Vasco apresenta leve melhora com Diniz, mas ainda tem ‘Everest para escalar’

Fernando Diniz estreou pelo Vasco da Gama, com derrota para o Lanús, na Argentina, pela Copa Sul-Americana.

Fernando Diniz em reestreia pelo Vasco
Fernando Diniz em reestreia pelo Vasco (Foto: AFP)

A estreia de Fernando Diniz no comando do Vasco foi marcada por sinais de evolução, mas também pela oscilação que assola o time ao longo de 2025. O Vasco acabou derrotado por 1 a 0 para o Lanús na noite desta terça-feira e deu adeus às chances de se classificar em primeiro lugar no Grupo G, mas algumas mudanças já foram observadas no primeiro jogo do novo treinador.

O técnico não inovou na escalação inicial e manteve a base do time titular que vinha atuando na maioria dos últimos jogos, mas alguns pensamentos e filosofias do treinador estiveram presentes já em sua estreia, sobretudo na primeira etapa. Vale lembrar que Fernando Diniz teve apenas um dia de atividade com todo o grupo.

As intenções de Diniz e mudanças

No primeiro tempo, o time demonstrou mais paciência com a bola no pé. Como de praxe em trabalhos de Diniz em outros clubes, o Vasco iniciou a partida com os jogadores mais aproximados para dar opção de passe curto. A saída de bola também contou com uma maior participação de Coutinho na construção, que recuava para receber e clarear as jogadas. E foi possível ver uma marcação com uma linha mais alta no início de jogo; algo que não acontecia até então na temporada da equipe.

Léo Jardim também foi acionado com os pés em algumas ocasiões. O goleiro e os zagueiros, porém, mostravam que também tinham liberdade para jogar com a bola longa, quando a pressão do adversário impedia a saída curta. A todo momento na beira do campo, Diniz cobrava uma inversão do lado da jogada com maior rapidez e chamava a atenção, principalmente aos laterais e pontas.

Nessa conjuntura, o Vasco demonstrava mais lucidez em campo nos primeiros 45 minutos e controlava mais a posse de bola, mas sem construir chances para abrir o placar.

O treinador busca explorar o jogo aproximado e também pelos lados. E neste primeiro jogo, já foi possível ver Rayan e Nuno Moreira invertendo seus lados no campo e flutuando também pela faixa central para buscar aproximação.

Mesmo sem dominar as ações, o Lanús teve a principal chance da primeira etapa. Aos 25 minutos, Marcelino Moreno recebeu lançamento longo entre os zagueiros, aproveitou hesitação de Léo Jardim, driblou e bateu para o gol vazio. Luiz Gustavo se recuperou muito bem e se esticou para salvar em cima da linha.

Queda na segunda etapa

Os últimos 45 minutos mostraram o Vasco já conhecido de 2025, com muitos erros individuais e com queda física de seus principais jogadores.

O gol argentino saiu logo no início, aos oito minutos, com Cabrera. O lado esquerdo da defesa do Vasco teve uma falha de comunicação e organização na origem, que foi fatal para o gol. Lucas Piton tomou a decisão de fazer uma linha de impedimento na origem quase inexplicável, mas Luiz Gustavo não acompanhou, e Salvio recebeu sozinho para avançar pela direita.

O Vasco não ameaçou o gol de Losada e não esteve próximo de buscar o empate posteriormente. E apareceu mais um problema que assola a equipe em 2025: a falta de confiança, citada pelo próprio Fernando Diniz na coletiva de imprensa depois do confronto. O aspecto anímico mais uma vez foi um fator fundamental para o resultado negativo.

– Quando toma o gol, o time perde confiança e as outras coisas vêm, o histórico recente, aí deu uma sentida”, afirmou Diniz

Poucos minutos depois do gol, Diniz promoveu as primeiras substituições no Vasco. Adson e Paulinho entraram nos lugares de Luiz Gustavo e Rayan. Neste momento, Hugo Moura foi recuado para a zaga – posição que, embora nunca tenha atuado pelo Vasco, já fez parte da carreira do atleta por outros clubes pelos quais passou.

Não surtiu efeito. Como em outros jogos, o Vasco sentiu a queda de rendimento físico de Coutinho, jogador com maior refino técnico, e murchou ainda mais. Diniz sentiu isso. Aos 35 minutos, chamou Alex Teixeira assim que Coutinho errou um domínio e não conseguiu disputar bola por claramente demonstrar cansaço. Também chamou Mateus Carvalho, com quem já havia conversado no banco de reservas duas vezes durante a primeira etapa.

Não houve praticamente tempo para analisar as próximas ações do Vasco com as novas peças em campo. No minuto seguinte, Hugo Moura recebeu seu segundo cartão amarelo e foi expulso para evidenciar a má fase vivida nos últimos jogos.

Com um a mais, o Lanús se manteve no campo de ataque, quase ampliou em chute de Marcelino Moreno na trave e não sofreu praticamente até o fim da partida. Vitória do time argentino e classificação garantida como líder com um rodada de antecedência.

Para chegar às oitavas, portanto, o Vasco precisará passar pelos playoffs. Antes disso, terá que vencer o Melgar na sexta e última rodada. O time comandado por Fernando Diniz só passa de fase se vencer os peruanos em São Januário no próximo dia 27. Empate não serve.

Fonte: Globo Esporte

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