Vasco pode usar últimos jogos do Brasileiro para dar experiência aos j
Pelo menos outros sete garotos além do apoiador Jefferson Silva possuem boas chances.
Jefferson Silva, 20 anos, experimentou domingo passado a sensação de ser gente grande no futebol pela primeira vez. Nos acréscimos da partida contra o São Paulo, perdeu o gol da vitória, ganhou as vaias da torcida, porém também levou para casa algo muito valioso: experiência. Sem maiores pretensões no Campeonato Brasileiro, o Vasco pode se dar ao luxo de aproveitar as últimas três rodadas para dar bagagem ao meia e a outros jogadores, tudo em função da temporada do ano que vem.
Pelo menos outros sete garotos além do apoiador Jefferson Silva possuem boas chances de se firmar no elenco profissional do time da Colina em 2011. Para alguns deles, isso começa ainda este ano.
– Sem o Rômulo, suspenso, planejo a manutenção do Renato Augusto na equipe. Temos também um menino no sub-23, o Elivelton, que está mostrando ótimo ritmo de jogo. Vamos fazer testes – afirmou o técnico Paulo César Gusmão.
Apostas do clube para reforçar o time e, de quebra, sustentar em futuras negociações os combalidos cofres vascaínos, esses jovens precisam de rodagem para não sentirem a pressão quando a cobrança do futebol profissional desabar de vez sobre os seus ombros. Jefferson Silva sabe bem o que é isso. Do gol perdido diante de Rogério Ceni, o garoto tenta extrair o que há de melhor.
– Esse lance vai acrescentarmuito para mim, com certeza. Eu tinha condição de marcar, mas não era fácil e tive de fazer uma escolha. Essa experiência eu vou trazer comigo para o resto da minha vida, vai me ajudar a crescer – disse Jefferson, grato a PC pela opor tunidade.
Confira a entrevista exclusiva de Jeferson Silva ao LANCENET!
Como você descreveria aquele lance nos minutos finais da partida contra o São Paulo?
Foram dois segundos que eu tive para decidir o que fazer. Sabia que o Zé Roberto tocaria para o Eder Luis ou para mim. A minha ideia inicial era bater rasteiro, mas vi que havia muita gente na frente. Então, tentei o ângulo, mas peguei forte demais na bola.
Até que ponto o apoio dos jogadores e da comissão técnica foi importante para você?
Tenho bom relacionamento com todos, graças a Deus. Todo mundo veio falar comigo. O PC conversou muito comigo depois do jogo, tenho de agradecermuito a ele pelo apoio, pela força que tem dado aos garotos que estão vindo da base. Estamos tendo a chance de aparecer.
Você ficou chateado com as vaias da torcida ou acredita que é natural, que faz parte do seu amadurecimento?
Com certeza, acho que é natural. Respeito muito a torcida, ela está no estádio e quer ver o resultado. Algumas pessoas poderiam ter visto como foi o lance, que não foi tão fácil assim. Mas agradeço à torcida por ter comparecido a São Januário, ter ido nos apoiar mesmo com o Vasco lutando apenas pela Sul-Americana. Tenho certeza de que, se neste jogo contra o São Paulo saí vaiado, no próximo posso deixar o campo aplaudido pelos torcedores.
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