Vasco recebeu garantia da 777 Partners de que seria líder na América do Sul

A 777 Partners pretende ter uma grande franquia de clubes pelo mundo e o Vasco da Gama se resguardou de queria líder no continente.

Jorge Salgado com dirigentes da 777 Partners
Jorge Salgado com Josh Wander e Juan Arciniegas, diretores da 777 Partners (Foto: Divulgação)

O acordo de pré-compra do Vasco SAF faz parte de uma estratégia mais do 777 Partners de ter uma rede de clubes pelo mundo. Já possui o Genoa, partes dos Sevilla e visa outros times. Neste cenário, o Vasco incluiu no acordo a garantia de que seria o clube líder na América do Sul, isto é, nenhum outro time do seu status seria adquirido na região.

A venda do Vasco ainda depende da aprovação do Conselho Deliberativo e da assembleia geral, sócios. Não há data para votação.

Durante as conversas com o Vasco, executivos do 777 Partners manifestaram a intenção de ter um grupo de clubes. Seu objetivo é ter ganhos com a interação entre os times da rede a ser montada. Haveria eventual troca de know-how e de negócios.

Enquanto negociava a venda da SAF, o Vasco conversou com outros grupos e sempre foi uma preocupação que o clube não se tornasse uma filial para um time de outro país, eventualmente um europeu. Por isso, foi criado esse mecanismo contratual dando a primazia à agremiação na região.

Pelo acordo, há ainda previsão de um valor mínimo a ser investido anualmente no futebol no clube para torna-lo competitivo na Série A. Além disso, há os aportes garantidos de R$ 700 milhões em três anos para reestruturar o Vasco, tanto fisicamente quanto no futebol e dívidas. Em troca, o fundo fica com 70% da SAF.

Há a possibilidade de um valor mais alto desse total ser disponibilizado para resolver a maior parte da dívida do Vasco. Essa estratégia, no entanto, ainda não está fechada. A diretoria vascaína estima em R$ 722 milhões o valor da dívida líquida ao final de 2022.

Dirigentes do Vasco e do 777 Partners já estão em conversas constantes para formar uma estratégia para diversos assuntos. Entre eles, está o uso dos R$ 70 milhões que entrarão de empréstimo para a associação. A gestão de fato continua nas mãos dos clubes até a conclusão final do acordo, mas o planejamento já é conjunto.

Além do uso do dinheiro, outro ponto em aberto será discutir qual a estratégia do fundo para obter lucro. É algo que o Vasco pretende entender a intenção do fundo norte-americano. Em entrevista ao Globo Esporte, Joshua Wander, sócio do 777 Partners, afirmou que é costuma manter negócios a longo prazo, mas não especificou como será o plano para obter o retorno do investimento.

Outro ponto em aberto para ser decidido pelo Vasco no futuro é a negociação de outros 20% das ações. O plano é que essa parte seja destinada à venda para torcedores. É possível o uso do mecanismo de debêntures (empréstimo conversível em ações) ou IPO (lançamento de ações em bolsa).

O foco da diretoria vascaína, agora, é convencer sócios e alinhavar o restante do acordo. O acordo vinculante será assinado em 60 dias se tudo estiver aprovado. Depois, haveria um contrato definitivo.

Fonte: Uol

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1 comentário
  • Responder

    NÃO ACHO UMA BOA A VENDA DE UM GIGANTE COMO O VASCO DA GAMA.MAS ENFIM VAMOS VER O QUE ACONTECERA.
    .

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