Vasco freia empolgação com goleada e volta a flertar com Z4

Depois de atropelar o Santos no fim de semana, Vasco da Gama tem atuação ruim e é facilmente batido pelo Juventude.

Coutinho em Juventude x Vasco
Coutinho em Juventude x Vasco (Foto: Luiz Erbes/AGIF)

Três dias! Esse foi o tempo que durou a alegria do torcedor vascaíno com a histórica goleada sobre o Santos. A derrota da noite desta quarta foi suficiente para voltar a se irritar e se preocupar. Jogando em um nível abaixo da média de atuações com o próprio Diniz, o Cruzmaltino foi dominado pelo Juventude e não apresentou meios de se recuperar dos 2×0 sofridos precocemente.

Relaxamento após o massacre sobre o Peixe? Muita gente deve usar esse argumento. Ele pode ser válido e apenas os jogadores podem confirmá-lo. O que dá para afirmar é a inoperância ofensiva da equipe diante de aplicado Juventude. Início de trabalho bastante promissor de Thiago Carpini. O time somou sete de nove pontos possíveis e venceu um duelo direto na luta contra o rebaixamento.

Escalações

Thiago Carpini fez três mudanças no time em relação ao jogo contra o Vitória. Cipriano, suspenso, deu lugar a Wilker Ángel. Já Nenê, decisivo em duas partidas seguidas, ganhou chance como titular. Gabriel Verón foi para o banco. Na lateral-esquerda, Alan Ruschel entrou na vaga que foi de Marcelo Hermes.

Fernando Diniz não teve Paulo Henrique e Jair. Puma Rodriguez entrou na lateral e Thiago Mendes no meio. Vegetti retornou após suspensão. David foi para a reserva.

O jogo

Cometer um pênalti antes dos 30 segundos de partida foge de qualquer explicação mais racional. As equipes ainda estão se ajustando em campo, mas no caso do encontro da noite desta quarta-feira, no Alfredo Jaconi, ajudou a entender o cenário inicial da partida de forma bem precoce.

Lucas Piton errou passe em pressão do Juventude no campo do Vasco, e depois pulou com o braço esquerdo aberto na tentativa de deter o cruzamento de Reginaldo. Nenê esbanjou precisão na batida e o Papo já estava na frente no placar aos dois minutos. O movimento que originou o lance do gol alviverde foi visto por boa parte da primeira metade do 1º tempo.

De maneira organizada e compacta, o Juventude tentava imprensar o Cruzmaltino justamente no lado do campo escolhido para trocar passes e iludir a marcação anfitriã. Jogadores com Gabriel Taliari, Jadson, Caique e Mandaca foram determinantes para gerar intensidade e forçar erros diante de um adversário muito longe da rotação que a partida pedia.

Novamente houve uma roubada de bola no campo rival antes do recuo para Jandrei. Ele lançou para o lado esquerdo da defesa vascaína, algo comum na partida. Jadson controlou a ”segunda bola” e deu para Batalla servir Gabriel Taliari em profundidade. Ele não perdoou. 2×0 Juventude em 15 minutos. Lucas Freitas foi mal no lance. Apenas uma das várias jogadas em que ele não conseguiu ser efetivo.

A diferença de energia era gritante, e só se viu algo distinto disso perto dos 30 minutos. Período em que o Juventude assumiu de vez a marcação em bloco mais baixo. Antes, tinha levado perigo também em chutes de Mandaca e Jadson da entrada da área. O Vasco começou a progredir com a reunião de jogadores buscada pelo lado esquerdo. Piton, Coutinho, Nuno, Tchê Tchê, Freitas e Thiago Mendes.

Rayan, desta vez, ficou um pouco mais preso pela direita. A ideia era fazer a inversão e buscar o mano a mano do ponta com Alan Ruschel em alguns ataques. Mas o lateral jaconeiro reagiu muito bem. Puma Rodriguez deveria fazer ultrapassagens por dentro quando o jovem recebesse a bola, mas o uruguaio parecia ”aéreo” em campo.

Em uma das poucas vezes em que se aproximou do setor da bola, Rayan assustou em chute da entrada da área. Tchê Tchê também bateu com certo perigo da mesma zona, e Vegetti escorou um cruzamento de Piton na pequena área. Abner salvou. A volúpia vista no domingo, no entanto, pareceu ter ficado no gramado do Morumbis. A produção ofensiva cruzmaltina esteve muito baixa.

O Juventude voltou a fazer movimentos de subida de marcação em momentos esporádicos na volta para o 2º tempo. O Vasco teve Lucas Piton transitando mais vezes por dentro, deixando a amplitude pela esquerda a cargo de Nuno Moreira. A circulação, porém, manteve-se lenta, e havia pouca agressividade nos movimentos perto da área.

Thiago Carpini mexeu no time antes mesmo dos 15 minutos. Nenê e Batalla deixaram o gramado para as entradas de Gabriel Veron e Ênio. Renovou o fôlego do time para pressionar na frente e ganhou velocidade nos contragolpes que surgiam naturalmente. Não demorou a criar uma boa chance ao desarmar na saída vascaína. Tchê Tchê impediu o gol de Taliari.

Fernando Diniz também mexeu rapidamente. Sacou os inoperantes Thiago Mendes e Vegetti. David e GB entraram. Tchê Tchê passou a jogar como primeiro volante. Nuno Moreira virou meia ao lado de Coutinho pelo centro, e David fez a ponta-esquerda. Na sequência, tirou Lucas Freitas, em péssima noite, para a entrada de Victor Luís. Passou a ter um miolo de zaga totalmente improvisado.

Giraldo no lugar de Caíque foi a terceira troca de Carpini. As substituições nitidamente surtiram mais efeito para os donos da casa, que seguiam se defendendo bem, adiantavam a marcação em determinados momentos, forçavam erros, e em outros escapavam em rápidas transições. Gabriel Taliari teve mais uma chance para ampliar e esbarrou em Léo Jardim.

Taliari cedeu vaga a Matheus Babi na reta final da partida. Reginaldo também saiu para a entrada de Igor Formiga. O Vasco voltou a ter posses mais longas perto da área após os 25 minutos. Conseguiu um bom chute de média distância com Coutinho. David ofereceu um pouco mais agressividade pela esquerda, mas a área estava muito bem protegida pelo Juventude.

O jovem Léo Jacó foi a última cartada de Diniz. Nuno Moreira saiu. O time carioca manteve a circulação de bola lateral na intermediária ofensiva sem penetrar e produzir nenhuma chance clara de gol.

Foi a sétima derrota em 18 jogos dirigidos pela atual comissão técnica. O Vasco venceu apenas cinco vezes no período e contabiliza também seis empates. Menos de 40% de aproveitamento de pontos.

Fonte: Globo Esporte

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