Vasco: feras no assunto analisam gol de falta de Dedé

Falta perto da área. Felipe se aproxima. Mais distante, Dedé observa. O árbitro apita. Alguns passos e uma cobrança perfeita. A bola passa caprichosamente por cima da barreira e balança a rede, sem chances para o goleiro. Golaço do…

Dedé. Isso mesmo. Surpreendendo até mesmo especialistas em bola parada, o zagueiro apresentou contra o Duque de Caxias uma qualidade que poucos conheciam. Mas ele mesmo não se surpreende. Afinal, vem se aperfeiçoando desde os tempos de Volta Redonda.

Ainda no clube da Cidade do Aço, Dedé, recém-promovido ao time principal, observava o já veterano Sérgio Manoel treinando cobranças de falta após as atividades e, com o tempo, tentava fazer igual.

– O Dedé era uma jovem promessa, mas nem sabia que ele gostava de bater faltas. Lembro apenas que ficava olhando meus treinos. Se eu soubesse, até ajudava. Fiquei surpreso quando vi o golaço. Cobrou com perfeição – disse Sérgio Manoel.

Já no Vasco, Dedé passou a tentar aperfeiçoar as cobranças observado de perto pelo auxiliar e ex-zagueiro do Vasco Jorge Luiz, que ficou conhecido por fazer muitos gols de bola parada. Ele foi um dos poucos que não ficou surpreso com o golaço.

Além de Sérgio Manoel, Dedé também se inspira em Marcelinho Carioca, que passou pelo Vasco em 2003. O ex-jogador, assim como outros especialistas em bola parada ficou surpreso com a qualidade do defensor.

– Quando vi o lance, pensei que o negão ia soltar a bomba. O Dedé surpreendeu e cobrou muito bem. Mas Pé de Anjo para ele não dá. Afinal, o cara calça mais do que 35/36, como eu, não é? – brincou.

Opinião de outros especialistas

Roberto Dinamite “Se existe um segredo para um bom batedor, o segredo é treino. O Dedé está no caminho certo: muito treino e dedicação. Se fizer assim, vai longe.”

Jorge Luiz (Auxiliar técnico): “Tem que pegar com jeito na bola, dependendo do lado, sempre tentar o primeiro, segundo homem da barreira. Foi isso que o Dedé fez e muito bom.”

Ramon Menezes (ex-meia do Vasco): “Bateu como tinha de bater mesmo. Pé de apoio no lugar certo e a bola entrou sem chances para o goleiro. Eu cobraria daquela forma também.”

Fonte: Jornal Lance