Vasco melhora jogo coletivo com Ramón Díaz, mas escancara urgência por reforços

O Vasco da Gama apresentou evolução na organização coletiva contra o Athletico-PR, mas carência de bons jogadores ficou nítida.

Ramón Díaz durante o jogo contra o Athletico-PR
Ramón Díaz durante jogo contra o Athletico-PR (Foto: André Durão)

O experiente treinador argentino estreou pelo Vasco na noite deste domingo. O time mostrou alguns bons sinais coletivos depois de uma semana de trabalho, criou chances, mas bastou se expor um pouco para ter um duro golpe de realidade. Perdeu mais uma vez dentro de São Januário, local em que marcou seu último gol há mais de quatro meses.

É bem provável que a equipe encorpe com alguns reforços e com mais organização como o novo técnico mostrou ser capaz de dar. Mas o material humano disponível no ataque colocará nas redes adversárias as chances criadas? A defesa ganhará duelos diante de rivais quando posta em mano a mano? A pontuação do Vasco no campeonato pede um jogo ”no limite” do erro, algo que não vem sendo possível de fazer.

Escalações

Léo foi desfalque no Vasco. A zaga acabou formada pelos garotos Miranda e Zé Vitor. Medel estreou numa robusta trinca de meio com Jair e Zé Gabriel. Figueiredo jogou pelo centro do ataque. Gabriel Pec e Orellano foram os pontas do 4-3-3 cruzmaltino.

Já Wesley Carvalho teve desfalques em sua defesa. Thiago Heleno e Pedro Henrique ficaram de fora. Zé Ivaldo teve a companhia de Kaique Rocha e Esquivel, que atuou como zagueiro. Khellven e Canobbio foram os alas. Vidal ganhou espaço como homem mais avançado de meio-campo. Vitor Bueno ficou no banco.

O jogo

Muita concentração e intensidade nas duas equipes, poucas chances criadas e um jogo travado. A urgência da vitória por motivos distintos acabou aproximando o desempenho de Vasco e Athletico antes do intervalo. Na prática foram duas chegadas com relativo perigo para cada lado, mas nada tão contundente.

O Vasco posicionava o seu bloco de marcação na altura do meio-campo, só adiantava as linhas quando um passe era dado para trás por algum atleta do time rubro-negro. Conseguiu ter setores mais compactos em comparação ao que vinha ocorrendo recentemente. Um time nitidamente mais seguro.

O Athletico tentava atrair a pressão em sua primeira linha de construção e encontrar Vidal nas costas de Medel, ou então buscava passes em progressão para Canobbio pela esquerda e Vitor Roque entre os zagueiros. Obteve pouco sucesso, mas apresentou um pouco mais de volume em relação ao cruzmaltino.

A equipe da casa trazia Medel para fazer a saída de bola entre os zagueiros, ”espetava” os laterais bem abertos no campo de ataque e promovia flutuações de Orellano e Gabriel Pec dos lados para o centro do gramado. Encontrava dificuldades para gerar linhas de passe no campo rival. A intenção era nítida, mas a execução naturalmente falha.

Faltava também um pouco mais de criaticidade aos meias do Vasco na intermediária ofensiva. O sistema defensivo do Furacão acabou neutralizando as investidas sem tanta dificuldade. Foram apenas oito finalizações ao todo nos 47 minutos da etapa inicial, nenhuma na direção do gol.

Na 2ª etapa, Wesley Carvalho soltou um pouco mais Esquivel nos momentos de posse de bola do Athletico, mas quem cresceu no jogo foi o Vasco. Mais confiante, arriscou jogadas agudas e buscou aproveitar a velocidade de Gabriel Pec pela esquerda. Figueiredo, que teve boa movimentação pelo meio do ataque, perdeu grande chance em cruzamento do camisa 11 e em outra assistência de Puma Rodriguez.

O Gigante da Colina acabou se expondo naturalmente e a qualidade do time rubro-negro definiu o duelo em dois contragolpes. Christian e Vitor Bueno finalizaram jogadas com participações luxuosas de Vitor Roque e Fernandinho, e construiram o resultado favorável ao Athletico. Um preço caro pagou o Vasco pela situação desesperadora no campeonato.

O melhor e o pior em campo

Fernandinho comandou um recital no meio-campo. Distribuiu bons passes, iniciou as jogadas dos dois gols, marcou com competência e liderou o Athletico em mais uma vitória fora de casa. Foi o melhor em campo. Vitor Roque vem logo na sequência. Já o zagueiro Zé Vitor deixou a desejar no Vasco. Afobado. Perdeu duelos importantes e esteve mal posicionado nos dois gols do Furacão.

Fonte: Globo Esporte

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