Vasco abandona estilo defensivo dos últimos anos na estreia do time titular

Vasco da Gama mostrou D.N.A. ofensivo, característico do técnico Maurício Barbieri, na derrota para o River Plate.

Nenê durante o jogo contra o River Plate
Nenê durante o jogo contra o River Plate (Foto: Daniel Ramalho/Vasco da Gama)

O Vasco entrou em campo pela primeira vez na temporada com um esboço do qual deve ser seu time principal no início de 2023 nesta terça-feira (17), em Orlando, para enfrentar o poderoso River Plate. A derrota por 3 a 0 foi um choque de realidade em diferentes sentidos para o torcedor cruzmaltino, que conseguiu ver o que parece ser o início de um trabalho promissor, mas que ainda tem muito a ser feito.

A irritação natural com o resultado e talvez o balde de água fria para os mais otimistas que esperavam uma vitória imponente contra um dos times mais tradicionais do continente pode ter, injustamente, levantado o sentimento de irritação. Mesmo com o placar negativo, o Vasco de Mauricio Barbieri mostrou, sim, pontos positivos que devem dar o tom do que o torcedor pode esperar pela frente.

Com uma ruptura do habitual estilo, que durou na maioria nos últimos anos, de uma postura mais defensiva, Barbieri mostrou que sua forma de enxergar o jogo é diferente. Muita pressão em linhas altas desde o início, construção de jogo começando pelos pés dos zagueiros e toques de bola com rapidez animaram o torcedor nos 15 minutos iniciais. O Vasco chegou bem, construiu boas jogadas e levou perigo ao gol de Armani até o preparo físico pedir a conta. O que é, obviamente, natural no contexto de início de pré-temporada.

Por se tratar de um início de ciclo, com novos reforços chegando a todo momento e o elenco sendo construído aos poucos, Barbieri usou uma equipe mista. Os novos contratados Puma Rodríguez e Lucas Piton mostraram bons sinais para a titularidade nas laterais. O zagueiro Léo teve boa atuação e mostrou qualidade com a bola no pé. Isolado, Pedro Raul lutou e correu bastante, mas perdeu chance clara no segundo tempo. Outros velhos conhecidos tiveram novas chances. O goleiro Alexander, o zagueiro Miranda e o volante Zé Gabriel não foram bem e acabaram falhando nos lances dos gols. Nenê mostrou que não tem mais nível para ser titular em um nível competitivo, enquanto Erick Marcus mostrou que ainda precisa de tempo para evoluir.

Quando o Vasco precisou fazer substituições no segundo tempo, Barbieri evidenciou as deficiências do elenco vascaíno, que está longe de estar pronto para a primeira divisão. As entradas de Ulisses, Anderson Conceição, Edimar e Vinicius Paiva mostraram que a diretoria precisa acelerar o processo de construção do elenco para a primeira divisão, já que o nível técnico despencou no segundo tempo. Nesta semana, o diretor-executivo Paulo Bracks afirmou que o prazo máximo para a montagem do elenco é até abril, próximo do início do Campeonato Brasileiro.

As entradas dos novos contratados, no entanto, foram animadoras. Jair e Orellano tomaram conta das ações ofensivas da equipe de Barbieri e protagonizaram bons lances de construção. O argentino deu seu cartão de boas-vindas com um belo cruzamento para Pedro Raul, que cabeceou mal e perdeu a grande chance do Vasco na partida.

A mudança de estilo e as novas contratações já mostram que o torcedor pode esperar um Vasco totalmente diferente de, pelo menos, os últimos três anos. Barbieri quer seguir sua filosofia de times ofensivos, de muita pressão e de muita bola no pé, algo bem diferente do que o Vasco se acostumou nos últimos anos. Os recém-contratados mostraram serviço, mas ainda não é o suficiente.

As falhas individuais que culminaram nos gols do River Plate mostram que o Vasco não pode correr riscos e precisa montar um elenco seguro, com profundidade e com opções para manter o nível. O Cruzmaltino pode estar perto de montar um bom time titular, mas ainda sabe que é preciso muito mais. Não basta ter um onze competente e ser refém de opções que não possuem nível para ajudar na conquista dos objetivos do Gigante da Colina em sua volta ao futebol nacional.

É preciso calma e muita paciência. O início mostrou ser promissor e o resultado de um jogo de pré-temporada não pode causar pânico no torcedor. Não pode e não deve. Mas é preciso ter olhos abertos para os problemas existentes para evitar dores de cabeça desnecessárias ao longo da temporada.

Fonte: O Dia

2 comentários
  • Responder

    Maurício Barbiere tu está certíssimo um time pra ganhar jogos tem que jogar sempre pra frente.gostei tu e arrojado tem coragem eu sei que tu está acertando o time vai dar tudo certo mais tem alguns jogadores que são fracos tecnicamente tu está vendo a melhor formação isso time sempre pra frente pra cima deles mesmo porque tu tem em mão jogadores técnicos da pra tu fazer o qui tu tem em mente.

  • Responder

    Nenê e pec não dar,Miranda e fraco,erra muito passe e o meio campo se, esconde do jogo Ulisses e melhor q miranda

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