Vasco peca nas finalizações e mais uma vez frustra a torcida em São Januário

Empate decepcionante com o Atlético--MG evidenciou novamente o baixo poder de decisão do Vasco da Gama na temporada.

Coutinho em Vasco x Atlético-MG
Coutinho em Vasco x Atlético-MG (Foto: Pedro Souza/ Atlético-MG)

Mais de 16 mil vascaínos foram a São Januário no jogo contra o Atlético-MG, em um domingo de Dia dos Pais. A torcida fez uma festa com bandeirões, balões e muita festa, depois da classificação na Copa do Brasil. Com tudo isso, a equipe comandada por Diniz saiu atrás no placar com menos de um minuto de jogo. Depois, o time empatou, criou para virar, mas amargou mais um empate em casa, que mantém o time no Z-4. O Vasco mostrou outra vez que é o time mais frustrante do Brasileirão.

Nenhum outro clube tem a capacidade de frustrar mais o torcedor do que o Vasco neste Brasileirão. Em mais uma rodada, a equipe de Fernando Diniz criou para vencer, mas o gol de Gabriel Menino, com menos de um minuto de jogo, condicionou a partida. O Atlético-MG jogou a pressão para o time mandante e ficou confortável com o empate.

Com Diniz, o mesmo roteiro se repetiu no Brasileirão contra Bragantino, Grêmio e Internacional. Diferentemente do jogo contra o Bragantino, por exemplo, o Vasco empatou de forma rápida e criou chances para virar a partida ainda no primeiro tempo. Depois do pênalti convertido por Vegetti, Rayan, Paulo Henrique, Coutinho e Tchê Tchê tiveram oportunidades, mas não as aproveitaram.

Puma na esquerda e João Victor de volta à defesa

Sem Lucas Piton, suspenso, Diniz optou por escalar Puma Rodríguez na lateral esquerda, improvisado. O uruguaio começou a partida mal, errando lances bobos, demonstrando insegurança. No lance do gol de Menino, o lateral poderia ter diminuído a distância para o volante, mas deu espaço para o golaço que abriu o placar para o Atlético-MG.

No entanto, Puma cresceu durante a partida e se mostrou uma válvula de escape pela esquerda, com cruzamentos perigosos no ataque. Em um deles, Coutinho tentou a finalização de voleio, mas foi derrubado por Cuello dentro da área. Vegetti converteu a penalidade e empatou a partida. O uruguaio criou outras boas chances, em cruzamentos para Rayan e PH. O jovem atacante mandou para fora, enquanto o lateral parou em boa defesa de Everson.

O Vasco construiu algumas jogadas interessantes desde a defesa, mas acionou poucas vezes Paulo Henrique em velocidade pela direita. Nuno Moreira foi muito discreto e não fez um bom jogo, assim como Vegetti. A maior parte das jogadas vinha dos pés de Coutinho ou de arrancadas de Rayan. Eram poucas opções ofensivas para um time que sente falta de mais opções na frente, já que Vegetti participa pouco do jogo, sem pivôs ou infiltrações.

Segundo tempo de queda

Se você já leu alguma análise de jogos do Vasco aqui no ge, já viu um tópico parecido como esse em dezenas de reportagens. São várias razões que justificam a queda de produção do time no segundo tempo. A queda física de Coutinho e Nuno é um dos principais, assim como a falta de opções no banco de reservas para mudar o jogo.

Apesar do ímpeto inicial, com a grande chance da virada nos pés de Coutinho, desperdiçada pelo camisa 10, o Vasco pareceu estar conformado com o resultado — ou apenas não teve forças para tentar virar a partida. O melhor momento foi em uma sequência de chutes de Tchê Tchê, que terminaram para fora. No mais, o time de Diniz arrastou a partida até o fim do segundo tempo e quase saiu derrotado, quando Biel perdeu uma grande chance na pequena área.

Em um jogo nesse cenário, é fundamental ter peças no banco de reservas para mudar a partida. Mas o torcedor vascaíno também já sabe que qualquer treinador tem muitas dificuldades ao olhar para o banco de reservas e ver jogadores que estão longe do que o Vasco precisa — como Garré e Loide — ou que estão longe do nível que já atuaram pelo clube — como Paulinho Paula, Mateus Cocão ou Alex Teixeira.

O Vasco precisa de reforços, mas ainda não deu novas opções a Diniz. O trabalho do técnico faz o time criar mais chances do que criava antes, mas os jogadores não são eficientes em campo para transformar as chances criadas em gols. A defesa parece jogar exposta ao limite pelo modelo de jogo. Não houve um erro fatal na defesa contra o Atlético-MG, como aconteceu em outras vezes. João Victor fez um bom jogo defensivamente e foi um dos melhores em campo.

Mas o jogo do Vasco precisa evoluir em todos os setores. Os resultados não mentem: são cinco rodadas sem vencer no Brasileirão e apenas três vitórias nos últimos 15 jogos. A torcida, com certeza, não aguenta mais frustrações. Já basta a expectativa criada de que o Vasco lutaria pelo G-8, enquanto a realidade coloca o time mais uma semana no Z-4. São apenas 17 pontos em 17 rodadas.

Fonte: Globo Esporte

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