Vasco pode voltar a ter eleições diretas após quase 100 anos

Há uma grande expectativa em relação às eleições diretas no Vasco da Gama. Embora o tema tenha sido aprovado com grande folga na Assembleia Geral Extraordinária do último domingo (30), o resultado está sob judice até que o caso seja analisado no TJRJ.

Depois da reviravolta na última eleição, quando Alexandre Campello superou o seu antigo aliado, Julio Brant, na reunião da Lagoa após terem vencidos juntos na votação em São Januário, a implementação das eleições diretas ganhou força no Clube, até chegar a ser incluída no texto da reforma do estatuto.

Na convocação da AGE, no entanto, o presidente da Assembleia Geral do Vasco, Faues Mussa, colocou o item eleições diretas separado da reforma do estatuto, sendo que este último foi retirado da pauta semanas antes da realização da reunião, o que gerou revolta em correntes políticas do Clube.

Caso se confirme na Justiça, o Vasco voltará a ter eleições diretas após quase 100 anos. Segundo informação da página Memória Vascaína, comandada pelo historiador vascaíno Henrique Huebner, o Vasco elegeu presidentes diretamente nos primeiros anos de sua história, entre 1898 e 1921.

O último presidente eleito diretamente pelos sócios no Vasco foi o Comendador Antonio de Almeida Pinho, em 15 de abril de 1921. Ele era dono da Fundição Progresso e foi o autor da primeira contribuição para a construção de São Januário. No fim daquele mesmo ano aconteceu uma reforma estatutária que delegou poderes de eleição da diretoria para o Conselho Deliberativo.