Vasco cresce na defesa e ganha força na final da Copa do Brasil

O sistema defensivo do Vasco se destacou no primeiro jogo ocntra o Corinthians e torna arma de Diniz para o jogo de volta.

Carlos Cuesta e Robert Renan
Carlos Cuesta e Robert Renan

Ao longo da temporada, o calcanhar de Aquiles do Vasco tem sido o sistema defensivo. Mas quis o destino — com a ajuda do árduo trabalho do técnico Fernando Diniz com os jogadores — que a defesa tenha encaixado no momento mais decisivo do ano. Nas semifinais diante do Fluminense e, sobretudo no primeiro jogo da final da Copa do Brasil contra o Corinthians, o setor foi determinante para os resultados. Neste domingo, no Maracanã lotado, a expectativa é de que a virada de chave seja definitiva. Com a vantagem de jogar em casa, a equipe precisa de uma vitória simples para voltar a comemorar um título nacional após 14 anos.

Diniz exaltou o desempenho do sistema defensivo após o empate por 0 a 0 no jogo de ida na Neo Química Arena, em São Paulo.

— O time talvez tenha feito, defensivamente, a melhor partida sob o meu comando. O elenco foi muito obediente. Alguns jogadores de maneira especial, como o Coutinho e o Rayan. Por característica, se sacrificaram muito para que as coisas acontecessem do jeito que aconteceram — disse o técnico.

Dedo do técnico na zaga

O melhor entrosamento da dupla de zaga Carlos Cuesta e Robert Renan também explica a melhora gradativa do setor. Ambos estrearam em setembro deste ano, fizeram 15 partidas juntos e levaram 18 gols (média de 1,2 gols por jogo).

A chegada dos zagueiros — Cuesta tem 26 anos e Renan, 22 — teve participação direta do treinador na escolha e negociação com os jogadores. Sem a dupla em campo, o time, sob o comando de Diniz tem média de 1,6gol sofrido por jogo.

A euforia do técnico com a atuação da defesa do Vasco tem razão de ser. Antes das fases finais da Copa do Brasil, o time se despediu do Campeonato Brasileiro com uma goleada de 5 a 0 sofrida para o Atlético-MG — a maior do ano, mas sem a presença dos zagueiros titulares.

Em 2025, os números gerais do Vasco no setor não são motivo de orgulho. Entre os times que disputaram a Série A este ano, é dele a segunda pior defesa, com 92 gols, atrás apenas do rebaixado Sport, com 94. Por outro lado, a equipe tem um poderio ofensivo que ajudou a equilibrar a conta. Foram 93 gols marcados em 70 partidas, sendo o sexto melhor ataque do país, à frente de Cruzeiro, Mirassol e Botafogo, por exemplo.

— O Vasco apresentou problemas estruturais para defender em muitos momentos do ano. A questão foi atenuada com a chegada de dois bons zagueiros, como Cuesta e Robert Renan. No jogo com o Corinthians, também houve muito bom trabalho sem bola de jogadores como Nuno Moreira, Andrés Gomez e até de Coutinho e Rayan, os primeiros a pressionar os defensores corintianos. Por trás deles, Barros e Thiago Mendes também deram excelente suporte — analisa o colunista Carlos Eduardo Mansur, do GLOBO.

Titulares à disposição

O ápice da performance pode ter chegado no momento certo. Diante de Memphis Depay, Yuri Alberto e Garro e do especialista em Copa do Brasil Dorival Júnior, no entanto, a equipe terá de manter a atenção total nos 90 minutos. Afinal, Diniz sabe que nem sempre será possível manter seu estilo de jogo ou a entrega absoluta de jogadores como Philippe Coutinho ao longo de toda a partida.

— O Vasco vai precisar repetir este bom trabalho no Maracanã, ter uma estabilidade que não conseguiu ao longo do ano — conclui Mansur.

Nesta sexta-feira, o time fez o penúltimo treino no CT Moacyr Barbosa com todos os titulares à disposição. A expectativa é que Diniz mantenha a equipe titular que empatou em São Paulo — a baixa entre os reservas é Mateus Cocão, que sofreu lesão no joelho esquerdo.

Fonte: Extra

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