Vasco tenta provar que sabe decidir diante do Lanús

O time que quebrou série de oito anos sem títulos e volta a sofrer com o estigma de vice tem o maior desafio desde a chegada da dupla Ricardo Gomes e Cristóvão. Ainda atrás de explicações para outro fracasso em decisão, o Vasco, pressionado, faz o jogo de ida das oitavas de final da Libertadores, nesta quarta-feira, contra o Lanús, às 21h50m, em São Januário.

A busca por soluções tem sido na base de conversa. Ontem, comissão técnica e jogadores ficaram reunidos por mais de 40 minutos no vestiário. Foi a segunda sessão de papo em dois dias. Na véspera, já houvera uma reunião de meia hora no vestiário, sob os olhares do presidente Roberto Dinamite e do vice-presidente médico Manoel Moutinho. Primeiro, falou o técnico Cristóvão. Ele lembrou que de nada valia a boa campanha se, na hora de levantar a taça, o time era outro. Líderes do elenco, Felipe e Fernando Prass se posicionaram. No fim, Dinamite falou.

— Disse a eles depois do jogo que a gente ia procurar respostas para um monte de coisas agora e não ia conseguir encontrar. Chegamos naquele momento único e não jogamos da maneira como estamos acostumados. Isso se repetiu — lamentou Cristóvão.

O diretor de futebol Daniel Freitas tratou de eximir de culpa o técnico pela derrota nas duas finais de turno.

— Cristóvão não pode ser julgado pelo insucesso no Estadual. O planejamento não muda e ele é o nosso treinador até o fim da temporada — disse Daniel, que, no entanto, fez a ressalva: — No futebol ninguém é intocável. Até porque pode acontecer de ele sair do clube se receber uma proposta também.

O vice-presidente de futebol, José Hamilton Mandarino, classificou os resultados sob o comando de Cristóvão como “bastante satisfatórios”, sem reclamar dos vices.

— A qualidade de qualquer profissional é medida pelo desempenho. Estamos empenhados em dar toda condição de trabalho à comissão técnica. O futebol é impiedoso, mas prefiro chegar às finais do que ser eliminado antes — afirmou o dirigente.

Pelo menos por enquanto, o Vasco não muda fora de campo e nem deve mudar do lado de dentro. Os dois dias após a derrota para o Botafogo foram apenas com treinos físicos e um recreativo de véspera de jogo. O time deve ser repetido contra os argentinos.

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