Vasco inicia bem contra o Flamengo, mas não é efetivo e desmorona após gol

O Vasco da Gama fez um bom 1º tempo contra o Flamengo, mas postura desmoronou por completo, após tomar o gol.

Piton e Mateus Carvalho em clássico contra o Flamengo
Piton e Mateus Carvalho em clássico contra o Flamengo (Foto: André Durão)

O que já era complexo se tornou ainda mais complicado. O Vasco perdeu o primeiro jogo da semifinal contra o Flamengo por 1 a 0, no Nilton Santos, e ficou ainda mais distante de uma vaga na decisão do Campeonato Carioca. Agora, necessita vencer o jogo de volta, no Maracanã, por dois gols de diferença para garantir a classificação.

Foram 45 minutos de competitividade do Vasco, com mais finalizações e as chances mais claras para balançar as redes. No entanto, cada clássico contra o Flamengo comprova que não basta apenas competir contra o rival – é necessário ser efetivo quando as (poucas) chances aparecem.

E, assim, após um bom primeiro tempo do Vasco, o Flamengo fez o que dele se espera: controlou o jogo na etapa final e impôs o ritmo a partir de jogadores mais técnicos do que os da equipe de São Januário. E, diferentemente do time de Fábio Carille, não perdoou: 1 a 0 com chute improvável de Bruno Henrique, que até o momento do gol não havia tido oportunidades. Frustração do lado vascaíno – mais uma vez.

Independentemente do resultado, se contentar com competir contra o seu maior rival – por um tempo, ou por 90 minutos – nunca será um alento ao torcedor de um clube com a história do Vasco. A superioridade técnica do Flamengo existe, a discrepância financeira é evidente. Mas a postura e a forma como o Vasco encara os duelos contra o rival, principalmente após sofrer o gol, demonstram o desmoronamento mental presente no clássico. E isso se reflete nos últimos tempos, com apenas duas vitórias vascaínas nos últimos 31 jogos contra o Flamengo.

Início positivo

O Vasco começou o clássico querendo dar uma resposta ao torcedor e buscando deixar a má atuação contra o Flamengo na Taça Guanabara para trás. Com bastante intensidade nas disputas de bola e solidez na parte defensiva, a equipe teve um bom primeiro tempo contra o rival.

Carille retomou o esquema com três volantes no Nilton Santos: Jair aparecia centralizado como primeiro volante para dar qualidade na saída de bola, com Hugo Moura pela direita e Mateus Carvalho na esquerda. A boa consistência no meio-campo deu segurança à dupla de zaga, formada por Lucas Freitas e João Victor, que venceu praticamente todos os duelos contra o trio de ataque rubro-negro.

Mesmo com desfalques, a postura do Vasco foi capaz de neutralizar o Flamengo, que acumulava erros incomuns de passe na construção de jogo. Léo Jardim não precisou fazer nenhuma defesa no primeiro tempo.

A equipe de Carille terminou com mais finalizações do que o time rubro-negro. Inclusive, com a melhor chance. Aos 42 minutos, Rayan recebeu ótimo passe de Coutinho, que teve boa movimentação na primeira etapa, e finalizou cara a cara para grande defesa de Rossi. No rebote, Léo Ortiz salvou em cima da linha. E, contra o Flamengo, o torcedor vascaíno já sabe que não se pode desperdiçar quando as poucas oportunidades aparecem.

O Vasco voltou do intervalo praticamente como outro time e não repetiu a boa atuação na etapa final. Mais organizado, o Flamengo retornou do vestiário melhor em campo e com maior capacidade de impor seu ritmo de jogo. Logo aos 11 minutos, Luiz Araújo encontrou a trave em finalização, após recuo errado de Mateus Carvalho na entrada da área.

A pressão do Flamengo aumentava, e Carille buscou agir com a entrada de Loide Augusto – o último dos reforços ofensivos a chegar para 2025 e que nem foi apresentado à torcida na tradicional coletiva de imprensa. Mateus Carvalho, que não fazia boa partida, foi substituído pelo atacante angolano. Assim, a falta de opções no banco de reservas em relação ao rival era novamente escancarada.

Poucos minutos após a substituição, o banho de água fria. Bruno Henrique aproveitou um bote errado de Lucas Freitas – que, apesar do erro no lance, fez partida segura – girou e acertou chute improvável de canhota de fora da área. Apagado, o camisa 27 rubro-negro não fazia bom jogo e era neutralizado pela dupla de zaga do Vasco. Mas são nestes momentos que a qualidade individual discrepante entre os times fica nítida. Um lance pode ser fatal. Placar aberto no Nilton Santos.

Após o gol, porém, a postura do Vasco desmoronou por completo. A equipe não conseguia mais ser minimamente presente no campo ofensivo. Carille voltou a mexer apenas aos 30 minutos, com as entradas de Payet, Sforza e Garré, este último mais um dos reforços.

As mudanças, no entanto, não surtiram efeito. O meia francês fez mais uma partida bem abaixo do nível físico exigido em um clássico e aquém na parte técnica.

O Vasco só voltou a ameaçar o gol de Rossi no último lance de jogo, em cabeçada de João Victor, que acabou com defesa do argentino no meio do gol. Mas foi só: 1 a 0 para o rival.

Fonte: Globo Esporte

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