Vascaínos não foram ao enterro de Pai Santana
Esperava-se que pudesse ter uma presença grande de dirigentes e ex-jogadores vascaínos no enterro de Pai Santana.
O enterro do ex-massagista vascaíno Pai Santana, que morreu na manhã desta terça-feira após sofrer uma insuficiência respiratória causada por uma pneumonia, foi em clima de absoluta tranquilidade. Esperava-se que pudesse ter uma presença grande de dirigentes e ex-jogadores vascaínos, mas as homenagens ficaram restritas a São Januário, local onde foi velado. No Cemitério do Cajú, haviam cerca de 60 pessoas presentes, entre familiares e amigos.
A pessoa mais conhecida dentre todos era o filho de Pai Santana, conhecido como “Bola Sete”, figura marcante nas arquibancadas dos eventos esportivos do Brasil. Dirigentes e ex-jogadores, para evitar ainda mais confusão, prestaram homenagem ao massagista no velório, que foi realizado na Capela Nossa Senhora das Vitórias, dentro de São Januário.
“O Santana era a maior representação da torcida do Vasco. Em mais de 50 anos de amizade, nunca vi alguém se envolver tanto com o clube. Apesar de todo o folclore e de suas manias na hora dos jogos, era um cara com um coração enorme, querido por todos que o conheciam. Deus quis que ele descansasse, e temos que respeitar essa vantagem. Lá de cima, ele vai ajudar o Vasco nesta reta final. Vai ser o último ‘trabalho’ dele”, brincou João Alexandre, de 81 anos, amigo de Pai Santana há mais de 50 anos.
Ex-lutador de boxe e pai-de-santo, Pai Santana chegou ao Vasco em 1954, onde trabalhou para o resto da vida. O massagista era conhecido por suas mandingas, como acender velas no vestiário, em todos os jogos do clube. Além disso, ele ganhou o carinho da torcida ao entrar em campo com uma bandeira do clube, sobre a qual se ajoelhava e beijava o gramado.
Em 2006, Pai Santana sofreu um AVC (acidente vascular cerebral), quando passou a ter seus movimentos restritos. Com isso, ele deixou de trabalhar no clube, mas sempre recebeu um apoio financeiro do Vasco, que durou até o fim de sua vida. O massagista tinha 77 anos e fez sua última visita em São Januário este ano, após a conquista da Copa do Brasil, quando foi reverenciado pelo elenco atual.
Fonte: uol