Vasco: palnos da chapa “A virada vascaína” de Nelson Medrado Dias
Leia os planos de governo da chapa A virada vascaína, encabeçada por Nelson Medrado Dias.
Plano de Gestão
Rio de Janeiro, 04 de março de 2011.
Senhores, Saudações Vascaínas!
Hoje, dia 04 de março de 2011, assim como prometido, estou anunciando o Plano de Gestão da minha candidatura à presidência do nosso amado Clube de Regatas Vasco da Gama. O arquivo está em um link para o acesso de todos. http://migre.me/3ZjgJ
Feito isto, estarei à disposição.
Cordialmente,
A virada vascaína!
Chegou a nossa hora, com orgulho e tradição!
Nelson Medrado Dias
Fonte: Site da chapa A Virada Vascaína
PLANOS DE GESTÃO DA CHAPA “A VIRADA VASCAÍNA”
Ao lançar o movimento político intitulado “A VIRADA VASCAÍNA”, tive o cuidado de mostrar aos associados e torcedores do Vasco minha visão sobre a política em véspera de eleição, bem como retratar como pretendo agir caso eleito.
O programa que transmito a todos os associados não contará com idéias que não sejam possíveis, investimentos que não se possam fazer e ou qualquer outra promessa que não se possa honrar.
O presente documento não tem por objetivo estancar idéias, e sim receber sugestões. Não sou o dono da verdade!
Minha proposta de virada é fruto da convivência social, participação institucional e amor ao Clube de Regatas Vasco da Gama. É um propósito amadurecido ao longo da minha vida, participando de várias etapas da sua política desde 1967.
Não esperem de mim ataques pessoais, ofensas, agressões verbais. No lugar disso, serei ouvidor dos Vascaínos. Irei dimensionar as idéias colocando-as em consonâncias com todas as etapas da administração.
ADMINISTRAÇÃO COMPARTILHADA
A famosa profissionalização tão apregoada nos bastidores do esporte será definida e aplicada conforme interesse do Clube e não para satisfazer interesses alheios.
Jamais um representante do executivo irá tomar uma decisão que fira os interesses do Clube e que venha a ter interesses conflitantes com a função exercida no Vasco da Gama.
Serão criadas rotinas para que cada um tenha conhecimento de sua área de atuação e respectivamente seu nível de responsabilidade.
A austeridade e a valorização dos funcionários terão tratamento especial nesta administração.
FINANÇAS
Sem dúvida alguma! São as finanças o “calcanhar de Aquiles” da situação do Vasco ao longo dos últimos 10 anos!!!
Jamais na história do Vasco tivemos uma situação tão grave como a que estamos vivendo. São ações cíveis, reclamações trabalhistas, execuções que nos deparamos todos os dias. Isso enfraquece a estrutura moral do clube que tanto defendemos. Tem que haver um basta nessa situação calamitosa. Não iremos ter estabilidade financeira com a insegurança jurídica em que vivemos diariamente.
Tem que haver uma adequação das despesas às receitas atuais. Não podemos viver de pires na mão pedindo favores para adiantamento de valores contratuais.
O Vasco não deve se humilhar. Nós temos nossa cultura, nossos princípios, nossos valores. Razões de tantos Vascaínos que deram sua vida pelo Vasco. Estão enxovalhando a memória desses Vascaínos!
A austeridade financeira é premente, sem a qual não iremos sair da situação vexatória que se encontra o Vasco.
Honrar os salários de seus funcionários, administrativos e atletas é condição para que tenhamos paz e possamos viver o dia a dia com tranquilidade.
O pagamento de nossas obrigações fiscais e parafiscais é fundamental para que possamos discutir com as autoridades de cabeça erguida, sem vergonha.
ESPORTES
Nosso estatuto premia dois esportes que não podem deixar de existir: o futebol e o remo. É a nossa tradição, nossa razão de ser, existir e viver pelo amor ao Vasco.
Não quero dizer que outros esportes não devam existir, pelo contrário devem ser cultivados, desenvolvidos, amparados, mas sempre em razão dos recursos disponíveis.
Sempre teremos os abnegados que emprestam dinheiro e gastam para ajudar nos esportes de sua preferência. Está no sangue e sempre que o Vasco puder, estará ajudando ao desenvolvimento do esporte amador, que tantas alegrias já deram ao nosso clube.
É indiscutível que a nossa grande paixão é o futebol. A sua gestão é independente, pois os interesses que o envolvem são díspares em relação ao restante do clube. Os valores envolvidos, necessidades e os patrocínios são inerentes a ele.
É notório que os associados tenham a preocupação de ter um bom time, aguerrido, que sue a camisa do Vasco e que demonstrem seu amor ao nosso pavilhão.
A política de transferência de jogadores para outros clubes, em razão da legislação vigente, trouxe uma instabilidade na manutenção de grandes jogadores na formação de nossos times. É necessário que o clube mantenha uma política de valorização de seus atletas para que eles tenham interesse em continuar a defender a nossa camisa.
Podemos a princípio pensar que seja uma utopia, mas o que oxigena os times de futebol, com a saída de seus craques é exatamente as divisões de base, que formam os jogadores de boa qualidade técnica e que irão substituir os jogadores transferidos.
Diante de escassez de recursos que os clubes vivem atualmente, torna-se um mal necessário às relações com empresários de jogadores. Os mesmos problemas que o Vasco convive são os mesmo que os outros clubes também têm. Cada clube tem a sua história.
PATRIMÔNIO
O patrimônio do clube é indiscutivelmente um dos nossos orgulhos. É nosso, sem restrição.
Devemos tratá-lo sempre com muito carinho e amor, pois foi com o suor de grandes Vascaínos, que São Januário e a Sede Náutica da Lagoa foram construídos. A preservação e a manutenção devem ser nosso objetivo permanente.
Nosso grande sonho é fechar o anel do lado da piscina. É uma obra que todo vascaíno deve almejar como também se envolver. Um dia, iremos realizar esse sonho, transformá-lo em realidade, como fizeram aqueles Vascaínos que ajudaram a construir São Januário.
É importante também darmos um norte na preservação do nosso patrimônio como mencionado acima, a saber:
1º) São Januário
É o local onde se encontra o estádio: o parque aquático, o ginásio e a sede administrativa, compreendendo a Tesouraria, Secretaria, a Presidência e todas as diretorias.
Em outra época a sede administrativa era localizada à Avenida Rio Branco, conhecida como Edifício Cineac Trianon e a parte esportiva em São Januário.
O ex-presidente Agarthino da Silva Gomes realizou a transferência da parte administrativa para São Januário. Os motivos que levaram a fazer tal mudança não cabe a mim apreciar.
Entendo que as despesas tenham que ser compatíveis com as receitas para não gerar prejuízos.
2º) Sede Náutica da Lagoa
Nessa sede reune-se, as dependências do Remo, compreendendo alojamento para os remadores, oficina e guarda de barcos, salão de reuniões do Conselho Deliberativo e para eventos sociais.
Tem que haver uma divisão entre o que seja para o remo e o que seja administrativo.
Sou de opinião que toda a receita auferida na sede da Lagoa fique em poder da mesma, ajudando a financiar as atividades ligadas ao remo.
3º) Sede do Calabouço
Nessa sede existe um salão refrigerado, um restaurante, bar, piscina, vestiário, sauna e quadra de futebol de salão aberta. É uma sede frequentada por sócios durante a semana e com grande frequência nos finais de semana.
Temos que analisar as despesas ali incorridas para podermos gerar as receitas necessárias para desenvolvermos melhorias na sede. Poderemos utilizar a mesma fórmula aplicada na sede náutica da Lagoa, ou seja, a receita ali ocorrida ser aplicada no local.
CONTABILIDADE E AUDITORIA
É de suma importância que a contabilidade tenha total independência ao registrar através dos lançamentos contábeis toda a vida patrimonial, financeira e fiscal do Vasco da Gama.
Pelos recursos que temos nos dias de hoje não é admissível que os lançamentos não se dêem tempestivamente. A escrituração tem que ocorrer dia a dia para que ao final de cada mês possa o movimento do período seja entregue ao Conselho Fiscal, para que o mesmo possa exercer sua função estatutária. É inconcebível que tal fato não ocorra da forma que deva funcionar. Aliás, o funcionamento do Conselho Fiscal foi tema de discussão política no Conselho de Beneméritos. Foi um erro, tanto da parte administrativa como do Conselho Fiscal, se valerem de falhas recíprocas para se acusarem mutuamente. Isso não pode acontecer, isso tem que acabar.
Um assunto que pretendo colocar em prática é a divulgação dos balancetes mensais no site oficial do clube, para que todos tomem conhecimento da situação financeira do mesmo. É um direito do associado e um dever da administração.
Outra sistemática que pretendo implantar de forma consistente é a auditoria externa. Não para descobrir erros ou falhas de terceiros, mas sim dar sustentação técnica aos fatos relevantes e ocorridos durante a administração.
Tem que acabar com essa cultura de entrar para descobrir erros dos dirigentes anteriores. A falha terá consequência na vida do clube e reflexos na evolução do patrimônio.
REFORMA ESTATUTÁRIA
Não é possível que um assunto tão importante para a vida do Clube, como é seu Estatuto, sofra um processo de atraso constante na sua reforma. Entra presidente sai presidente continuamos com um Estatuto datado de 1979. Isto não quer dizer que o nosso Estatuto seja ruim, pelo contrário exerce sua função até hoje. Entretanto, tem que haver uma conscientização por parte dos dirigentes de que a reforma é necessária tendo em vista a legislação vigente e a lei Pelé. Isto não quer dizer que sou favorável a essa lei no seu todo. Sabemos que a mesma trouxe muitos malefícios aos clubes na parte esportiva, e as consequências estão aí, com o enfraquecimento dos clubes. Mas, torna-se necessário, que no que tange a parte financeira, administrativa, contábil, fiscal e responsabilidade civil do dirigente houve algum avanço, sendo premente a adaptação dos Estatutos à nova lei.
MARKETING
A minha relação com o Marketing Esportivo é simples. É conseguir ter uma ligação direta com a emoção e com a paixão, ou seja, com o futebol e remo que são as nossas tradições. Utilizar a internet como ferramenta para nos comunicar aqueles que amam o Vasco, como a torcida, com os clientes, colaboradores e comunidades que amam o Clube de Regatas Vasco da Gama, agregando-se ao marketing.
Teremos com essa ferramenta um grande diferencial em relação à nossa gestão. Usando a opinião da mídia e da torcida vascaína a nosso favor, sendo utilizado de forma precisa. O Marketing Esportivo agregando força à marca Vasco ou por meio do simbolismo com os valores do esporte, como superação, tradição, trabalho em equipe e liderança, amor a Cruz de Malta que são inerentes ao sucesso na vida do Clube de Regatas Vasco da Gama. Assim sendo, o Vasco usará de tecnologia para associar-se às grandes empresas.
O nosso marketing esportivo tem, como vantagem, o fato de impactar um torcedor descontraído, em meio ao programa e não nos intervalos. Dessa forma, o Vasco fará o uso dessa estratégia de comunicação que será percebida, não como um anunciante, mas sim como um parceiro, que permite com que os campeonatos ou patrocinantes possam ter sucesso e continuidade como parceiros. Mais do que isso, ainda haverá uma lealdade de imagem ligada ao Vasco em relação às empresas que são coligadas conosco.
Além de ser uma forma de comunicação saudável, envolve sentimentos de uma grandeza insuperável, que só quem tem amor ao Vasco pode sentir. A adrenalina, alegria, conquista, vibração e emoção são alguns dos elementos que fazem da atividade um misto de aventura e poder. Não podemos esquecer o papel dos ídolos, que, nesse processo, serão os verdadeiros porta-vozes do Vasco, com suas mensagens traduzidas em forma de talentos esportivos.
Eventos como Copa do Brasil, Brasileirão, Taça Rio, Taça Guanabara e principalmente a Libertadores, atraem milhões de espectadores ao redor do mundo, são bons exemplos de como o futebol surge como uma excelente forma, diferenciada, de atingir objetivos de marketing propostos pelas empresas. O futebol brasileiro, principalmente, o vascaíno, no nosso caso, produz entretenimento e paixão. Mas é uma indústria e deve ser administrada como um negócio grandioso para investirmos. Por fim, usar o marketing esportivo para aumentar a auto-estima vascaína.
RELAÇÕES COM OUTROS CLUBES
Este é um tópico que entendo ser muito importante para discutirmos entre nós Vascaínos.
A discussão deste assunto naturalmente irá mexer com a paixão, mas, deve-se ter em mente também a razão. Paixão é coração, Razão é mente.
O nosso Vasco tem sua cultura, seus valores, seus princípios e suas tradições e todos nós devemos defendê-los até a morte.
Não podemos nos omitir, mas também não devemos acompanhar este ou aquele só porque a maioria vai atrás. Nós somos independentes, e só deveremos nos unir para reforçar nossa autonomia e independência.
Isso tudo retrata a nossa auto-estima. Para defender o Vasco tem que se ter auto-estima e orgulho elevados.
Sempre fomos ouvidos e respeitados pela defesa de nossos valores, princípios e interesses. Quem deve se preocupar são os outros conosco e não o oposto. Nós devemos ser fortes, pois só assim poderemos defender nossos valores.
CONCLUSÃO
O papel do Plano de Gestão, ou outro nome que queiram dar é o norte que o candidato adota para orientar os eleitores. É evidente que o discernimento entre o que é certo e o errado, o que é honesto e desonesto, estes não mudam. São valores obrigatórios no homem, isto porque a honestidade no Brasil ou até no mundo passou a ser um dever e não uma obrigação.
Se um determinado assunto for proposto, por exemplo, pela oposição e se eu entender que não fere e nem cause prejuízos ao Vasco e aos seus associados não me negarei acatar as sugestões da oposição.
Não sou pessoa que aceita politicagens, tudo deve ser apreciado segundo os interesses maiores de nosso clube e não interesses de grupos. Não compartilho das benesses concedidas a dirigentes de futebol. A vida pessoal do dirigente não deve se confundir com a vida do clube são situações distintas e totalmente separáveis.
Outro ponto que gostaria de salientar é o que se refere ao “timing” de fatos ocorridos na gestão de um presidente ao longo de seu mandato. Digo isso porque me causa estranheza a pouca qualidade técnica do nosso time no Campeonato Brasileiro de 2010 e na Taça Guanabara de 2011. Após o término desta abriu-se para o Vasco várias oportunidade de contratações e ocorrem várias inaugurações de melhorias em São Januário. Não que sejamos contra, mas é de se entranhar pelas épocas que tais eventos ocorreram. Presidente de um clube como o Vasco deve administrá-lo durante o mandato, ou seja, ininterruptamente durante o seu mandato e não fazer como alguns políticos em cargos executivos fazem, que é soltar o dinheiro para obras em épocas próximas às eleições. Positivamente não é a melhor forma de administrar.