Vasco se impõe com reservas em duelo de invictos, mas ainda carece de contratações 

Vasco da Gama vence o Maricá cim parte do time reserva, mas partida expõe carências do elenco para o restante da temporada.

Paulo Henrique comemora gol diante do Maricá
Paulo Henrique comemora gol diante do Maricá (Foto: Alexandre Loureiro/AGIF)

Carille chegou à terceira vitória consecutiva sob o comando do Vasco e mostrou que a decisão de poupar os titulares e dar rodagem ao time foi correta. A vitória por 1 a 0 sobre o Maricá consolidou a equipe na ponta tabela do Campeonato Carioca, com 12 pontos – mesma pontuação do líder Volta Redonda -, e deu fôlego aos titulares em uma sequência dura de jogos poucos dias após a pré-temporada.

O Vasco vem cumprindo com o que se espera dos grandes nos estaduais. Desde a estreia do grupo principal, Carille não dá chance ao azar: vence os times de menor expressão, com certo domínio e sem muitos sustos.

Mas a falta de opções, principalmente no setor ofensivo, fica cada vez mais clara. Torna-se fundamental a chegada de atacantes com capacidade para dar profundidade e, assim, criar novas alternativas para surpreender os adversários. Um pedido já claro feito pela comissão técnica de Carille à diretoria vascaína.

Ao todo, são seis jogos disputados em apenas 23 dias de trabalho desde o retorno das férias, no dia 6 de janeiro. São três vitórias e três empates – a única equipe que segue invicta no Carioca. Do time titular escalado nos últimos jogos, Carille iniciou contra o Maricá apenas com Léo Jardim e Vegetti. A dupla, inclusive, terminou a temporada passada com mais partidas disputadas pelo Vasco, com 59 e 54 jogos, respectivamente, e segue com alto rendimento físico.

– Nesse início, estou trocando mesmo por essa questão de trabalho. Esses caras, com o que correram hoje, dificilmente vão estar nas suas melhores condições para jogar sábado nesse início de trabalho. Éramos para estar agora na metade da pré-temporada, a gente sabe o quanto é importante, 35 dias de férias, 40 dias de pré-temporada, você faz seis, sete jogos agora, é difícil. Eu estou pensando em fazer algumas avaliações no campeonato; isso não é bom, mas eu vou ter que fazer, não tem outra forma. Não tem um jogo-treino. O treino muitas vezes não te mostra o que tem que ser mostrado. A gente sabe que o Brasil é assim e a gente vai aos poucos entendendo o que é melhor, e vou acabar fazendo algumas experiências dentro da competição – disse Carille em entrevista coletiva após a vitória.

Primeiro tempo sem emoções

Ainda sem muitas opções para o setor ofensivo, Carille foi a campo com Maxime Domínguez aberto na direita e Jean David pelo lado esquerdo. Com um time sem muito entrosamento, o Vasco buscou repetir a ideia de controle de jogo e posse de bola, vista nos jogos anteriores com o treinador, e até conseguiu – mas sem muita qualidade na execução das jogadas.

Foi um primeiro tempo sem muitas emoções. O suíço até aparecia com boas associações pelo lado direito com Puma Rodríguez, mas sem tantas oportunidades efetivas para marcar gol.

Com a função de pensar o jogo e construir as jogadas de ataque, Payet sofria com a falta de atacantes e outros atletas com capacidade para oferecer movimentos para atacar espaço e com profundidade. Jean David fez um jogo com mais participação do que em partidas anteriores pela esquerda, mas sofreu nas disputas físicas e acumulou alguns erros de tomada de decisão.

A melhor oportunidade da primeira etapa caiu nos pés de Victor Luis, aos 24 minutos, após cruzamento de Puma. Com o gol aberto, o lateral-esquerdo, que não teve boa atuação em São Januário, pegou torto na bola e jogou longe.

Segundo tempo e entrada dos titulares

Contra o Maricá, Souza recebeu nova oportunidade na zaga, ao lado do estreante Lucas Freitas. O “volante-zagueiro” se redimiu das últimas partidas ruins e teve atuação bem consistente. Foi com os pés dele, inclusive, que o Vasco se safou de levar o primeiro gol do jogo, logo na volta do intervalo. Aos oito minutos, Walber arriscou chute de fora da área, e Léo Jardim deu rebote para Sérgio. Mas Souza apareceu no último segundo e conseguiu evitar o gol adversário.

Carille promoveu três alterações e colocou em campo jogadores considerados titulares da equipe que entregaram outra dinâmica ao jogo: Paulo Henrique, Tchê Tchê e Lucas Piton. O Vasco cresceu, e Payet começou a se tornar mais participativo. O francês quase abriu o placar duas vezes, em finalizações que arrancaram tinta da trave, aos 17 e aos 20 minutos.

Mas coube a Paulo Henrique a jogada para o gol da vitória. O lateral recebeu passe de Tchê Tchê, passou por três adversários e finalizou de canhota para anotar um golaço.

Falta de opções ofensivas

As substituições mostraram que o Vasco desenha um time titular capaz de competir e dar esperanças ao torcedor nas competições que terá ao longo de 2025. Carille começa a dar forma ao seu modelo de jogo e já esboça uma cara para a equipe, com valorização de posse de bola e solidez defensiva.

No entanto, cada vez mais, torna-se nítida a escassez de opções, principalmente no setor ofensivo, para dar alternativas ao longo do jogo e surpreender os adversários. Faltam atacantes capazes de atacar o espaço e implementar maior velocidade e profundidade ao Vasco.

No fim, o Vasco garantiu a vitória e conseguiu dar um respiro aos jogadores considerados titulares para Fábio Carille. Mas a chegada de um titular para a ponta é fundamental para determinar as aspirações do clube no ano.

Fonte: Globo Esporte

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