Vasco tentou devolver Bernardo ao Cruzeiro em 2013
O jogador que era considerado então um jovem promissor caiu em descrédito com os próprios companheiros e ficou sem ambiente no grupo.
O malandro
Nos primeiros meses de 2012, logo após ter seus direitos econômicos definitivamente comprados ao Cruzeiro pelo equivalente a R$ 3 milhões, o indecifrável Bernardo mostrou à diretoria do Vasco o quanto houvera valido a pena o esforço para mantê-lo em São Januário: entrou na Justiça alegando atrasos nos salários e pleiteou a rescisão de contrato unilateral, direito negado por conta de documentos que comprovavam a má fé do requerente _ no caso, o próprio.
O pagamento não estava em dia, como o das principais estrelas do elenco que conquistara a Copa do Brasil de 2011, mas o atraso em questão não lhe concedia o direito à quebra do contrato.
O jogador que era considerado então um jovem promissor caiu em descrédito com os próprios companheiros e ficou sem ambiente no grupo comandado Cristóvão Borges.
Acabou emprestado ao Santos, onde teve rendimento pífio, voltando ao Vasco ao final de 2012, após a saída das principais estrelas da fase áurea da gestão Roberto Dinamite.
BERNARDO começava a incendiar os bastidores quando, na partida que marcava a despedida de Dedé, rompeu os ligamentos do joelho atrapalhando uma negociação que devolveria ao clube o dinheiro investido em sua contratação.
Ficou por sete meses sem jogar e, na fase final do tratamento, reapareceu no noticiário como vítima de possível atentado que o relacionava a um traficante e à mulher do bandido.
Recuperado, conseguiu nova transferência por empréstimo, desta vez para o Palmeiras, onde também não conseguiu dar um chute ao gol.
REINTEGRADO ao novo elenco vascaíno, com o clube sob nova gestão, Bernardo em sua sétima partida bate-boca e troca de coices desnecessários com um oponente do frágil Barra Mansa.
Resultado: é expulso e fica fora do primeiro clássico deste famigerado Estadual.
Neste domigo, quando o Vasco entrar em campo no Engenhão para enfrentar o Fluminense, o mancebo forjado a ídolo por uma juventude carente de dignos representantes estará fora de cena.
Provavelmente, no ritmo frenético em que costuma levar sua vida social.
FOSSE nos anos 60 ou 70, quando o futebol profissional ainda engatinhava no Brasil, daria para enquadrar o malandro na casta folclórica.
Mas em pleno século 21, e com as cifras que envolvem o negócio, o perfil se encaixa tristemente no artigo que trata de mercadorias contratadas e não entregues pelo fornecedor.
Uma pena…
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