Vasco e Corinthians: do rebaixamento à luta por títulos
Muita coisa mudou desde que Corinthians e Vasco penaram na Série B. A passagem.
Muita coisa mudou desde que Corinthians e Vasco penaram na Série B. A passagem, ainda que breve, pela divisão de acesso do futebol brasileiro serviu de purgatório para os dois times, que se viram na iminência de reaverem os seus passados e reconstruirem seus preceitos políticos.
Após uma campanha pífia no Nacional de 2007, o Corinthians caiu pela primeira vez para a Segundona. Tido como o grande responsável pela fase de vacas magras, Alberto Dualib, que dava as cartas no Timão há quase duas décadas, deixou o cargo, sucedido instantâneamente por Andrés Sanchez. Foi o esteio para a reformulação que se iniciava. Assim que o descenso foi consumado, Mano Menezes, que treinava o Grêmio, algoz dos paulistas na última rodada daquele Brasileiro, assumiu o time. Jogadores como Chicão e André Santos, peças fundamentais do Figueirense, também foram contratados.
De cara nova, o Corinthians passou sem dificuldades pela Série B, pulverizando, inclusive, o recorde de pontos nesta competição: 85 em 38 rodadas. 2008 havia sido superado, assim como o trauma de ficar fora da elite.
Em 2009, com Ronaldo como a estrela maior da companhia, o Timão foi campeão paulista de forma invicta e ainda arrebatou a Copa do Brasil. No ano seguinte, revés na Libertadores ante o Flamengo, nas oitavas de final. Contra todos os prognósticos, o Corinthians não se abateu e fez um Brasileirão exemplar. Brigou pelo caneco até a última rodada do torneio, mas acabou ficando na terceira posição.
Nesta temporada, o time dirigido por Tite chegou à final do Paulista, só sendo superado pelo Santos. Em seguida, foi barrado na pré-Libertadores pelo modesto Tolima, da Colômbia, naquele que foi o pior resultado de um clube brasileiro no certame continental. Novamente, o Corinthians se revestiu e foi à luta, chegando a mais uma decisão de Brasileiro, desta vez, com chances ainda maiores de título.
A trajetória do Vasco é semelhante à do seu similar paulista. Em 2008, com Edmundo no comando do ataque, o Gigante da Colina se apequenou e terminou o Brasileiro na zona da degola. Dos poucos isentos, Roberto Dinamite, que assumira a presidência do clube no lugar do contestado Eurico Miranda, prometeu reformulação total para o ano de 2009. E assim foi feito.
Para a disputa do Carioca, chegaram Dorival Júnior, Fernando Prass e Carlos Alberto. Nos bastidores, o Vasco contou com o reforço de Rodrigo Caetano, que havia feito bom trabalho como diretor executivo no Grêmio.
Na Série B, o time de São Januário nadou de braçadas. Fez 76 pontos e terminou como campeão, àquela altura com a segunda melhor campanha de um time na Segundona, somente atrás do Corinthians – em 2011, a Portuguesa registrou 81 pontos e superou o time carioca.
Após a “catarse” da Segundona, o Vasco fez um 2010 pouco barulhento. No Estadual, foi vice-campeão da Taça Guanabara. No Brasileiro, foi apenas o 11° colocado, com 38 pontos.
O melhor mesmo viria em 2011, embora o início de temporada tenha sido um tanto claudicante. Já sob as ordens de Ricardo Gomes, o Vasco tropeçou no Carioca, quando sequer chegou à fase final. Na Copa do Brasil, porém, o time foi a um patamar que nem o mais fervoroso fã acreditava ser possível atingir.
Com um futebol insinuante, apoiado por Dedé, Diego Souza e Felipe, o Gigante da Colina reeditou os seus melhores momentos no cenário nacional e levou, sem objeções, o título do segundo torneio em importância no País. Objetivo traçado e cumprido: a Libertadores já estava às mãos.
Para o Brasileiro, chegou Juninho Pernambucano, essencial na rota que pode levar o Vasco ao seu quarto trofeu de Brasileiro, o primeiro desde 2000. Paralelamente ao torneio nacional, o alvinegro avançou às semifinais da Copa Sul-Americana.
No próximo domingo, Corinthians ou Vasco podem assinar o mais belo capítulo de suas trajetórias desde que emergiram da Série B.
Fonte: placar
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