Vasco divulga superávit de R$ 18 milhões e estatização da dívida em R$ 831 milhões

Na última sexta-feira (04), o Vasco da Gama divulgou o balanço semestral e todas as demonstrações financeiras de 2021, contendo também o balanço social desse mesmo período. Mais precisamente, os números apresentados correspondem de janeiro até junho deste ano.

O Gigante obteve um superávit de R$ 18 milhões, com a venda de Talles Magno ao New York City, dos Estados Unidos, sendo fundamental para o número positivo. O Clube embolsou R$ 32 milhões líquidos com a transferência, na negociação de R$ 42 milhões. Também foi divulgada uma dívida com Jorge Salgado.

Salgado

O que era de R$ 8 milhões antes de que assumisse a presidência, passou para R$ 26,6 milhões por causa de empréstimos ao Clube, uma alternativa de emergência para manter o fluxo de caixa. Antes, o Gigante informou que fez a captação de R$ 28 milhões de capital de giro com taxas inferiores às praticadas no mercado. O Vasco explicou as condições para o pagamento ao mandatário.

– Jorge Salgado concordou em renegociar os contratos de mútuo em benefício do CRVG, para pagamento até 10 janeiro de 2023, com juros de 7,5% a.a. (sete e meio por cento) e sem incidência de qualquer correção monetária até o seu vencimento. No primeiro semestre de 2021, foram realizadas outras operações de mútuos ao custo de 7,5% a.a. sem correção monetária, com as mesmas garantias já existentes nos contratos anteriores, com a devida apresentação e aprovação no Conselho Deliberativo do Clube.

Redução de custos e dívida

O Gigante ainda reduziu em 51% na folha pessoal mensal, de R$ 10,7 milhões para R$ 5,3 milhões. Outro ponto foi a estabilização da dívida bruta em R$ 831 milhões, depois de a gestão ter assumido o Clube com R$ 832 milhões. O fato foi bastante celebrado pelo Gigante em meio à um cenário de pandemia e redução de receitas com a queda à Série B.

– Essa estabilização da dívida ganha importância quando se observa que a mesma aumentou R$ 187 milhões apenas no exercício de 2020 e continuou apresentando elevação do seu saldo no 1º trimestre de 2021, quando atingiu o montante de R$ 849 milhões, uma vez que as ações de redução de custos somente puderam ser efetivamente implantadas a partir de abril, já que a atual Administração somente assumiu ao fim do mês de janeiro e teve foco total em ações que visavam impedir o rebaixamento do Clube à Série B do Campeonato Brasileiro, não causar rupturas na estrutura vigente que, de certa forma, pudessem prejudicar o elenco

As informações sobre o balanço foram detalhadas pelo site Globo Esporte. Existe no Vasco também a convicção de que, a partir do resultado obtidos nos primeiros meses do ano, a tendência é de que a dívida caia no segundo semestre.

– O Clube está renegociando termos da totalidade de sua dívida tributária junto à Procuradoria Geral da Fazenda Nacional – PGFN, visando adequar montante, prazo e curva de amortização desse endividamento à real capacidade de sua geração de caixa, e pretende se comprometer a honrar seus compromissos daqui em diante, como os impostos correntes, como um compromisso com a sociedade.

Tanto o balanço semestral quanto o balanço social podem ser encontrados no portal da transparência. O Gigante fechou 2020 com a dívida bruta de R$ 832 milhões, com o detalhe que R$ 312 milhões são de dívidas vendidas ou para serem pagas de imediato, já em 2021, representando um aumento de R$ 187 milhões comparado à dívida que era conhecida, auditada e publicada em 2020