Vasco é o time que mais depende de bolas aéreas para finalizar no Brasileiro

O Vasco da Gama tem ao todo são 193 cruzamentos nas sete primeiras rodadas do Brasileiro, motivo de críticas da torcida.

Pedro Raul em jogo contra o Bahia
Pedro Raul em jogo contra o Bahia (Foto: Daniel Ramalho/Vasco)

Os cruzamentos têm sido a principal arma do Vasco de Maurício Barbieri no Campeonato Brasileiro. No entanto, a dependência do fundamento para criar jogadas é um dos maiores motivos de críticas ao trabalho do treinador até aqui. Entre todas as equipes da Série A, ninguém depende mais de bolas aéreas para finalizar e marcar do que o Vasco.

Ao todo são 193 cruzamentos do Vasco nas sete primeiras rodadas do Brasileirão, sendo o segundo nesse quesito. O líder é o Palmeiras, com 204. O time carioca é a equipe que mais acertou cruzamentos no campeonato: 47 – uma média de 6,7 por jogo.

No entanto, são 146 cruzamentos errados no total, uma média de 20,8 por jogo. A taxa de acertos é de 24,35%, a segunda melhor entre as equipes do campeonato. Apesar do bom índice de aproveitamento nos cruzamentos, o que chama a atenção é a dependência do fundamento para finalizar jogadas.

Das 83 finalizações do Vasco na competição, 45 tiveram como origem a bola aérea – mais da metade. Segundo o Espião Estatístico, é a equipe que mais depende do jogo aéreo no Brasileirão.

Clubes que mais usam o jogo aéreo para finalizar
Clubes que mais usam o jogo aéreo para finalizar (Foto: Ge)

A dependência também se reflete nos gols. O Vasco balançou as redes oito vezes no campeonato, sendo que seis delas vieram de bolas aéreas.

Percentual de gols aéreos dos clubes
Percentual de gols aéreos dos clubes (Foto: Ge)

Confira os dois gols que não foram de jogadas pelo alto

  • Gol de Pedro Raul, contra o Fluminense, no empate em 1 a 1

A jogada inicia quando o Vasco aperta a saída de bola do Flu, Fábio sai tocando errado nos pés de Alex Teixeira, e Pedro Raul empurra para o gol vazio.

  • Gol de Galarza, contra o São Paulo, na derrota por 4 a 2

Erick Marcus dribla, toca para Carabajal, que cruza para Galarza dominar e chutar bonito. Apesar de ter sido um cruzamento, não configura como jogada aérea pela altura da bola no passe.

A dificuldade do Vasco em jogos que “precisa propor”, seja pelo favoritismo ou pelo mando de campo, é ainda mais evidente. Contra o Santos, por exemplo, a equipe teve um bom início de jogo, mas sofreu o gol no primeiro tempo e depois abusou dos cruzamentos. Foram 54 bolas lançadas na área, segundo o Footstats.

Após a derrota para o Santos, Barbieri reconheceu a falta de eficiência e a dificuldade contra retrancas.

– Não é uma dificuldade do Vasco, mas de qualquer equipe. É do futebol em si, mas sem dúvidas temos que buscar soluções, e acho que a gente tentou. Cruzamos muitas bolas porque estavam fechados, mas também entramos por dentro. Tentamos de diferentes formas, mas não conseguimos eficiência e talvez um pouco de sorte – disse após a derrota por 1 a 0.

O time do Vasco apresenta números baixos na questão dos passes. Em média, o time troca 321 passes por jogo, a quinta pior marca entre as equipes na Série A. O número, por si, não é um problema, já que o Botafogo é líder e tem uma média igual, com 320 passes por jogo. O destaque é a falta de repertório, que já ecoa na torcida, por meio de protestos.

O Vasco volta a campo no sábado, às 16h, contra o Fortaleza, no Castelão. A equipe de Maurício Barbieri está na 17ª colocação, com seis pontos, na zona de rebaixamento. O time não vence há seis jogos e busca uma vitória para voltar a ter dias tranquilos.

Fonte: Globo Esporte

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