Vasco: nota do Casaca sobre crise no Vasco

Nota exposta no site Casaca, que faz oposição à administração vascaína.

Ratos do Mar

Eles quiseram se esconder nos porões da caravela. No entanto, aqueles que ajudaram a levar ao poder de forma indevida, atearam fogo ao navio. Qualquer semelhança com quitandas e quitandeiros que desfilam pelo Vasco fazendo negócios escusos com ingressos não é mera coincidência. Cercados pelo fogo, o suicídio coletivo começou. E começou através de uma nota patética, desprovida de caráter, bom senso, coragem, altivez publicada em um jornal do Rio de Janeiro. Tudo o que se pode esperar do que eles são: ratos.

O início da nota até que se dá com bom humor. Dizem eles que integram um grupo que “sempre lutou pelo bem do Vasco”. Só pelo fato de apoiar o MUV, o golpe, os desmandos posteriores, as falcatruas, as opacidades, as trapalhadas já se vê o quanto “lutaram”, de fato. Não, eles não mentiram. Lutaram. Alguns, lutaram por cargos. Outros, lutaram por patrocínios. Mais alguns, por remuneração pessoal mesmo. Às vezes, começar com piadas desperta o interesse do leitor. Provavelmente isso foi planejado. Tanto quanto foi “planejada” a queda do Vasco para a segunda divisão. Tanto quanto as temporadas fabulosas que a atual “diretoria” “planejou”. Tanto quanto o super-herói dos Pampas, figura mitológica criadas por estes “torcedores”, “planejou”. Tanto quanto Dinamite e sua trupe “planejaram” as finanças do clube, com escândalos de contas reprovadas, calotes de todos os tipos, desvios de numerários, golpes baixos, etc. Haja fôlego.

E onde estava esse grupo de torcedores que “sempre lutou pelo bem do Vasco”? Apoiando a tudo isso. Sem pestanejar. Com pequenos lapsos, é verdade. Para isso, bastavam umas 3 derrotas seguidas. Pronto, lá estavam eles na prancha. Prontos a se atirar. As coisas mudavam minimamente de rumo e meia-volta: todos retornando aos porões para agir da forma que, afinal, agem os ratos.

O segundo parágrafo da nota, além de cometer agressões não contra os irmãos portugueses, mas contra a língua portuguesa, deixa a piada para trás e entra na desfaçatez. A gestão anterior era uma “ditadura”, mas foi a gestão atual que se elegeu com 800 votos em um pleito forjado. A gestão anterior era uma “ditadura”, mas não se tem notícia de que, em algum momento, tenha sido necessário o Presidente do Conselho Deliberativo inverter, na mão grande, o resultado de uma votação. A administração anterior era uma ditadura, mas não agia à revelia dos demais Poderes do clube, prática usual da atual. Exemplos a mais não faltam. E onde estavam esses “torcedores” abnegados? Apoio, diretamente dos porões.

O terceiro parágrafo retorna ao bom humor com uma contradição tão explícita, quanto espetacular. Dizem os notáveis “torcedores” que logo de início perceberam na atual “administração” os erros que levaram o Vasco à segunda divisão, embora insistam em culpar a anterior. Ora, como encaixar uma teoria na outra? Se foram os erros da atual “administração” que levaram o Vasco à segunda divisão, a culpa não pode ser da passada, nem em menor e nem em maior escala. As teorias são excludentes e a conclusão é óbvia: como bons ratos a caminho do mar, identificam agora quais foram os verdadeiros culpados pela lamentável queda. E, se ainda não sabem, eles, esses tais dedicados torcedores, não foram somente coniventes com isso. Foram, também, cúmplices.

O também divertido quarto parágrafo comete uma injustiça, a princípio: não menciona o “grande vascaíno” Carlos Leite. Imperdoável. Outras ausências, menos sentidas, são as de Pimpão, Chulapa, Pinilla, Baiano, Jhonny e Tita. Quanto ao patrocínio da Eletrobrás, ele só foi capaz de originar uma gama de desesperados: aqueles que achavam que o Vasco receberia valores que jamais esteve apto a receber, porque passou a ser um clube imerso na calotagem sob a atual “gestão”. Um verdadeiro patrocínio fantasma, só arrancado dos cofres da empresa agora por intermédio do sofrimento dos funcionários por meses a fio, via sindicato, TRT, etc. A chamada “criatividade” de outro ídolo destes digníssimos “torcedores”: o senhor Nelson Rocha. Quanto às esfirras, elas só serviram enquanto patrocinaram programas e eventos daqueles que assinam a nota. Não deixa de ser curioso. Saboreava-se esfirra entre um arroto e outro de insanidade, estupidez, burrice e vigarice, mas ela, a esfirra, seguiu o triste rumo mercantilista: deixou de rechear bolsos de picaretas, deixou de servir.

Os três parágrafos que se seguem são o percurso final entre os porões e a prancha de suicídio. Hora de simular ausência de co-responsabilidade pelo que aí está instalado, hora de se acovardar e empurrar culpas, hora de dissimular, hora de fingir, hora de fugir, hora, enfim, de agir mais do que nunca como ratos que são. A fuga dos ratos, escadas acima, prancha abaixo, mar afora representa a bizarra caricatura do Vasco atual: clube curvado, fraco, subserviente, secundário, composto por dirigentes frouxos e apoios como os destes, parafraseando-os, grupelhos: de ratos. Fujões. Covardes. Medrosos. Ficam em voga algumas questões: será que se o ano do futebol não estivesse tão ruim essa nota seria publicada? Ou foi puro oportunismo? E, oportunismo sendo, tem ou não fins eleitorais? Que fique uma coisa clara: assim como as derrotas levam a rataria à prancha, 3 vitórias seguidas fazem com que retorne aos porões. Rato é assim.

A publicação deste arremedo de página de livreto de piadas é o capítulo final do desespero instalado no seio daqueles que lutavam com armamentos de última geração a favor do “novo Vasco”, diante dos bodoques, estilingues e zarabatanas da turma do lápis na orelha. Tiveram de tudo. Inclusive, apoio nos principais veículos de comunicação do país. Um deles, o principal, chegou a abrir a porta para que elementos absolutamente desclassificados expusessem seus textos palmos abaixo da linha da mediocridade na intenção de enganar vascaínos desavisados. Mas nada, absolutamente nada, foi capaz de sustentar o misto de má intenção, incapacidade, desamor, vigarice e pasmaceira que tomou de assalto a Colina. Está comprovado, com esta ridícula nota, que a rataria está na prancha e, alguns deles, já se atiraram. Falta, agora, o abandono dos piratas. Por conta própria ou na marra, eles também vão pular.

Fonte: CASACA!

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