Vasco dribla proibição e exibe mensagem vetada pelo Maracanã em placa publicitára

Ação de patrocinadora do Vasco da Gama exibiu a mensagem que havia sido censurada pelo Consórcio Maracanã.

Patrocinadora do Vasco publica mensagem vetada em placa de publicidade
Patrocinadora do Vasco publica mensagem vetada em placa de publicidade (Foto: Divulgação/Vasco)

Uma das razões pelo atrito gerado entre a concessionária que administra o Maracanã e o Vasco da Gama, a faixa com os dizeres “Respeito. Igualdade. Inclusão” não pôde ser colocada pelo clube nas arquibancadas. Porém, em ação da patrocinadora Pixbet, o Vasco conseguiu expor a mensagem no Maracanã por meio das placas de publicidade.

Além da ação, torcedores vascaínos também se mobilizaram para levar a mensagem no estádio. Nos arredores do Maracanã foi possível perceber a presença de torcedores com os dizeres que a concessionária vetou.

Na manhã deste domingo, o Vasco publicou uma carta aberta criticando a proibição da mensagem. Além disso, outros motivos para o atrito entre as partes foi o valor do aluguel do estádio, bem como o fato de o clube não receber pelo consumo de bares.

Confira a íntegra da carta aberta divulgada pelo Vasco.

“Carta aberta: respeito, igualdade, inclusão

Um século de lutas

O Vasco da Gama é um gigante do futebol brasileiro por merecimento. Escreveu partes grandiosas de sua história dentro de campo, e é um dos clubes com mais motivos para se orgulhar de sua história também fora de campo. Ser vascaíno é torcer por um futuro que honre nossa história – e ela não é pequena.

O relacionamento do Vasco com seus co-irmãos – ou rivais – do futebol do Rio de Janeiro é um caso à parte. Em breve, o clube celebrará o centenário de um dos capítulos mais importantes de sua história, a Resposta Histórica de 1924. O caminho que leva à construção desta carta tem uma raiz muito bem definida: a mudança de regras.

Após o sucesso do clube no campeonato de 1923, tendo em seu time atletas negros, pobres e analfabetos, os demais clubes do Rio de Janeiro mudaram os critérios esportivos da liga de futebol da época. Exigiram a desfiliação dos atletas tidos como indesejáveis – o que o Vasco orgulhosamente negou – e, posteriormente, demandaram ainda que o clube tivesse um campo próprio para mandar seus jogos. O resultado foi a construção de São Januário, o maior do Brasil e da América do Sul à época, nossa casa, nosso orgulho, nosso lar. Grandeza não se compra, grandeza se constrói.

E quis a grandeza do clube que nossa história não fosse escrita apenas em um palco, mas em dois. Desde a inauguração do Maracanã, em 1950, o Vasco construiu uma relação íntima e vitoriosa com o maior estádio do mundo. Foi o primeiro campeão do “Maraca” e se acostumou a grandes jogos e inesquecíveis conquistas. É um caminho a não ser apagado jamais.

É natural, portanto, que o Vasco mantenha uma relação contínua com o Maracanã, levando para lá grandes jogos e públicos contra adversários tradicionais. O Vasco x Cruzeiro deste domingo é um deles.

Não chega a ser surpreendente – mas triste – que a história se repita. As regras foram modificadas novamente.

Segundo as regras da concessão, o aluguel para uso do Maracanã é de R$ 90 mil reais. Esta é a regra aplicada para partidas muito recentes, de alguns poucos dias atrás. Mas agora, sem qualquer justificativa, o valor cobrado para a partida do Club de Regatas Vasco da Gama foi estabelecido em R$ 250 mil reais. O Vasco pediu esclarecimentos, obtendo em troca um constrangedor silêncio.

Além disso, a Concessionária do Maracanã modificou as regras em torno dos bares e restaurantes do estádio. É praxe que o clube mandante obtenha um percentual das vendas no dia do jogo. Tal direito, no entanto, foi negado ao Vasco para o jogo deste domingo, o que significa que o consumo de mais de 60 mil vascaínos no estádio não se reverterá em recursos para o clube. Novamente, nenhuma explicação plausível nos foi oferecida.

Por fim, o Maracanã possui um espaço para mensagens institucionais, à beira do campo, no setor leste. É aquela mensagem visível nas transmissões televisivas, com dizeres escolhidos pelos clubes, direcionados aos espectadores.

O Vasco apresentou a mensagem a ser veiculada na partida deste domingo, o que foi vetado pela concessionária. A mensagem que o clube pretende disponibilizar é a seguinte:

“Desde 1898 o legítimo club do povo /// Respeito, Igualdade, Inclusão”

Mais uma vez, o motivo do veto não foi explicado, o que nos leva a crer que haja algum tipo de censura à mensagem que o Vasco pretende veicular.

Demandamos o restabelecimento do valor previamente determinado pela Concessionária para o uso do Maracanã pelo Vasco; demandamos o restabelecimento da participação do clube sobre as vendas nos bares e restaurantes do estádio no dia da partida; e demandamos a veiculação da mensagem do clube na lateral do campo.

Demandamos, enfim, o respeito à história do Vasco da Gama e às regras vigentes para o uso do estádio.

Nenhuma destas demandas se afasta do trato normal a um grande clube do Rio de Janeiro.

Infelizmente, o Vasco da Gama encontra um tratamento paralelo àquele recebido no início do século passado. Mudam as regras mas não impedirão nosso clube de exercer sua grandeza de sempre.

  • Conselho Deliberativo CRVG
  • Conselho de Beneméritos CRVG
  • Assembleia Geral CRVG
  • Conselho Fiscal CRVG
  • Diretoria Administrativa CRVG”

Fonte: Globo Esporte

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4 comentários
  • Responder

    Renan Bomfim!
    Não faz o menor sentido seu comentário, quanto ao GRAMADO!
    O ASSUNTO trata-se de:
    RESPEITO.
    IGUALDADE.
    INCLUSÃO.

  • Responder

    Renam , vc calado é um poeta!!! O maraca também é Preto e branco!!!

  • Responder

    Pode entrar, Flamengo e Fluminense são quem adm o Maracanã, o Vasco não gastou um centavo com as reformas, com o gramado, com nada no Maracanã e quer ter direito iguais… SQN

  • Responder

    Cadê o jurídico do Vasco pra entrar msm na justiça,pra esses mulambos e pó de arroz,não desfrutar do bem público,vulgo contrução pública,usurfluir,pq não constrói um estadio deles como nois fizemos,ata gostam de mole graças a esses políticos safados

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