Vasco demora a ‘pegar no tranco’, mas se classifica sem sustos na Copa do Brasil

Vasco da Gama estreou na Copa do Brasil com uma vitória por 3x0 sobre o frágil União Rondonópolis-MT e avançou para a segunda fase.

União Vasco x Rondonópolis-MT
União Vasco x Rondonópolis-MT (Foto: Breno Bonfá)

O Vasco passou pela primeira decisão da temporada 2025 e está na próxima fase da Copa do Brasil. O caminho para a classificação sobre o modesto União de Rondonópolis foi acidentado, com vaias dos torcedores presentes em Cariacica em determinado momento, mas no final das contas a equipe de Fábio Carille fez sua parte, reagiu com um 3 a 0 construído no segundo tempo e avançou na competição.

A subida de produção na etapa complementar se deve principalmente às entradas de Payet e Rayan, que colocaram fogo na partida e conduziram o Vasco a essa vitória importante. Eles foram os melhores jogadores vascaínos no duelo, embora o atacante tenha atuado por apenas 26 minutos, e o meia, por aproximadamente 15. Entre os que foram titulares, destaques para Hugo Moura e Vegetti, que fizeram gols e tiveram boas atuações.

Apesar do início do jogo, período em que amassou o adversário, criou ao menos duas grandes chances, parou em noite inspirada do goleiro adversário e ensaiou uma vitória tranquila, o Vasco mais uma vez fez um primeiro tempo ruim no Estádio Kleber Andrade. A sintonia no setor ofensivo durou pouco, e o que se viu dos 19 minutos até o intervalo foi um desempenho arrastado e de pouca inspiração.

Era tudo que o time mato-grossense queria, ainda mais depois da mudança na regra que acabou com a vantagem do empate para os visitantes nessa fase da Copa do Brasil. Se ninguém mexesse no placar, a vaga seria decidida nos pênaltis.

Para ser justo, o União não produziu nada que ameaçasse o gol defendido por Léo Jardim, que assistiu ao jogo de camarote. As exceções foram um ou duas escapadas em contra-ataques repelidas pela defesa vascaína no primeiro tempo e que sequer terminaram em finalizações. O Vasco demorou a engrenar por culpa própria.

Carille pediu calma no intervalo, como ele mesmo contou na coletiva depois da partida. Na opinião do treinador, a bagagem dos quatro jogos recentes sem vitórias (derrotas para Fluminense e Flamengo e empates com Volta Redonda e Sampaio Corrêa, todos pelo Campeonato Carioca) entrou com seus jogadores em campo. Ele resumiu em poucas palavras o tom da classificação:

“Um jogo que a gente teve que controlar bastante o emocional pelos últimos resultados. […] É isso que a gente tem trabalhado bastante, você pode fazer o gol da vitória nos primeiros minutos como também pode fazer nos últimos minutos”, concluiu.

Ótimo início, vaias no fim

Contra o União na noite desta terça-feira, o Vasco teve provavelmente seu melhor início de jogo sob o comando de Fábio Carille, que abriu mão da formação com um meio de campo recheado e optou por colocar mais um jogador ao lado de Vegetti no meio de campo. Dessa forma, o time foi escalado do meio para frente com Hugo Moura, Cocão, Coutinho, Alex Teixeira, Zucarello e Vegetti.

Diferentemente de jogos recentes, as triangulações no ataque aconteceram, e dessa forma o Vasco conseguiu entregar a bola em condições para Vegetti finalizar. As jogadas eram construídas pelos dois lados, com Piton e Paulo Henrique bastante espetados nas pontas, e também por meio de infiltrações pelo meio, onde Coutinho encontrava algum espaço. Foram 20 minutos de um jogo de ataque contra defesa.

Nesse tempo, Vegetti teve boa chance em cabeçada por cima do gol e quase fez um golaço numa finalização de voleio que parou nas mãos de Fernando, que operou outros milagres em Cariacica e pode fechar um DVD só de defesas contra o Vasco. Aos 12 minutos, Coutinho chutou cruzado e rasteiro e obrigou o goleiro a salvar o adversário mais uma vez.

À medida que a bola não entrava, os jogadores ficaram visivelmente ansiosos, a impaciência da torcida cresceu, e as coisas pararam de funcionar. O time de Carille ativou o modo arame liso, seguiu com cerca de 75% de possa de bola, mas sem provocar perigo. As vaias no intervalo foram a trilha sonora de uma atuação constrangedora.

Os gols saíram

Com dois minutos do segundo tempo, Vegetti recebeu de Alex Teixeira na área, fez o pivô e sofreu o pênalti. Ele mesmo foi para a cobrança para abrir o placar para o Vasco e marcar seu sexto gol na temporada. O Pirata agora tem média de quase um gol por partida em 2025.

Carille já havia mexido na equipe no intervalo, com a entrada de Tchê Tchê no lugar de Mateus Cocão – que não fez boa partida. Mas o que realmente soltou a equipe foi livrar-se do peso de abrir o placar. A partir dali, o Vasco atuou com mais confiança e passou a arriscar mais, mas ainda faltava um capricho na finalização das jogadas. Nesse sentido, Coutinho contribuiu pouco em Cariacica.

As entradas de Rayan (no lugar de Zuccarello) e Payet (em Coutinho) resolveram esse problema. A dupla deu refinamento aos lances próximos da área e precisou de três minutos junta em campo para aumentar a vantagem. Aos 36, o francês fez boa jogada pela esquerda e rolou para o jovem atacante estufar a rede.

Rayan, que acabou de ser campeão sul-americano sub-20 com a seleção brasileira, chegou em Vitória seis horas antes da partida e fez sua primeira partida com Carille, poderia ter feito outros dois ou três não fosse a já mencionada noite inspirada do goleiro adversário. O gol que fechou o placar saiu dos pés de Hugo, que também teve boa atuação. A jogada mais uma vez foi de Payet pela esquerda.

Com a vitória, o Vasco interrompe uma sequência de quatro jogos sem vencer e ganha ao menos um pouco de moral para a partida decisiva contra o Botafogo, no próximo domingo. Feito o dever de casa na Copa do Brasil, é hora de pensar no clássico.

Fonte: Globo Esporte

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1 comentário
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    FOI ERRO ASTRONÔMICO A CONTRATAÇÃO DE CARILE. COUTINHO, COCÃO E ALEX TEIXEIRA NAO DEVEM NEM SER RELACIONADOS.

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