Niterói não é apenas umas das mais belas cidades do Rio de Janeiro. É também um município de grande importância econômica, além do maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do estado. Neste contexto, o Blog Teoria dos Jogos desembarca pela primeira vez em terras fluminenses visando responder à seguinte pergunta: como andariam as torcidas cariocas – tão espalhadas nacionalmente – praticamente em seu quintal?
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Como podemos ver, a configuração de torcidas na antiga capital do estado é a mesma da atual. Flamengo em primeiro (44,3%), totalizando mais do que seus três rivais somados. Em seguida, Vasco (15%), Fluminense (12,4%) e Botafogo (11,6%). Chama atenção a proximidade vascaína frente a tricolores e botafoguenses – considerando que o clube ainda não havia sido rebaixado, o que veio a ocorrer ao final de 2008.
Por sexo e faixa etária:
Constata-se entre os homens a torcida tricolor como a segunda de Niterói, além do Botafogo nos calcanhares do Vasco – todos em situação de empate técnico. Por idade, a tendência de “quanto mais jovens, mais Flamengo” se confirma. Entretanto, ao contrário do convencional, o maior número de rubro-negros foi verificado na faixa dos 25 aos 34 anos: incríveis 59,7%. Já o crescimento da torcida do Botafogo é admirável. Geralmente apontado como clube de torcida envelhecida, o alvinegro sai de 6,9% na faixa dos idosos para 14,7% mediante os jovens. Entre eles, haveria duas vezes mais botafoguenses do que tricolores.
Por grau de instrução:
Nesta estatística, a torcida do Fluminense começa a mostrar por que é chamada de “torcida de elite”. Em movimento oposto ao flamenguista, tricolores saem da última posição entre os menos estudados (9,2%) para o segundo posto entre os mais letrados (19,8%). Rubro-negros com nível superior completo seriam 29,4%, com vascaínos e botafoguenses praticamente idênticos nesta categoria (13,7% a 13,4%).
Por nível de renda:
Eis a tabela mais importante da pesquisa. Segundo ela, a torcida mais abastada de Niterói seria a do Fluminense. Em meio àqueles com renda superior aos 10 salários mínimos, 25,9% seriam torcedores do clube das Laranjeiras. O Flamengo, em segundo, marca apenas 23,4%. Trata-se de uma situação inédita, sem paralelo nem na própria cidade do Rio de Janeiro. Ainda nesta faixa, a torcida do Botafogo (17,3%) supera a do Vasco (14,6%).
Geograficamente:
Notadamente região de maior concentração de renda, Charitas, São Francisco e Icaraí (Praias da Baía I) seriam onde a torcida tricolor possui mais presença. A maior concentração rubro-negra se daria nas regiões norte do município (sempre acima dos 50%). No Centro e no Ingá, bom número de botafoguenses. Em Santa Rosa, número acima da média de vascaínos.
Por hábitos de leitura:
Uma interessante informação trazida pelo Instituto GPP tem relação com as publicações mais lidas por cada torcida. Percebem-se flamenguistas mais afeitos a jornais populares como o Extra e o Meia Hora – além da publicação local O Fluminense. Com algumas exceções, vascaínos, tricolores e botafoguenses demonstram perfil de leitura mais diluído.
Por fim, e apenas a título de curiosidade (por se tratar de estatística menos relevante no tocante ao marketing esportivo), a distribuição das torcidas segundo religião praticada:
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