Vasco recusa ceder São Januário à dupla Fla-Flu em troca de jogos no Maracanã
Flamengo e Fluminense tentaram negociar partidas na Colina Histórica em troca do Vasco da Gama jogar no Maracanã, mas Gigante recusou.
O Vasco rebateu as declarações do presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, dadas ao Panorama Esportivo, sobre o processo de licitação do Maracanã – em que ambos disputam em consórcios diferentes. Segundo o comunicado do clube, ”ao contrário do que faz parecer, a diretoria do CR Flamengo tem constantemente infringido cláusulas da Permissão Temporária de Uso do Maracanã”. E disse que ”o que interessa ao Vasco é um processo justo e transparente que seja concluído no prazo mais curto possível”.
Após uma polêmica envolvendo o governador do Rio, Cláudio Castro, e o Vasco, em que um alegou preferir ver clubes gerindo o estádio e outro colocou em dúvida a licitude da licitação, Ladim se pronunciou sobre o caso. Ele alegou considerar o edital ”justo” e disse que ”ninguém estava sendo privilegiado”. Além disso, acusou o Vasco de estar tentando tumultuar o processo.
Landim contou que no início do processo de licitação do Maracanã, o Vasco foi procurado, mas não quis participar do consórcio ao lado do Flamengo e Fluminense. O presidente do Flamengo também afirmou que propôs fazer trocas de datas do Maracanã com São Januário, o que foi negado pelo cruz-maltino.
Em resposta, o Vasco da Gama afirmou não ser ”verdade que o Flamengo ofereceu ao Vasco a oportunidade de participar da gestão do Maracanã neste processo licitatório em curso. O dirigente usa o desinteresse de outra gestão do Vasco, em 2019, em uma outorga precária pelo prazo de seis meses, para concluir que não queremos administrar o estádio. Landim não diz que, a partir do início de 2021, procuramos CR Flamengo e Fluminense FC com o objetivo de um acordo para a participação do Vasco na gestão do Maracanã, algo que não foi possível. É de conhecimento público que CR Flamengo e Fluminense FC têm um acordo mútuo de exclusividade para a gestão do estádio público”.
O clube também disse que ”diferentemente do que foi declarado, na busca de um entendimento para participar da gestão do Maracanã, oferecemos a possibilidade do Fluminense FC mandar alguns de seus jogos em nosso estádio de São Januário para compor o calendário, o que pode ser facilmente constatado na Nota Oficial publicada em 3/7/2022 em nosso site e amplamente divulgado pela imprensa”.
Em sua entrevista, Landim afirmou que liberaria o uso do Maracanã a outros clubes de futebol, desde que haja o respeito as normas técnicas. O Vasco também rebateu essa declaração.
”Ao contrário do que faz parecer, a diretoria do CR Flamengo tem constantemente infringido cláusulas da Permissão Temporária de Uso do Maracanã. Nela, por exemplo, está consignado que todos os clubes devem utilizar o estádio sob as mesmas condições. No ano passado, o Fluminense FC, quando mandante, pagava R$ 90 mil reais de locação do estádio por jogo, valor previsto na proposta apresentada pelo CR Flamengo ao Estado. Já ao Vasco foi cobrado R$ 250 mil por partida da Série B, além de não ter sido repassada a usual participação do mandante na receita de bares e restaurantes do estádio, quebrando a igualdade de tratamento entre os clubes. Isso sem contar com a absurda censura à exibição de uma mensagem institucional do Vasco com os dizeres “Desde 1898 o legítimo Club do Povo – Respeito Igualdade Inclusão”.
Por fim, o Vasco alega que ”reitera sua solicitação de que o certame definitivo aconteça o mais rápido possível, com regras claras e transparentes e tenha como único norte o melhor para o Estado do Rio de Janeiro, todos os seus clubes e torcedores, sem influências de qualquer espécie. Não temos dúvidas de que o Consórcio Maracanã para Todos é o mais bem preparado para administrar o estádio e que, se o resultado for técnico, será o vencedor do pleito”.
Leia a nota na íntegra:
1) Não é verdade que o Flamengo ofereceu ao Vasco a oportunidade de participar da gestão do Maracanã neste processo licitatório em curso. O dirigente usa o desinteresse de outra gestão do Vasco, em 2019, em uma outorga precária pelo prazo de seis meses, para concluir que não queremos administrar o estádio. Landim não diz que, a partir do início de 2021, procuramos CR Flamengo e Fluminense FC com o objetivo de um acordo para a participação do Vasco na gestão do Maracanã, algo que não foi possível. É de conhecimento público que CR Flamengo e Fluminense FC têm um acordo mútuo de exclusividade para a gestão do estádio público.
2) Ao criarmos o Consórcio Maracanã para Todos, manifestamos publicamente não só a intenção de gerir o Maracanã como trouxemos para o projeto dois gigantes da indústria de administração de arenas, a Legends e a WTorre. A narrativa de que o Vasco ”entrou para melar” é tão surreal que não merece comentário.
3) O Vasco está aguardando a nova publicação do Edital de Licitação do Maracanã, uma vez que o processo foi paralisado pelo TCE um dia antes do prazo de entrega das propostas, em outubro do ano passado. O que interessa ao Vasco é um processo justo e transparente que seja concluído no prazo mais curto possível.
4) A narrativa de que a presença das empresas parceiras do Vasco no consórcio de gestão do Maracanã deixará o futebol em segundo plano não corresponde à realidade. Nos unimos a estes parceiros para rentabilizar o estádio e oferecer ao público e a todos os clubes as condições um palco à altura do ”maior do mundo”.
5) O Vasco é um clube de futebol com 125 anos de história, grande parte dela construída no gramado do Maracanã. Entendemos que o futebol deva ser prioridade no estádio. O Vasco reitera seu compromisso de abrir o Maracanã a todos os clubes e suas torcidas, em condições iguais. Infelizmente a recíproca não está sendo verdadeira. O CR Flamengo negou por duas vezes no ano passado o direito dos torcedores do Vasco verem seu time jogar no Maracanã, baseado em justificativas implausíveis produzidas por empresa contratada pelo próprio CR Flamengo. Fomos obrigados a recorrer ao judiciário e tivemos nosso pleito acatado por duas instâncias do Tribunal de Justiça do RJ.
6) Ao contrário do que faz parecer, a diretoria do CR Flamengo tem constantemente infringido cláusulas da Permissão Temporária de Uso do Maracanã. Nela, por exemplo, está consignado que todos os clubes devem utilizar o estádio sob as mesmas condições. No ano passado, o Fluminense FC, quando mandante, pagava R$ 90 mil reais de locação do estádio por jogo, valor previsto na proposta apresentada pelo CR Flamengo ao Estado. Já ao Vasco foi cobrado R$ 250 mil por partida da Série B, além de não ter sido repassada a usual participação do mandante na receita de bares e restaurantes do estádio, quebrando a igualdade de tratamento entre os clubes. Isso sem contar com a absurda censura à exibição de uma mensagem institucional do Vasco com os dizeres ”Desde 1898 o legítimo Club do Povo – Respeito Igualdade Inclusão”.
7) Diferentemente do que foi declarado, na busca de um entendimento para participar da gestão do Maracanã, oferecemos a possibilidade do Fluminense FC mandar alguns de seus jogos em nosso estádio de São Januário para compor o calendário, o que pode ser facilmente constatado na Nota Oficial publicada em 3/7/2022 em nosso site e amplamente divulgado pela imprensa.
8) O Vasco da Gama reitera sua solicitação de que o certame definitivo aconteça o mais rápido possível, com regras claras e transparentes e tenha como único norte o melhor para o Estado do Rio de Janeiro, todos os seus clubes e torcedores, sem influências de qualquer espécie. Não temos dúvidas de que o Consórcio Maracanã para Todos é o mais bem preparado para administrar o estádio e que, se o resultado for técnico, será o vencedor do pleito.
9) Queremos, mais uma vez, tranquilizar a imensa torcida vascaína e reafirmar que o Vasco da Gama e a 777 Partners utilizarão todos os mecanismos ao nosso alcance para que nossos interesses sejam preservados.
Muito bem, essas carniças acham que podem jogar onde bem entenderem, acham que são donos da situação.