Vegetti fala sobre críticas da torcida e recordes pelo Vasco

Artilheiro do Vasco da Gama na temporada 2025, Vegetti fala sobre críticas da torcida e cita recordes pelo Clube.

Vegetti em entrevista coletiva
Vegetti em entrevista coletiva (Foto: Matheus Lima/Vasco)

Vegetti vive um momento de contrastes no Vasco. O atacante tem sido o principal goleador da equipe nos últimos anos. Em 2024, foi artilheiro da Copa do Brasil e começou esta temporada com a artilharia do Carioca, ao lado de Cano e Max, com seis gols.

O atacante deu entrevista coletiva nesta terça-feira. Apesar dos gols e da liderança em campo, ele sofreu algumas críticas pelas atuações contra o Flamengo, nos dois jogos das semifinais do Carioca. O atacante admite conviver com críticas da torcida, mas tenta se resguardar do peso que vem de fora de campo.

– Crítica faz parte da vida. No futebol, de qualquer trabalho. Eu não dou importância a isso, o torcedor também falou que eu era o melhor jogador do mundo, e eu tampouco acredito nisso. Mantenho um equilíbrio na minha cabeça. Respeito muito o torcedor, aceito a crítica, mas já tenho idade para saber a dar importância ao que é importante, que é o trabalho, treino… Sou muito responsável, faço tudo para melhorar. Minha parte está feita, dentro do campo dou tudo que tenho – afirmou.

– Eu entendo a torcida do Vasco, que já ganhou muito, mas a realidade é outra. Leva tempo. Gostaria de dizer que vamos ser campeões de tudo, mas tenho que ser sincero. Vamos trabalhar para responder no campo. E que a gente possa ganhar uma taça nesse tempo em que estamos no Vasco.

No início de abril, o Vasco muda a chave e volta a disputar uma competição internacional. Nesta segunda-feira, foi realizado o sorteio que apontou os adversários da equipe brasileira na Sul-Americana. São eles: Lanús (Argentina), Academia Puerto Cabello (Venezuela) e Mélgar (Peru).

– É muito importante para nós jogar um torneio internacional. Tem que virar costume o Vasco em torneio internacional. Quando cheguei, era a primeira meta. Sabia que fazia um tempo que o Vasco não jogava e que o Vasco tem história em torneio internacionais. É um objetivo principal que a gente tem – analisou.

– Voltar a jogar na Argentina é sempre bom, mas sabemos que jogar contra time argentino é muito difícil, então temos que nos preparar da melhor maneira. Não temos que escolher jogos com essa camisa, temos que ser inteligentes.

Durante a entrevista, ao ser perguntado sobre a importância de Coutinho pelo ge, Vegetti recordou de uma reportagem publicada no site no dia 15 de janeiro sobre a difícil negociação de renovação com o Vasco. O argentino negou os valores publicados na matéria. O ge, no entanto, sustenta a informação.

Veja outras respostas:

Recordes pelo Vasco

– Ficar na história de um clube tão grande como o Vasco é muito importante. Sou muito sincero quando falo, aconteceu na Copa do Brasil de ter um pênalti e deixei para o Philippe. Ele tem uma responsabilidade muito maior. Fazendo isso, deixei o pessoal de lado. Amo fazer o gol, mas achei melhor nesse momento que ele cobrasse e retomasse a confiança. Eu fico muto tranquilo com isso, sei que posso fazer muita história nesse clube. Mas acho que o que vai marcar é algo importante a nível de grupo, uma taça. Temos que trabalhar. O clube está em momento de reconstrução, fazemos parte disso. Quando cheguei, o Vasco estava praticamente rebaixado, salvamos isso. Chegamos à semifinal do Carioca, e uma semifinal de Copa do Brasil, ficamos em décimo lugar, colocamos o Vasco numa competição internacional.

Seca de títulos

– A gente não fala isso. A gente sabe que está num clube muito grande, que conquistou muito títulos. Mas a realidade é outra, temos que aceitar isso. Em muitos momentos carregamos isso de não conquistar um título há muito tempo, hoje estamos aqui e somos responsáveis pelo que acontece. Temos que trabalhar, melhorar. No Vasco fico muito surpreso porque saem muitas mentiras, em páginas de clube e imprensa, comento até com minha esposa. Todos jogadores falam “como fala isso?”, então é difícil. Volto a falar: sei o peso dessa camisa, da responsabilidade. Temos que trabalhar.

– Eu posso falar que minha prioridade é a Copa Sul-Americana, queria dizer que vamos ser campeões da Copa do Brasil, mas não posso dizer isso, tenho que ter responsabilidade. Como falei, é muito jogo, tem que ter muita competência e estar preparado para isso.

– Representa ainda mais a responsabilidade, mais sacrifício. Tenho que dar mais por essa camisa, querer mais. Quando assumo a responsabilidade, eu assumo. Eu sou muito grato por esse carinho da torcida. No Vasco temos que tentar sair campeões, sou muito grato por esse carinho e tento devolver isso a cada jogo e a cada treino.

Artilharias

– Expectativa é deixar o torcedor feliz. Fui artilheiro da Copa do Brasil, do Carioca, tenho 40 gols desde que cheguei ao Vasco. A única coisa que quero é deixar torcedor feliz. Queremos um título, mas temos que falar também que é muito difícil. Vamos nos preparar. Quero sempre fazer gol, ajudar o time. Acho que conseguir uma taça seria muito importante. Como capitão, boto sempre o grupo na frente do pessoal. Mas falei: torcedor do Vasco tem que ficar feliz, um torcedor que vem sendo muito maltratado. Um clube grande, que ganhou muita coisa, mas está passando por uma reformulação. Não podemos falar mentira, que vamos ser campeões de tudo, mas vamos tentar.

Coutinho

– É um jogador de outro nível, que tem muito a fazer aqui. Temos que ajudar. Para ele, tem sido muito difícil. Veio do Catar, faz uma transição. Temos que ajudá-lo, não apenas nós, mas a parte técnica, médicos. É uma cara dedicado, sofreu muito também. Tenho orgulho de ter uma relação fora do CT. Ele se cuida muito. Não sai de um jogo que não deu certo contente e vai para casa fazer besteira. Ele sente muito e temos muito que ajudar ele.

Críticas

– Qualquer pessoa fala, escreve, sem sentido. É o nosso trabalho, futebol é a melhor coisa do mundo, mas tem isso. A gente tem que seguir trabalhando. Todo jogo com essa camisa exige o máximo e estou acostumado a isso. Todo jogo tenho que fazer gol, ser o melhor. Mas as coisas não são assim. Quando a crítica vem, sigo trabalhando. O torcedor me tratou muito bem desde que cheguei, e só isso.

Jogar na altitude

– No Brasil a logística é muito importante, dão muita importância para isso. Tem muta viagem, jogar na altitude é muito ruim. Isso é o principal. Temos que melhorar, fazer as coisas controladas. Mas também o treinador vai corrigindo depois de cada jogo.

Posicionamento

– Tento adaptar-me ao que o treinador quer, na área me sinto em casa. Mas tento me adaptar ao que o treinador pede. Depende também de como é o jogo, alguns jogos você planeja uma coisa e sai outra, mas tento.

Queda de rendimento

– A preparação física é muito importante, a gente teve uma pré-temporada muito curta porque tínhamos que jogar o Carioca. Não há uma fórmula exata, o mais importante é descansar, alimentação. A comissão vai trabalhando mais específico. O futebol já sabe como é a preparação, sabe como fazer. Um jogo vai parecer mais descansado, outro não. Não tem uma explicação específica disso. Quase todos os times se preparam da mesma forma, não creio que o Flamengo trabalha diferente, só dando um exemplo. Então é isso.

Fonte: Globo Esporte

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