Vasco dá prioridade a contratação de um zagueiro que chegue para ser titular
Com problemas na defesa nos últimos anos, Vasco da Gama mapeia o mercado em busca de um zagueiro que seja a referência
A prioridade do Vasco para 2025 no mercado será a mesma do ano de 2023 e 2024: a contratação de um zagueiro. O filme repetido mostra que o clube carioca não resolveu uma de suas principais carências no elenco nas últimas janelas, desde a volta à Série A há dois anos.
Desde o primeiro semestre de 2023 até a última janela, o Vasco contratou sete zagueiros. De perfis e modelos de negócios diferentes, o clube teve dificuldades para acertar uma dupla de defesa segura. Ou até mesmo um zagueiro que passasse mais de seis meses como unanimidade.
João Victor (R$ 32 milhões) e Léo (R$ 16 milhões) foram os mais caros — em compras de direitos econômicos — neste período e terminaram 2024 como titulares, mas questionados. Medel e Maicon chegaram em fim de contrato, foram importantes no segundo semestre de 2023 e depois caíram de produção. Capasso foi um investimento de R$ 8 milhões e nunca se firmou. Rojas e Robson Bambu não se provaram nos empréstimos e não deixaram saudade no clube.
Na última janela de transferências, a primeira sobre a gestão de Pedrinho, a contratação de um zagueiro era a prioridade do clube mercado, mas o Vasco falhou ao não atacar a posição. Agora a direção não quer repetir o mesmo erro e analisa nomes debatidos, mas com cautela porque não pode gastar muito.
Até o momento, o clube demonstrou interesse na contratação de David Ricardo, do Ceará, e também sondou a situação de Lucas Oliveira, que pertence ao Cruzeiro. Danilo, sonho da diretoria no meio do ano, também teve conversas com o Vasco, mas a situação não avançou.
Alguns atletas têm sido oferecidos à direção do Vasco, como foi o caso de Luizão, do West Ham. O defensor de 22 anos tem interesse de voltar ao Brasil neste momento e teve conversas com o clube no meio de 2024. A informação foi publicada primeiramente pelo canal Detetives Vascaínos.
O ge apurou que a negociação não andou na última janela pelas condições impostas, mas o nome não está descartado para 2025. Na situação atual, o cenário mais possível para a liberação do jogador pelo West Ham seria um empréstimo com opção de compra, com o Vasco tendo que arcar com 100% dos salários do jogador.
Com as contas apertadas, o Vasco, a princípio, não tem condições de investir alto em contratações nesta janela. A gestão de Pedrinho está no meio de um processo de reestruturação financeira com várias frentes, como negociações com credores e medidas que antecedem a possível entrada no regime de recuperação judicial. Os esforços do clube estão concentrados nesse tema.
Além disso, o Vasco ainda precisa definir quem será o treinador da equipe no ano que vem para debater perfil de reforços. Poucos avanços devem ocorrer em contratações antes disso.
Dois anos de problemas defensivos
A carência do time no setor defensivo nos últimos dois anos refletiu-se dentro de campo. Em 114 jogos oficiais no período, a defesa foi vazada em 80 partidas – o que equivale a 70,1% do total. Ao todo, foram 145 gols sofridos nas últimas duas temporadas.
Em 2024, o Vasco terminou o Brasileirão com a quarta defesa mais vazada, com 56 gols, e sofreu gols em 45 dos 61 jogos na temporada. Apenas Bragantino, Criciúma e Juventude não sofreram gols em menos partidas em 2024.
Fonte: Globo Esporte