Vasco 123 anos: o ‘parabéns’ mais amargo de sua história; dias melhores virão?
O Vasco da Gama está completando 123 anos de fundação neste sábado com pouco a se comemorar e ar de desesperança dentro e fora de campo.
Uma paixão que vem desde berço. Incontrolável, indomável e inexplicável. Seguir amando o Vasco da Gama apesar dos pesares? Com certeza. És o primeiro e único amor. É um sentimento que se renova ano após ano, mesmo com uma crise que parece nunca ter fim.
O Vasco é maltratado e, de tabela, a sua torcida. Sorte de quem viu craques como Ademir de Menezes, Barbosa, Bellini, Vavá, Roberto Dinamite, Romário, Edmundo, Juninho Pernambucano, Mauro Galvão e tantos outros que deram alegrias. Não é segredo que a realidade é outra, doída e desperançosa.
Resta ao torcedor se agarrar na esperança de dias melhores e celebrar as faíscas de grandeza esportiva do Vasco. És o pioneiro na luta contra o racismo, ergueu o seu templo, batizado de São Januário, com a força da sua torcida, mostrou a sua força no continente em 1948, quando ninguém tinha conseguido ainda e repetiu outras vezes.
Em âmbito nacional, és um dos maiores campeões. Já encarou e passou por cima de gigantes da Europa. Barcelona? 7×2 em pleno Camp Nou. Isso é Vasco. Porém, nem todos sabem mais, nem a pessoa que lhes escreve. Herdei a paixão do meu pai, o mesmo que, diante de uma falta de energia em sua cidade, um povoado no interior de Sergipe, atravessou um rio para, em outro município, conseguir ver a decisão do Campeonato Brasileiro de 1997.
Loucura, né? Isso é Vasco. Herdar essa paixão, sinceramente, não foi difícil. Nunca cogitei amar outro Clube. Não cheguei a ver os melhores momentos, mas tenho a esperança de um dia, assim como meu pai e meu avô, que Deus o tenha, saber a grandeza do Gigante em campo, mais ainda do que foi em 2011, o melhor que eu pude ver.
O Vasco é maior que eu, você, quem está lá e até de quem tanto venceu em São Januário. Todos passam e o Gigante fica. A realidade é dura, o presente assusta e a esperança por dias melhores reduzida. Caos nas finanças, que se reflete quando o assunto é campo, o que motivou que o Clube chegasse em seu aniversário em 11º na Série B. Quem imaginaria um cenário desse? Talvez alguns.
Por fim, o que resta é desejar tudo de melhor para essa instituição maravilhosa e que tanto contribuiu para a sociedade tanto dentro de campo quanto fora dele. O Vasco é um colosso em sono profundo, que não dá indícios que vai acordar. Por fim, vale o questionamento: dias melhores virão? É necessário. O vascaíno está cansado.
Eurico e seu projeto olímpico trouxeram infindáveis dividas ao Vasco. Dinamite com seu amadorismo fez o Vasco retroceder. O clube dos bravos ano após ano definha sem perspectiva de modernização, ainda atrelado à um passado de panelinhas e disputas internas pequenas. Apesar desse cenário, tenho esperança no Salgado pra mudar essa realidade.
Fora está diretoria. De falsos e incompetentes vascaínos nos autênticos nao precisamos. Tomem vergonha e saíam.
Continuar a ser Vasco a pesar dos pesares ? Com certeza sim, pois já não sou criança e consigo segurar minha onda. Agora, como vou convencer meu filho a seguir o mesmo caminho do pai e avô? Será que vale a pena insistir nessa ideia ? Será que será saudável para o meu filho torna-se um vascaino? Porque a única coisa que vejo se ele se tornar um vascaino é virar chacota dos amigos na escola ou fugir do tema futebol que é o que eu venho fazendo na roda de amigos.
CALMA TORCEDORES DIAS MELHORES VIRÃO, COM MUITAS MARQUISES CHEIAS DE LIXO E GOTEIRAS.