Vasco aproveita chances criadas e volta a vencer depois de quase 2 meses

Vasco da Gama mostrou eficiência para bater o CSA e garantir sua vaga nas quartas de final da Copa do Brasil.

Vasco x São Paulo em São Januário
Vasco x São Paulo em São Januário (Foto: Staff Images/CBF)

O Vasco vinha de sete jogos sem vencer e entrou em campo nesta quinta-feira pressionado pela classificação na Copa do Brasil. Se em alguns jogos recentes o time de Diniz pecou nas finalizações, desta vez a equipe resolveu descarregar tudo no CSA durante o primeiro tempo. O time atropelou o adversário e encaminhou a classificação antes do intervalo, com um 3 a 0 no placar. O resultado fez a equipe voltar um pouco desligada para a etapa final, sem repetir a boa atuação da primeira metade.

É lógico que o CSA não está no nível dos adversários que o Vasco enfrentará no restante da temporada, entre Brasileirão e Copa do Brasil. O primeiro tempo foi perfeito para manter o ótimo clima em São Januário durante toda a partida e não dar brecha para alguma crise.

A vitória serve para elevar o moral da equipe — que vinha sofrendo para balançar as redes — e para dar mais segurança a Diniz. No entanto, os espaços dados no segundo tempo servem de alerta para uma defesa que ainda preocupa e costuma se complicar sozinha durante as partidas.

No embalo de Piton e Rayan

O Vasco assumiu as rédeas da partida com muito volume de jogo pelos lados do campo. Com Hugo Moura na defesa, ao lado de Lucas Freitas, e a dupla de volantes formada por Jair e Tchê Tchê, a equipe atuou com uma linha muito alta, sem deixar o CSA respirar com a bola.

Quando tinha a posse, o Vasco acumulava jogadores no mesmo setor para gerar superioridade pelos lados. No entanto, até o primeiro gol sair, a equipe abusou dos cruzamentos pelo alto. Pela falta de capricho de Paulo Henrique — principalmente — e de outros jogadores, o time não levava tanto perigo. A única grande chance no período foi uma cabeçada de Rayan para fora, aos 15 minutos.

As melhores tramas ofensivas surgiram pela esquerda, com Nuno, Coutinho, Piton e Tchê Tchê se aproximando — os jogadores mais técnicos do time. Foi por ali que o Vasco construiu, de pé em pé, a jogada do gol que abriu o placar, com Rayan aproveitando uma sobra na área.

O segundo gol teve o mesmo início, mas terminou de forma diferente. Tchê Tchê recebeu, girou o corpo e inverteu a jogada para Rayan, que estava sozinho no lado direito. O atacante se livrou da marcação, mandou um chutaço, e Coutinho aproveitou o rebote para marcar.

Mas o grande momento do primeiro tempo foi o terceiro gol marcado pelo Vasco. A jogada começou com Léo Jardim e terminou nos pés de Tchê Tchê, após 11 passes, até o golaço do volante — que vive ótima fase. Apenas Hugo Moura, Rayan e Vegetti não tocaram na bola na construção. Um dos gols mais bonitos do Vasco sob o comando de Diniz.

Segundo tempo de volta aos problemas

Já virou rotina: quando o Vasco faz um bom primeiro tempo, o torcedor vascaíno logo fica preocupado com o segundo. Não foi o caso no jogo contra o CSA — até porque a vantagem de 3 a 0 era confortável, diante de um time visivelmente limitado —, mas os sinais deixados na etapa final trouxeram aquele velho gosto de preocupação para os próximos compromissos, com a repetição de alguns problemas antigos.

O Vasco até começou bem, com uma finalização desperdiçada por Nuno Moreira na entrada da área. No entanto, esse foi um dos últimos momentos de destaque do português na partida. Assim como Rayan, ele caiu bastante de produção no segundo tempo.

Exposto aos contra-ataques, o Vasco foi ameaçado em algumas escapadas do CSA pelos lados do campo. O gol dos alagoanos saiu após um escanteio em que Nuno abandonou a marcação e Lucas Freitas errou no cabeceio. Cansados, Coutinho e Nuno saíram aos 20 minutos, e o time demorou a se reorganizar, mas logo voltou a dominar a partida.

A equipe de Diniz desperdiçou ao menos três grandes chances de ampliar a vantagem. A primeira veio quando o goleiro do CSA entregou a bola nos pés de Tchê Tchê, mas Vegetti não finalizou. A segunda foi com Garré, em outra falha do goleiro adversário — mas o argentino demorou demais para concluir a jogada. A terceira chance foi novamente com Vegetti, que teve o chute bloqueado por Camacho dentro da grande área.

Depois que Garré perdeu a chance de fazer seu primeiro gol pelo Vasco, o argentino entrou no jogo, se movimentou, criou oportunidades e finalizou de fora da área. Ainda é pouco para um reforço que chegou com a expectativa de ser titular. Ele precisa ser mais participativo nos jogos do Brasileirão, como foi nesta quinta-feira contra o CSA.

Se a vitória é importante para elevar o moral da equipe, deve servir ainda mais para Piton e Coutinho, que não vinham de boas atuações. O lateral-esquerdo foi muito bem no jogo, enquanto o camisa 10 quebrou um jejum de três meses sem marcar.

O destaque negativo vai para mais um desempenho ruim de Vegetti. O argentino muitas vezes condiciona as jogadas de ataque do Vasco a terminarem em cruzamentos na área pelo alto, mesmo quando o time é capaz de criar jogadas pelo chão. O camisa 99 não vive boa fase, errando até mesmo o que não errava antes, como algumas chances claras na área.

A vitória contra o CSA colocou o Vasco nas quartas de final da Copa do Brasil pelo segundo ano seguido. É pouco para um clube do tamanho do Vasco, mas é importante voltar a figurar entre os melhores times nas principais competições do país — principalmente depois de alguns vexames protagonizados em anos recentes. Agora, a atenção volta ao Brasileirão, onde o time precisa reagir e retomar as vitórias para sair do Z-4 o mais rápido possível.

Fonte: Globo Esporte

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