Repeteco: Vasco apresentou as mesmas falhas de sempre contra o Cruzeir

No último sábado, o Vasco perdeu para o Cruzeiro por 3 a 1, e perdeu a liderança do Campeonato Brasileiro.

Pra variar, o Vasco apresentou as mesmas falhas que já vem apresentando há muito tempo. Diante de times retrancados, o time simplesmente não sabe o que fazer no ataque. E quando as chances aparecem, outro defeito recorrente do time, perdemos chances que não se podem perder. Foi assim o primeiro tempo todo. Eder Luis criou algumas jogadas e perdeu. Alecsandro teve sua oportunidade, mas também a desperdiçou. Mas nem foram tantas chances assim. Com Felipe e Diego Souza (mais uma vez) em uma noite canhestra, o domínio vascaíno na primeira etapa não foi nada efetivo. O que adianta dominar um jogo em que quase nada acontece?

O que foi dito aí em cima bem poderia descrever o que foi a derrota do Vasco ontem por 3 a 1 para o Cruzeiro, mas não descreve. Esse é um trecho do post de 29 de junho de 2011, que tratava de outra derrota para o mesmo Cruzeiro. Isso mostra o quanto foram parecidas as duas partidas.

E o que não foi igual foi pior. Se ano passado levamos o primeiro gol apenas no segundo tempo e numa bobeira da defesa, ontem nem esperamos o intervalo para ficar em desvantagem. Bastou que Eder Luis, em mais uma apresentação abaixo da crítica, armasse um contra-ataque no finzinho da etapa inicial. E por conta de um vacilo individual e de um gol irregular – um jogador em impedimento participou do lance – o Vasco viu seu adversário, que nada fez além de se defender nos primeiros 45 minutos, sair do primeiro tempo com vantagem no placar.

A situação poderia muito bem ser revertida nos 45 minutos restantes. Para conseguir isso, Cristóvão resolveu fazer o que poderia ter feito desde o começo e colocou o Feltri no lugar do Bastos e deslocou Felipe para o meio. Mas o tal “time calejado” voltou com um nervosismo inexplicável, saindo desorganizadamente para o ataque num desespero injustificado para um começo de segundo tempo. Vendo o nervosismo do Vasco, o Cruzeiro adiantou sua marcação e além de continuar sendo eficiente na defesa, passou a ser realmente perigoso nos contra-ataques.

E mais uma vez como ano passado, esse nervosismo foi fatal. Felipe não encontrava espaços para dar seus passes, o ataque não funcionava e com todo mundo indo pra frente, os espaços surgiram. E o Cruzeiro se aproveitou deles, primeiro com Wellington Paulista, fazendo por cobertura e depois com Anselmo Ramon, em mais uma jogada onde o que não faltavam eram buracos na nossa defesa. O gol que marcamos, fruto acidental de uma pressão sem organização que exercemos por algum tempo, não foi o bastante.

Todo mundo sabia como jogaria o Cruzeiro. Todos sabiam quais jogadores adversários não poderiam ter liberdade. Todos sabiam que o Vasco não poderia se jogar alucinadamente ao ataque, com o risco de sofrer com os contragolpes. Era pedra cantada, desde o ano passado. E mesmo assim, vimos a mesma coisa acontecer mais uma vez. Mesmo que o campeonato esteja no começo, ou que ainda estejamos numa boa posição na tabela ou ainda mesmo que erros individuais tenham sido cruciais para a derrota, não há paciência que aguente. Muitas das críticas até podem ser exageradas, mas nem vale a pena as rebater. O time tem mais é que trabalhar para evitar que outras derrotas como essa aconteçam. E, de preferência, que o time volte a ficar pelo menos o mesmo tempo invicto em São Januário.

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Mais tarde sai a coluna no site Os 4 Grandes.

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