Vegetti busca recuperar boa fase após 12 jogos sem marcar com bola rolando
O artilheiro do Vasco da Gama tenta iniciar uma volta por cima em seu pior jejum de gols com a camisa cruzmaltina.
Ninguém pode negar o carinho da torcida do Vasco por Pablo Vegetti. Nome importantíssimo do cruz-maltino no milagre da fuga do rebaixamento em 2023 e na campanha de semifinal da Copa do Brasil no ano passado, o argentino virou ícone nas arquibancadas. Mas o momento mudou. Hoje, quando o Vasco recebe o Vitória, em São Januário, às 16h, pela 27ª rodada do Brasileirão, o artilheiro vascaíno tenta iniciar uma volta por cima em seu pior jejum de gols com a camisa cruz-maltina.
São seis partidas sem marcar gols, como aconteceu entre o fim de outubro e o início de dezembro de 2024. Naquela ocasião, o atacante passou 11 jogos sem balançar as redes que não fosse de pênalti. Desta vez, já são 12 partidas nesta situação — seus três gols foram em cobrança de penalidade máxima.
Moral com Diniz
O mau momento do camisa 99, de 36 anos, não parece tirar o sono de Fernando Diniz, que ressalta sua confiança no artilheiro e destaca qualidades como liderança, importância na bola aérea defensiva e entrega física. Na mais recente entrevista, após a derrota para o Palmeiras, na última quarta-feira, jogo em que o argentino saiu de campo muito frustrado com o resultado, o treinador voltou a apoiá-lo.
— Toda coletiva tem uma pergunta sobre o Vegetti. Eu tenho que vir preparado. Uma hora ele vai fazer gol […] O forte do Vegetti todo mundo sabe. É um goleador, para quem a bola precisa chegar em boas condições para marcar. Quando a gente tem um volume maior de chegadas mais limpas, principalmente com cruzamentos, ele tem mais chances de fazer o gol. Quando ele não faz gol, tem uma função tática muito importante. Tem espírito de liderança. É um dos grandes líderes da equipe. Todo mundo passa por isso, o Hulk tem passado também — ponderou.
A confiança de Diniz na possível recuperação e nas características positivas de Vegetti se traduz em minutagem em campo. Ele foi titular em todos os seis jogos em que não marcou e esteve em campo nos 90 minutos em três deles. Nos que saiu, deixou o campo aos 73, 57 e 67 minutos de jogo. No recorte das 12 partidas sem gols de bola rolando, são 11 como titular, sendo seis com os 90 minutos disputados.
Por outro lado, a influência de Vegetti no jogo ofensivo teve leve queda nesse período de jejum: em comparação aos 13 primeiros jogos que disputou no Brasileirão, a média de finalizações caiu de 3,1 para 2,6 por jogo, e a média de duelos aéreos vencidos, um de seus pontos fortes, caiu de 43 para 41%. Os dados são do Sofascore.
Hoje, o mais próximo de um reserva para o argentino é o jovem GB, que não conseguiu sequência nas chances que teve e ainda convive com lesões. Rayan e David, por outro lado, podem atuar como referência no ataque. Em 2023, Vegetti disputou posição com Sebastián Ferreira e, no ano seguinte, com Clayton. Em ambas as ocasiões, se manteve como titular absoluto da posição. Em 2025, o clube acabou não fechando com outra opção de centroavante para o elenco.
A partida de hoje deve ter o retorno do meia Matheus França, recuperado de entorse no tornozelo direito. O zagueiro Cuesta, com edema na coxa esquerda, é dúvida. Já o volante Barros retorna após suspensão. Do lado do Vitória, o lateral-esquerdo Ramon e o atacante Rezo López estão suspensos pelo terceiro cartão amarelo. O rubro-negro, que venceu o Ceará na última rodada, tenta deixar a zona de rebaixamento.
Fonte: Extra