Vasco inicia 2012 com problemas de patrocínios

O Vasco da Gama começa a temporada com quase 40% a menos de receitas após fim de dois contratos.

Para os saudosistas, um uniforme com poucos ou sem patrocínio está mais perto das raízes do clube. Mas no futebol atual, uma camisa “limpa” pode resultar em dificuldades financeiras. O Vasco iniciou 2012 sem a parceria com duas empresas que estampavam suas marcas no material utilizado pela equipe, e o reflexo disso não demorou a aparecer. Com quase 40% a menos de receita, a diretoria precisa encontrar meios de pagar salários atrasados, o que causa insatisfação e faz os jogadores ameaçaram não concentrar para o jogo deste domingo, contra o Duque de Caxias.

O patrocínio da Eletrobras rende ao Vasco R$ 14 milhões anuais, e a previsão é que, com o reajuste em 2012, o valor chegue a R$ 16 milhões. No entanto, o clube não tem as certidões negativas de débito que o permitiriam receber a quantia normalmente. Ele depende de uma ação judicial e atualmente parte do recurso destinado Cruz-Maltino encontra-se retido.

Por enquanto, a Eletrobras é a única empresa que estampa sua marca no uniforme do Vasco. BMG e Ale não renovaram seus contratos que rendiam quase R$ 9 milhões anuais para manga e peito da camisa, respectivamente. Em 2012, o clube planejou arrecadar quase R$ 15 milhões com a soma dos dois espaços, mas até o momento não houve acordo com nenhuma empresa.

– É uma pancada considerável. Tem feito a diferença – resumiu um integrante da diretoria vascaína.

Há algum tempo o Vasco negocia com uma empresa que pagaria R$ 8 milhões para estampar sua marca nas mangas do uniforme, mas o acordo não foi selado. Também estaria encaminhada uma parceria para o peito da camisa.

A projeção do Vasco para 2012 é arrecadar R$ 34,5 milhões com patrocínio no uniforme, mas atualmente conta com R$ 14 milhões que não vêm sendo pagos regularmente. De acordo com o planejamento do departamento financeiro do clube, o orçamento para a temporada é de R$ 150 milhões, R$ 24 milhões a mais do que no ano passado. No entanto, R$ 122 milhões seriam de gastos e outros R$ 20 milhões de despesas financeiras, como pagamento de empréstimos e juros.

O período de dificuldade, principalmente no início do ano, já era de certa forma previsto pela diretoria. As cotas de direitos de transmissão da televisão relativas a 2012 não podem ser utilizadas integralmente por causa de adiantamentos. Assim, a expectativa é de bons ares no ano que vem, quando essa receita será menos comprometida.

O Vasco também espera receber no início de fevereiro o pagamento relativo às cotas de transmissão dos jogos na Libertadores. O clube encara essa receita como de extrema importância para o pagamento de salários atrasados.

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