Vasco pode aproveitar altitude com chutes fortes

Altitude pode ser aliada do vasco nas cobranças de falta e nos chutes de fora da área.

Um dos terrores para brasileiros no que diz respeito à preparação física, a altitude pode virar aliada do Vasco no jogo contra o Aurora (BOL),  com transmissão em tempo real pelo LANCENET!, nesta quarta-feira, em Cochabamba, que fica 2.560m acima do nível do mar. Afinal, o expressinho escalado por Cristovão Borges conta com três especialistas em chutes de média e longa distância para aproveitar a velocidade da bola: Bernardo, Fellipe Bastos, além de Nilton, apelidado de Canhão da Colina.

Nas situações em que o Vasco utilizou time misto ou reserva, sem os medalhões, Bernardo apareceu como principal destaque e, ao lado de Fellipe Bastos, fez dos chutes de fora da área uma arma. E eles contarão com um grande reforço nesse quesito: Nilton, que, recuperado de uma lesão no joelho direito, volta aos gramados nesta noite após cerca de um ano. Na altitude, chega mais rapidamente ao gol. E se os canhões vascaínos ao nível do mar já assustam…

– Em locais mais altos, não é que a bola vá com mais velocidade, mas, por ter menos resistência do ar, sofre menos influência. Se tem um jogador que chuta forte, por exemplo, a bola chega ao destino sem muitas variações, com quase a mesma velocidade – explicou o professor de física, Luis Alfredo Wurts.

Nilton, que vai atuar como zagueiro nesta quarta-feira, ganhou destaque com chutes de longa distância entre 2009 e 2010. Enquanto esteve fora, Fellipe Bastos mostrou características parecidas e fez gols utilizando a força no Brasileirão e na Copa do Brasil. Já Bernardo costuma usar mais o jeito, mas sem deixar de lado a força, principalmente nas cobranças de falta de média distância (ver infográfico com os canhões vascaínos na página).

Precauções com o ar
Além da velocidade da bola, a condição cardio-respiratória dos jogadores também preocupa. Por isso, a delegação preferiu ficar em Santa Cruz de La Sierra, que é no nível do mar, e vai para Cochabamba apenas poucas horas antes do jogo. Além disso, foram levados balões de oxigênio para a Bolívia.

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Com a palavra

Luis Alfredo WurtsProfessor de física

“As moléculas mais pesadas ficam concentradas a nível do mar. Quanto mais alto, diminui o número dessas moléculas. Com isso, a resistência do ar na bola é menor também. O certo é que, como a bola sofre menos influência da resistência do ar, chega ao objetivo com menos variação de sua velocidade.

Um jogador que tem o chute forte pode ter vantagem, pois a bola chega ao gol com praticamente a mesma velocidade. Há mais dificuldade para se colocar efeito. A força de atrito gera variação de pressão nos lados da bola. Isso faz com que ela ganhe menos efeito do que o normal.”

Fonte: lancenet

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