Vasco contorna erros defensivos em noite de gala de Vegetti contra o Sport
Vasco oscila contra o Sport, chega a ser dominado em alguns momentos, mas é eficiente para vencer a segunda no Brasileiro.

O que o Vasco tem de melhor e de pior neste momento? A resposta da indagação foi vista em síntese nos quase 100 minutos de futebol diante do Sport, na noite deste sábado, em São Januário. Um time com o lado esquerdo muito forte, Coutinho em bom nível, e Vegetti na melhor temporada da sua vida. Mas ao mesmo tempo, com muita dificuldade de manter a regularidade dentro do mesmo jogo.
O Sport lamenta mais uma derrota que poderia ter outro desfecho neste Brasileirão. Conseguia ter mais controle das ações até levar o primeiro gol, e reclama de falta de Vegetti em cima de Lucas Cunha no lance que ampliou a vantagem do Gigante da Colina. Faltou, porém, mais capacidade de definição ao Leão.
Rayan foi a outra boa notícia do Vasco. Entrou e precisou de apenas quatro minutos para marcar o gol que sacramentou a vitória dos donos da casa. Foi o terceiro dele na temporada. Só está abaixo de Vegetti e Coutinho na tabela de artilheiros do time.
Escalações
Fabio Carille não pôde contar com o zagueiro Lemos. Lucas Freitas o substituiu. O restante da equipe foi o mesmo da última partida pela Copa Sul-Americana. Já Pepa teve os desfalques de Igor Cariús e Dalbert na lateral-esquerda. Chico foi deslocado para a função e Lucas Cunha compôs a zaga com o português João Silva. Pablo seguiu no ataque, na ausência de Gonçalo Paciência.
O jogo
A grande diferença entre Vasco e Sport no 1º tempo foi a contundência e a capacidade de decisão ao se aproximar da área. O rubro-negro fazia um bom jogo dentro de São Januário até levar o primeiro gol. Conseguia subir o bloco de marcação e dificultar os avanços cruzmaltinos, arrefeceu o ânimo da torcida vascaína assim. Trocou passes no campo de ataque e rondou a área, mas criou pouco.
Pablo, antes de ser sacado por lesão aos 40′, fez bons pivôs fora da área, participou da troca de passes do Leão, mas não teve a presença necessária entre os zagueiros adversários. Lucas Lima e Barletta flutuavam a partir dos lados, se associavam com Sergio Oliveira, Rivera e Du Queiroz por dentro. Faltava, no entanto, transformar isso em oportunidades de gol.
O Vasco também teve seus méritos ao isolar a área. João Victor e Paulo Henrique venceram duelos importantes diante de um Sport que só foi assustar de fato depois de estar perdendo por 2×0. Chico desperdiçou o lindo passe de Lucas Lima ao bater em cima de Léo Jardim, em um dos raros movimentos de infiltração feitos pelos pernambucanos na área.
Se não teve o mesmo controle do Sport com a bola, o Cruzmaltino foi cirúrgico. Possui jogadores mais agudos, principalmente pelo lado esquerdo. Em dois ataques rápidos pelo setor, o time casa começou a construir sua vantagem.
Primeiro após falta sofrida por Nuno Moreira. Cobrada por Piton na área e concluída por Vegetti para o gol, após participações decisivas de Garré e Coutinho. E depois, em contragolpe puxado por Lucas Piton antes do cruzamento de Nuno Moreira para o centroavante argentino fazer mais um. O Sport reclamou bastante de falta de Vegetti em Lucas Cunha na disputa derradeira do lance.
Apesar da vitória parcial por dois gols de diferença, o Vasco teve dificuldades para manter uma marcação mais agressiva e regular. Permitiu muitos passes ao Sport em seu campo. Já o Leão teve menos poder de marcação e recomposição pelo lado direito de sua defesa, imperdoável contra Piton e Nuno Moreira.
Já com Arthur Sousa no centro do ataque, substituto de Pablo ainda no 1º tempo, o Sport passou a ter mais ”peso” na área, a empurrar a última linha de defesa do Vasco contra a própria meta. Chico se soltou mais pela esquerda e criou a jogada que terminou em finalização de Barletta no travessão.
O ponta-esquerda do Sport finalizou duas vezes contra a meta de Léo Jardim em cinco minutos de 2º tempo. Era o sinal de quem voltara a dominar as ações. O gol dos visitantes enfim saiu em escanteio cobrado por Sergio Oliveira pela direita, Hugo Moura marcou contra. Vendo sua equipe ser amplamente dominada, Carille tirou Garré e Tchê Tchê para as entrada de Adson e Jair.
O time reagiu! Principalmente com Adson, que assim como Nuno Moreira, buscou trabalhar com Coutinho ao flutuar para a faixa central. O camisa 11 do Vasco voltou a atuar bem, mas saiu cansado para a entrada de Payet na metade do 2º tempo. No Sport, Fabricio Dominguez e Lenny Lobato entraram nos lugares de Du Queiroz e Lucas Lima.
Adson, Lucas Piton e Paulo Henrique deram esperança de que o Vasco poderia marcar o terceiro. Conseguiram finalizar com perigo num intervalo de dez minutos. Payet participou mais do que nas últimas partidas em que foi utilizado. Enfiou um belo passe em profundidade para Rayan deixar o Vasco mais tranquilo na reta final do jogo. O jovem atacante bateu na saída de Caíque e ampliou.
Rayan havia entrado apenas quatro minutos antes de marcar o seu gol. O Sport terminou a partida com Barletta na lateral-esquerda e Romarinho na linha de frente com Lenny Lobato e Arthur Sousa. O time manteve-se agressivo, mas com muita dificuldade de converter esse cenário em finalizações precisas. João Victor e Lucas Freitas se desdobraram para proteger a área e cortaram bolas perigosas.
Fonte: Globo Esporte