Vasco aumenta fiscalização para ter estádio mais cheio e evitar desperdício de ingresso

São Januário tem recebido menos público do que o total de ingressos anunciados antes das partidas e o Vasco da Gama busca resolver isso.

Torcida do Vasco em São Januário durante o jogo contra o Brusque
Torcida do Vasco em São Januário durante jogo contra o Brusque pela Série B 2022 (Foto: Daniel Ramalho/Vasco)

Para tentar o acesso de volta para a Séria A, o Vasco tem um forte aliado: a sua torcida em São Januário. E os vascaínos têm correspondido e comparecido em peso nas últimas partidas da equipe nesta Série B. Mas uma parcela de ingressos não utilizados nas partidas na Colina chamou a atenção nos dois últimos jogos. Contra o Bahia e o Brusque, o clube informou que todos os 21 mil ingressos disponíveis haviam sido emitidos. Mas, no final, ambos os duelos tiveram menos de 20 mil presentes. E o Esporte News Mundo apurou da onde vem esta diferença e o que o clube tem tentado fazer para evitar este “desperdício” de entradas.

Na vitória sobre o Brusque, na última quinta-feira, foram 21.132 ingressos emitidos. Mas o público total em São Januário foi de 18.452, sendo 18.243 pagantes. Ou seja, 2.680 ingressos não foram utilizados pelos torcedores para acompanharem a partida. Destes ingressos, que constam como “devolvidos” nos borderôs das partidas, 746 eram de check-ins de sócios do clube, enquanto 557 foram cortesias não utilizadas e 1.377 gratuidades. Contra o Bahia, pela 7ª rodada, foram emitidos 21.600 ingressos, mas o público presente foi de 19.692. Ou seja, 1.908 entradas não utilizadas (486 check-ins, 512 cortesias e 910 gratuidades.

Este não é um problema que acontece apenas no Vasco. Os outros clubes do Rio de Janeiro também costumam ter este tipo de problema com ingressos devolvidos, principalmente as gratuidades, que são garantidas por leis estaduais, e as cortesias, que costumam ir para federações, patrocinadores, parceiros comerciais, órgãos públicos, dirigentes dos clubes, jogadores, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros. Mas o Vasco vem tentando evitar que esses ingressos fiquem “encalhados” ou parem na mão de cambistas e acabem não sendo utilizados.

Um das principais medidas tomadas recentemente foi o aumento da fiscalização em relação as gratuidades. Por lei, menores de 12 anos, idosos, deficientes físicos e ex-atletas profissionais tem direito a gratuidades no Rio de Janeiro. Muitos desses ingressos, no entanto, costumam parar em mãos de cambistas e, quando não são revendidos, acabam contabilizados como “devolvidos”. As gratuidades, em tese, são pessoais, intransferíveis e não podem ser vendidas.

Por isso, recentemente, o Vasco passou a aumentar a fiscalização e concentrou a entrada das gratuidades apenas no Portão 8. Assim, o clube consegue controlar quem está entrando com ingresso retirado gratuitamente. Contra o Bahia, por exemplo, quase 300 pessoas foram barradas tentando entrar em São Januário com gratuidades. Os ingressos de sócios com cambistas também podem entrar na mira, mas este caso é mais complicado por estarem espalhados em diversos portões.

– Colocamos algumas práticas pra evitar o repasse de gratuidades para cambistas. Temos um portão exclusivo para esse tipo de conferência, que é o portão 8. Nele fazemos uma conferência de documentação dos beneficiários e o acompanhante. Como temos um controle maior, só vai resgatar a gratuidade quem efetivamente irá a São Januário e estamos permitindo o resgate de gratuidade em todos os pontos de venda – afirmou ao ENM o diretor de operações de jogo do Vasco Sergio Silvino.

O Vasco também vem fazendo testes com as cortesias dadas a alguns patrocinadores. O clube tem uma nova iniciativa em andamento de ingresso em cartão para estes parceiros, para tentar evitar o repasse para cambistas. Neste ponto, no entanto, a dificuldade é um pouco maior, pois os patrocinadores costumam oferecer os ingressos para diferentes pessoas a cada jogo.

Já a questão do check-in dos sócios é um ponto um pouco mais delicado e de difícil solução. A partir do momento que o associado faz o check-in para o jogo, ele tem o seu lugar garantido. Se, por algum motivo, o torcedor não comparecer no estádio, o clube entende que não pode “penalizar” este associado. Afinal, o check-in é uma vantagem adquirida e o clube não pode “punir” alguém por um benefício não utilizado.

Assim, o Vasco vai tentando evitar que ingressos fiquem “encalhados” com cambistas e tenta transformar São Januário cada vez mais em um caldeirão para ajudar o time na luta pelo acesso para a elite do futebol brasileiro. Até o momento, em cinco partidas na Série B, o Cruz-Maltino tem uma média de 15.681 pagantes por jogo. E o próximo compromisso em casa acontece já na quinta-feira (02/06), contra o Grêmio, às 20h. E Colina estará, novamente, cheia. Até o meio da tarde da última sexta-feira, mais de 5 mil ingressos já haviam sido emitidos. A ver quantos serão utilizados.

Fonte: Esporte News Mundo

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