Vasco: é vender a janta para pagar o almoço
Nelson Rocha afirmou que no Vasco a luta é diária e a questão financeira ainda está complicada.
Ao acertar a renovação de contrato com o Vasco, o diretor de futebol Rodrigo Caetano priorizou duas reivindicações à diretoria: um fluxo financeiro que evitasse o atraso salarial e um terreno para tirar os treinos de São Januário. O ano está perto do fim e somente o segundo item avançou e, mesmo assim, de maneira devagar. A questão financeira ainda está bastante complicada, tanto é que os vencimentos no clube continuam atrasados em dois meses. Mas os departamentos financeiro e de futebol acreditam que dias melhores virão.
Vice-presidente de finanças, Nelson Rocha afirmou que no Vasco a luta é diária: “é vender a janta para pagar o almoço”. No entanto, ele acha que o clube está começando a respirar. “O que o Rodrigo Caetano coloca é o que todos nós queremos. Mas ele sabe das nossas dificuldades. Não é fácil resolver isso, mas estamos trabalhando. Nesta semana vamos tentar quitar o atraso atual. Para a próxima temporada, temos algumas ações e um planejamento estratégico para evitar isso”, afirmou Nelson Rocha em entrevista à Rádio Brasil.
Rodrigo Caetano voltou a ressaltar que confia no empenho dos envolvidos. O diretor de futebol lembrou que seu departamento vem tentando ajudar. A classificação para a Copa Sul-Americana rendeu aos cofres do clube R$ 1 milhão. Além disso, existe a possibilidade de o volante Léo Gago ser negociado com o Coritiba, o que também renderia um dinheiro a mais em caixa.
Quanto aos reforços, a situação financeira também se reflete no planejamento. Até o momento, foram contratados dois jogadores: Marcel e Anderson Martins. Eduardo Costa e Misael devem ser oficializados somente na quarta-feira.
“É difícil contratar assim, mas não podemos comprometer o orçamento e quebrar o compromisso com quem está aqui. Temos de ser criativos e acreditar em dias melhores”, afirmou Rodrigo Caetano. Ele explicou melhor o que o futebol pode fazer. “Não mexemos com patrocínios. Mas estamos gerando receitas aqui. Desde que cheguei, o clube nunca teve um patrimônio no futebol como agora. Temos moedas de troca que rendem frutos”.
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