Vasco não chega a acordo com funcionários demitidos sobre parcelamento de verbas

A proposta apresentada pelo Vasco da Gama aos funcionários foi debatida em assembleia em São Januário, mas rejeitada pela maioria presente.

Jorge Salgado em reunião com os funcionários em janeiro de 2021
Jorge Salgado em reunião com os funcionários em janeiro de 2021 (Foto: Divulgação)

Não houve acordo entre o Vasco da Gama e os funcionários demitidos sobre o acordo coletivo proposto. A negativa aconteceu em assembleia realizada em São Januário, na manhã desta segunda-feira (10).

Foram 68 assinaturas, e a grande maioria dos presentes votaram contra, com apenas quatro favoráveis à proposta de parcelamento dos valores requisitados oferecida pela diretoria vascaína anteriormente.

Sobre os demitidos, embora o Gigante tenha anunciado 186 demissões, a lista que que foi entregue pelo Clube ao Sindeclubes (Sindicato dos Empregados em Clubes, Federações e Confederações Esportivas e Atletas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro) continha apenas 120 funcionários.

Não é do conhecimento do Sindeclubes o motivo. Lembrando que, na apresentação do último balanço financeiro, no último dia 30, o vice-presidente de finanças, Adriano Mendes, revelou que, entre os 186 demitidos, estavam jogadores, que não tiveram os nomes revelados.

Considerando o número repassado ao Sindeclubes, para formar a maioria, precisava de apenas 61 assinaturas a favor para que o acordo do Vasco fosse aprovado, o que não chegou nem perto de acontecer diante do resultado que foi mostrado mais acima. Para eles, resta agora ações individuais.

Acordo coletivo de parcelamento proposto pelo Vasco
Acordo coletivo de parcelamento proposto pelo Vasco

A informação foi divulgada pelo site Esporte News Mundo. Ainda segundo ele, o Vasco lamentou a negativa, e alegou que, num primeiro momento, o Sindeclubes considerou a proposta factível. Ela engloba o pagamento das rescisões (saldo salarial, férias, 13º e FGTS).

Ausência da multa prevista na CLT

O problema foi que a mesma não incluía a multa prevista no artigo 477 da CLT, de um salário caso o Vasco ultrapasse o prazo de 10 dias para pagar as rescisão. A ausência dela foi destacada por André Toledo, gerente jurídico do Sindeclubes, em áudio que está circulando no Whatsapp, em que convocou os funcionários para a recusa.

– Isso que a gente precisa não aprovar porque essa multa de atraso do pagamento da rescisão e outras multas mais só vão ser pagas na Justiça do Trabalho. No acordo, o Vasco não está querendo pagar essa multa. Por isso que vocês têm que estar presentes lá para não deixar um povo que está querendo fazer acordo aprovar isso e todo mundo se submeter a essa situação. Quem quer fazer acordo individual depois que procure a direção do Vasco e abra mão do que tem direito e faça acordo. Quem não quer a gente não pode aceitar que obriguem vocês a quererem essa situação. O resultado da assembleia agora é soberano. O ponto final da situação vai ser colocado no dia 10.

Lembrando que, antes de demiti-los, o Vasco acertou todas as pendências salariais com os funcionários. Colocar os salários em dia, inclusive, tem sido pauta desde os primeiros dias da gestão de Jorge Salgado. As demissões fizeram parte do processo de corte de custos diretoria com o rebaixamento à Série B.

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