Vasco se manifesta sobre colocação de sala sensorial para torcedores autistas
Vasco da Gama é o único Clube do Rio de Janeiro que cumpre decreto sobre a inclusão de autistas e se manifestou sobre o assunto.
Pioneiro em várias causas sociais, o Vasco da Gama sai à frente na inclusão das pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Recentemente, o Clube liberou um camarote especial em São Januário para os autistas, na estreia do Campeonato Brasileiro 2024.
Em 2023, o prefeito Eduardo Paes sancionou uma lei sobre a inclusão das pessoas autistas em eventos esportivos. Assim, a mesma obriga estádios, ginásios e arenas esportivas do Rio, com capacidade para mais de 5 mil presentes, instalarem salas sensoriais em suas dependências. Então, diante da aprovação, os clubes teriam 180 dias para a adequação.
No entanto, quatro meses após o prazo estipulado, apenas o Vasco cumpriu o decreto. Enquanto não constrói uma sala sensorial, o Gigante da Colina liberou um camarote de São Januário para os autistas e contou com a ajuda do movimento Autistas da Colina.
Para o mês de abril, que é sobre a conscientização do autismo, as equipes do Rio decidiram se manifestar sobre a situação. Assim, em nota oficial, o Vasco destacou que ainda não recebeu uma notificação, mas já se antecipou. Além disso, revelou que entrou em contato com o Ministério Público para entender o motivo das não sanções, porém não obteve resposta.
Nota oficial do Vasco
“Ainda não fomos notificados, mas nos antecipamos. Como mantemos contato constante com familiares e torcedores autistas, fomos informados num desses encontros sobre a Lei Municipal e desde então passamos a estudar formas de atender essa legislação. Estamos preparando uma sala na região dos camarotes para receber torcedores autistas. O espaço está sendo preparado em parceria com o grupo “Autistas da Colina” (foi inaugurado na semana passada).
Também entramos em contato com o Ministério Público do Rio de Janeiro para entendermos o porquê de não haver sanções para os administradores dos estádios, mas não obtivemos resposta. Já a Prefeitura do Rio de Janeiro respondeu que, com a promulgação da lei 8.276, irá reavaliar a aplicação da lei 7.973, que torna obrigatória a criação desses espaços sensoriais.”