas sem abrir mão da responsabilidade financeira — já estava previsto tanto no pedido de recuperação judicial quanto no plano apresentado. Essa necessidade foi exposta de forma clara e transparente em todas as apresentações internas realizadas antes da formulação do pedido de recuperação judicial, inclusive para conselheiros e demais poderes do clube. Nenhuma novidade, portanto — disse Carregal, que completou:

— Sobre uma potencial negociação do Rayan para aliviar o caixa, vale ressaltar que a venda de jovens talentos do clube para pagar dívidas foi prática comum no passado. A atual diretoria, ao contrário, fez um esforço para manter o jogador, peça importante do elenco e ativo estratégico de longo prazo.

Para chegar ao nome da Crefisa, o clube promoveu uma espécie de concorrência e esteve em contato com cerca de 60 instituições financeiras.

O ge procurou a direção do Vasco , e o presidente Pedrinho explicou o processo. Ele afirmou que a Crefisa foi a instituição que apresentou as melhores condições. O mandatário do Vasco citou o excelente relacionamento com o José Lamachia, marido de Leila Pereira e dono da Crefisa.

— Desde o início, no planejamento da recuperação judicial, já estava prevista a necessidade de um empréstimo para ajustar o fluxo de caixa e garantir que o clube pudesse honrar seus compromissos imediatos — com previsão de captação antes de outubro. No entanto, graças aos esforços pautados na responsabilidade financeira, conseguimos adiar essa captação o máximo possível, ganhando tempo para buscar a melhor alternativa no mercado – disse Pedrinho.

Fonte: Globo Esporte

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