Vasco adere à filosofia da posse de bola para fazer bonito na Copinha

Crias do Vasco da Gama vão em busca do bi-campeonato da Copa São Paulo; competição começa no dia 2 de Janeiro.

William Batista no comando do Sub-20 do Vasco
William Batista no comando do Sub-20 do Vasco (Foto: Matheus Lima)

A cinco dias de estrear na Copa São Paulo de Futebol Junior, o Vasco tem o apego à bola como filosofia para buscar seu segundo título da competição 31 anos depois da primeira conquista. O time já aderiu ao modelo de jogo do novo treinador William Batista e, mais do que a taça, quer ser protagonista na Copinha.

“Egoísta pela bola”

William chegou ao Vasco há pouco mais de um mês, período que teve para trabalhar com o grupo de jogadores que levará a São Paulo na próxima semana. Treinador que gosta de ter a bola, ele promete levar a campo uma equipe competitiva e que busque sempre a superioridade.

– Sou um treinador que gosta da bola, quero que minha equipe fique com a bola, sou egoísta pela bola. Quando a equipe não tem a bola, gosto que pressione para que recupere o mais rápido possível. Buscando ser protagonista através disso, uma equipe impositiva que coloque o Vasco num nível acima de todos os adversários – disse William ao ge.

O primeiro desafio de William Batista no Vasco foi completado com sucesso. O treinador levou o time à conquista da Copa Xerém, torneio preparatório para a Copinha, após empate com o O’ Higgins e vitórias sobre Botafogo e Fluminense.

– A Copa Xerém foi importante porque a gente conseguiu trabalhar dentro de jogos tudo o que a gente tinha treinado em três semanas, nos baliza pelo que estávamos fazendo de bom e para melhorar o que era déficit. O jogo é um referencial importante dentro do processo de evolução de uma equipe. Fizemos três grandes jogos, vencemos dois clássicos, e conseguimos perceber o que os jogadores podem oferecer para a equipe e o que podemos dar de subsídio para evoluírem na sequência. O Vasco entra sempre para vencer e ficamos felizes em ter ganhado – destacou William.

O treinador chegou ao Vasco após um trabalho marcante no América-MG, onde se tornou o técnico mais longevo da categoria sub-20 – ele estava lá desde 2019. Nesta temporada, foram 48 jogos (25 vitórias, 13 empates e 10 derrotas) pelo Coelho. Levou a equipe mineira às quartas de final do Campeonato Brasileiro, às quartas da Copinha e às oitavas da Copa do Brasil Sub-20. Em 2021, foi campeão mineiro em cima do Cruzeiro.

No Vasco, William Batista é uma das caras do processo de renovação da base, que tem agora um velho conhecido como gerente. Ao lado de Carlos Brazil, o treinador é responsável pelo projeto de mudança do sub-20 e está satisfeito com o trabalho que tem conseguido realizar.

– O grande destaque desse início de trabalho é a disposição dos nossos jogadores em fazer o que tem sido determinado, o comprometimento deles com o propósito do processo. Nosso trabalho é para que eles consigam evoluir, entregar a melhor versão, e a gente só consegue isso com o empenho de todos – afirmou o comandante.

– Tenho colocado o que sinto a nível de ideia de jogo, estamos em um nível bem interessante, conseguimos evoluir muitas coisas que eram necessárias para competir. Tenho gostado bastante, estou feliz, e os jogadores têm desfrutado disso, o que é o mais importante. Temos analisado o que nossos jogadores podem entregar a nível individual e coletivo – completou.

Oportunidade para os crias

O Vasco vai levar 23 jogadores para São Paulo. O grupo de jovens atletas vê na Copinha a chance de se destacar e até mesmo ser notado pelo time principal. O técnico Mauricio Barbieri vai estar de olho na competição, já que a integração base-profissional é um dos pilares do clube.

Um dos nomes certos na delegação é o de Matheus Julião. O lateral-esquerdo acredita que o Vasco pode fazer diferente na Copinha este ano e confia na filosofia de William Batista.

– O trabalho do professor tem sido de excelência, compramos a ideia desde o primeiro treino e tenho certeza que estamos prontos e preparados para qualquer obstáculo. Apesar do time ser mais novo do que o do ano passado, temos jogadores muito competentes e qualificados e acostumados a jogar jogos grandes. Acho que fazer o que o professor pediu vai ser de extrema importância para chegar nas fases finais – declarou Julião ao ge.

Julião foi inserido, ao longo da temporada 2022, no processo de transição para o time profissional. Ainda não estreou pela equipe de cima, mas treinou e vivenciou o ambiente do elenco principal. Perto de completar 20 anos, em abril de 2023, o lateral mira uma vaga com Barbieri.

– Estar no profissional é sempre bom, não tive a oportunidade ainda de estrear, mas venho me preparando para esse momento. Espero que o professor Barbieri esteja acompanhando a Copinha e que eu possa me sair bem para poder ter uma chance no time de cima – comentou o garoto.

Natural de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, Julião chegou ao Vasco aos 12 anos. No sub-15, ele passou a atuar como zagueiro, mas voltou à função de lateral-esquerdo no sub-20, onde ganhou destaque desde a temporada 2021. Apesar do pé na defesa, os números apontam um lateral com características mais ofensivas.

Além de Julião, outros 29 jogadores foram relacionados pelo Vasco para disputar a Copinha, mas a lista final terá 23 atletas. Entre outros destaques estão o goleiro Cadu, o lateral-direito Paulinho, os meias Marlon Santos e Estrella e os atacantes Erick Marcus, GB e Rayan.

Fonte: Globo Esporte

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