Vasco volta a sofrer com gol no fim do jogo e vive desafio com elenco curto 

O Vasco sofreu a virada para o Fluminense em clássico disputado, neste sábado, no Maracanã, e viu a defesa ser vazada mais uma vez nos minutos finais da partida. O gol da vitória tricolor, marcado por Guga, foi o sexto sofrido pela equipe vascaína na temporada depois dos 40 minutos da segunda etapa e liga um alerta para parte física dos atletas.

Na última partida, a defesa sofreu um gol no último minuto contra o Operário-PR que quase custou muito caro. O Vasco vencia o time paranaense por 1 a 0 até os 47 minutos do segundo tempo, quando Ademilson empatou e levou a decisão por uma vaga para as oitavas de final da Copa do Brasil para as penalidades. Léo Jardim, porém, salvou o Vasco, com três cobranças defendidas.

Outros gols decisivos sofridos nos últimos minutos pela defesa vascaína aconteceram contra Melgar, pela Sul-Americana; e contra o Vitória, pelo Brasileirão. Diante do time peruano, o Vasco vencia por 3 a 2, mas levou o empate com gol de Cabrera, aos 44 minutos, na estreia na fase de grupos. Em Salvador, a equipe, à época comandada pelo interino Felipe Loureiro, empatava em 1 a 1, até sofrer o gol de Renato Kayzer, que garantiu o triunfo para os donos da casa.

Veja todos os gols sofridos após os 40 minutos do segundo tempo. Os números são do Gato Mestre.

Gols sofridos pelo Vasco após os 40 minutos da etapa final

Dos 35 gols sofridos pelo Vasco no ano, 22 aconteceram na segunda etapa, o que corresponde a 63% do total. A queda física de alguns dos principais jogadores do time liga o alerta para a sequência da temporada. Um problema que se apresenta no elenco desde os tempos de Fábio Carille, que chegou a apontar em entrevista que não lembrava “um jogo em que o Vasco havia sido linear”.

Na coletiva de imprensa após a derrota para o Fluminense, Fernando Diniz também foi perguntado sobre as oscilações vividas pelo Vasco entre os dois tempos ao longo dos jogos e como é possível manter a intensidade durante os 90 minutos.

— Contra o Fortaleza melhoramos do primeiro para o segundo tempo, tivemos mais chances de gol. Contra o Operário, embora tenhamos levado gol no final, tivemos as melhores chances para fazer o segundo do que de tomar. Hoje, da metade do segundo tempo para frente, quando começamos a mexer muito na estrutura do time, de fato o Fluminense começou a jogar mais no nosso campo.

A sequência forte de jogos também torna o momento ainda mais desafiador para o Vasco. Com três competições simultâneas, o clube trabalha com controle de carga de alguns de seus principais jogadores, principalmente no Brasileirão.

Alguns dos atletas titulares, como Coutinho, têm atenção especial e já foram poupados de alguns duelos fora do Rio de Janeiro para focar nas partidas de mata-mata. Contra o Palmeiras, por exemplo, o camisa 11 foi preservado, assim como Vegetti, por desgaste físico e mental da sequência de jogos pesada. A equipe acabou derrotada por 1 a 0, na ocasião, em Brasília.

Outro exemplo é o revés diante do Corinthians, em São Paulo, quando oito dos onze titulares foram poupados por conta do planejamento da comissão técnica de Carille para garantir que os “jogadores chegassem inteiros” para as partidas contra o Puerto Cabello e contra o Sport.

A sequência de jogos segue como um desafio para Fernando Diniz. O Vasco volta a campo nesta terça-feira diante do Melgar, pela última rodada da Copa Sul-Americana. O confronto tem um caráter decisivo para o time, que precisa da vitória para garantir a classificação em segundo lugar do Grupo G. A bola rola às 19h (de Brasília), em São Januário.

Fonte: Globo Esporte