Vasco empatou com o Náutico em São Januário
O Vasco empatou com o Náutico em 0 a 0 e confirmou a esperada classificação para as quartas de final da Copa do Brasil.
Em noite de festa nas arquibancadas de São Januário, mas sem grandes emoções dentro de campo, o Vasco empatou com o Náutico em 0 a 0 e confirmou a esperada classificação para as quartas de final da Copa do Brasil. Vaga que ficou muito bem encaminhada com a vitória por 3 a 0 no jogo de ida, nos Aflitos, no dia 20. A passagem de fase foi comemorada em São Januário, mas a vibração da torcida não foi só com o jogo. O principal motivo da alegria foi o retorno de Juninho Pernambucano ao clube, confirmado na manhã desta quarta-feira, e o jogo 300 de Felipe pelo clube. O jogador foi homenageado antes do pontapé inicial, recebeu uma placa comemorativa e teve seu nome gritado pelos torcedores, que também entoaram a plenos pulmões o nome de Juninho.
Além do camisa 6, o Vasco também homenageou Larissa dos Santos Atanázio. Os pais e o irmão da menina de 13 anos, assassinada no massacre na escola Tasso da Silveira, em Realengo, receberam camisas personalizadas das mãos dos jogadores. O goleiro Fernando Prass era o grande ídolo de Larissa e não conseguiu segurar a emoção no momento da homenagem.
Nas quartas de final, o Vasco vai enfrentar o Atlético-PR, que eliminou o Bahia. As datas dos confrontos serão anunciadas nesta quinta-feira pela CBF. No próximo domingo, o time volta a campo para a final da Taça Rio, contra o Flamengo, às 16h, no Engenhão. Já o Náutico, que atuou no Rio com um time praticamente reserva, joga também no domingo, decidindo um lugar na decisão do Campeonato Pernambucano contra o Sport, nos Aflitos. O Timbu perdeu o jogo de ida, na Ilha do Retiro, por 3 a 1.
Como o Vasco podia perder por até dois gols de diferença, Ricardo Gomes resolveu poupar quatro titulares (Diego Souza, Alecsandro, Fellipe Bastos e Rômulo). Apesar de ter mantido a estrutura tática, as novidades – Jumar e Eduardo Costa na proteção à zaga, Bernardo no meio e Elton no ataque – acabaram afetando o entrosamento. Além disso, o time nitidamente não entrou com o pé no acelerador para evitar possíveis lesões, já de olho na decisão da Taça Rio, contra o Flamengo, no domingo.
O grande homenageado da noite, Felipe, que completava 300 jogos pelo clube carioca, chegou a tirar o pé de algumas divididas. Uma postura cautelosa providencial diante de um adversário afobado e que chegou a exagerar na disposição em alguns lances. Bernardo, Ramon, Jumar e Eder Luis foram alguns dos que sofreram com a violência do time pernambucano. A equipe levou sete cartões amarelos
Com um time praticamente reserva e orientado pelo auxiliar Zé do Carmo (o treinador Roberto Fernandes ficou em Recife), o Timbu só levou perigo em apenas um lance na primeira etapa. Em que a bola chegou a balançar a rede. Aos 43, Peter chutou de fora da área. Deyvid Sacconi desviou para a o gol, mas a jogada foi invalidada. O meia estava adiantado.
Na base do esforço, o Vasco tentava chegar ao gol. E teve três oportunidades claras para abrir o placar. A primeira foi com Eder Luis, mas o goleiro Douglas fez grande defesa. Depois, foi a vez de Bernardo desperdiçar duas chances. A primeira surgiu de uma tabela com o próprio Eder Luis. O camisa 31 recebeu na frente e poderia ter devolvido, mas resolver arriscar o chute e errou. O apoiador ainda recebeu de Elton sozinho na área. Em lance parecido com o jogo de ida no Recife, Bernardo driblou dois jogadores e chutou forte. A bola explodiu no travessão.
O Vasco voltou ainda mais relaxado no segundo tempo. Já o Náutico resolveu tentar jogar e deixar de bater. O resultado dessa mudança foi uma bola na rede logo aos seis minutos, quando Silas desviou um chute de fora da área de Elicarlos. A arbitragem anulou, marcando impedimento inexistente (assista no vídeo ao lado).
O lance assustou o Vasco, que, com apoio da torcida, passou a equilibrar as ações. Mas isso continuou não significando chances claras para o time da casa.
O técnico Ricardo Gomes resolveu, então, começar a poupar outros titulares. Após ficar um mês afastado devido a uma lesão no joelho direito, Fagner entrou no lugar de Allan. O objetivo foi dar ritmo de jogo ao lateral-direito de ofício, que vai ter de lutar para recuperar seu espaço. Felipe também deixou o campo para a entrada de Enrico. As mudanças deram mais velocidade à equipe, mas, novamente, o desinteresse pareceu predominar e as chances não apareciam.
Com a classificação vascaína decidida, as duas equipes seguiram com grande dificuldade de criar oportunidades de gol. E não havia outro resultado além do 0 a 0.
Fernando Prass, Allan (Fagner), Dedé, Anderson Martins e Ramon; Jumar, Eduardo Costa, Felipe (Enrico) e Bernardo; Eder Luis (Caíque) e Élton. | Douglas, Jorge Felipe, Wescley e Rafael Nitsche; Peter, Elicarlos, Rodolfo Potiguar, Deyvid Sacconi (Marcos Vinícius) e Jeff Silva; Fábio Reis (Silas) e Philip Luiz. . |
Técnico: Ricardo Gomes | Técnico: Zé do Carmo |
Cartões amarelos: Ramon, Jumar (VAS), Peter, Deyvid Sacconi, Fábio Reis, Rodolfo Potiguar, Jeff Silva, Jorge Felipe, Elicarlos (NAU) | |
Data: 27/04/2011. Local: São Januário. Árbitro: Devarly Lira do Rosario. Auxiliares: Maciel Linhares e Vanderson Antônio Zanotti. Público: 5.557 (presentes) / 3.793 (pagantes) Renda: R$ 64.240,00 |
Fonte: globo esporte