Vasco prevê aumento de receita em 2026

Vasco da Gama aposta em instabilidade financeira para poder performar melhor dentro de campo na próxima temporada.

Jogadores do Vasco no Maracanã
Jogadores do Vasco no Maracanã (Foto: Andé Durão)

Apesar das dificuldades financeiras que ainda fazem parte da realidade do clube, o Vasco da Gama começa a enxergar 2026 com mais otimismo. Medidas estruturais, novas receitas e mudanças estratégicas indicam um cenário de maior organização, algo que a torcida do Gigante da Colina não vivia há muitos anos.

O primeiro e mais importante passo é a homologação da recuperação judicial, que oficializa o processo de reestruturação das dívidas do clube. Após décadas de descontrole financeiro, o Vasco passa a ter regras claras para negociar seus débitos, reorganizar o fluxo de caixa e tornar o projeto esportivo mais sustentável a médio e longo prazo.

Outro fator relevante foi o desempenho na Copa do Brasil. Mesmo iniciando a competição desde as fases preliminares, o Vasco chegou à final, sendo superado pelo Corinthians. A campanha rendeu aos cofres cruzmaltinos R$ 57.109.500, valor significativo que ajuda a aliviar a pressão financeira e dá mais margem para o planejamento da próxima temporada.

No campo comercial, o clube também comemora o acordo com a Nike, que será a fornecedora oficial de material esportivo a partir de 2026, com contrato válido até 2032. O vínculo prevê um valor aproximado de R$ 30 milhões por ano, podendo aumentar de acordo com metas de vendas e desempenho, representando um salto importante em relação a contratos anteriores.

Além disso, o patrocínio master do Vasco passará por mudanças. O contrato com a Betfair, que se tornou o maior da história do clube nesse segmento, não será renovado. A diretoria negocia com novas empresas, majoritariamente casas de apostas, e a expectativa é de um acordo com valores ainda mais elevados.

Mesmo com esses sinais positivos, o torcedor não deve esperar grandes investimentos imediatos no mercado. Após a final contra o Corinthians, o técnico Fernando Diniz foi claro ao destacar que a realidade financeira ainda exige cautela.

– Obviamente o maior ganho do time é a manutenção da base e depois repor pontualmente. Daquele jeito que vocês sabem, o Vasco tem dificuldade financeira. Todo mundo sabe. Não vamos contratar Vitor Roque por 25 milhões de euros, ou Paulinho, do Atlético-MG. Vamos tentar fazer como fizemos na janela do meio do ano, sendo bastante assertivos para ajustar o elenco – afirmou o treinador.

Diniz também comentou sobre a possibilidade de venda da SAF do clube, ressaltando que outros rivais podem avançar mais rápido nesse processo.

– A gente vai ter menos condição de contratar como Flamengo, Botafogo ou até o Fluminense, que hoje está à frente do Vasco. A questão é estar mais organizado, com um pouco mais de fluxo de dinheiro. Talvez a SAF do Fluminense saia antes da do Vasco. Então temos que trabalhar com o pé no chão e fazer o melhor possível – completou.

Com recuperação judicial em andamento e novos contratos comerciais, o Vasco entra em 2026 com mais fôlego e perspectiva de estabilidade. O caminho ainda é longo, mas a reconstrução, enfim, parece ter começado fora de campo para refletir dentro dele.

Fonte: Lance!

1 comentário
  • Responder

    Não entendi a matéria. No início fala em INSTABILIDADE FINANCEIRA, e no final ESTABILIDADE FINANCEIRA???

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