Uma Taça Guanabara depois Vasco está bem diferente

O Vasco está com 100% de aproveitamento no torneio e encara o Fluminense, no domingo, na decisão.

Em um ano, quanta coisa pode mudar. Às vésperas da Taça Guanabara de 2011, o Vasco dava só os primeiros passos para sair de profunda crise interna que ultrapassava as quatro linhas. Menos de 365 dias depois, entre conquistas como a Copa do Brasil e dramas como o AVC de Ricardo Gomes, a caravela vascaína mudou o rumo e se coloca na rota de um novo título. O time está com 100% de aproveitamento no torneio e encara o Fluminense, no domingo, na decisão.

A vitória sobre o arquirrival Flamengo na quarta-feira ilustra bem o estilo desse “novo Vasco”, que cresce nas adversidades. O incômodo de um jejum de quase três anos sem bater o adversário serviu como combustível para o time, que saiu atrás no placar e precisou correr em busca da virada.

E problemas não faltaram nesta jornada de um ano. A terra arrasada após quatro derrotas no início da Taça GB de 2011, com a demissão do técnico PC Gusmão e o afastamento de Felipe e Carlos Alberto; a personalidade de Cristovão para assumir após o AVC de Ricardo; a reestruturação do futebol com a saída do pilar ROdrigo Caetano, salários atrasados…

Isso não impediu a conquista da Copa do Brasil e a luta até o fim pelo título brasileiro. A reintegração de Felipe e a volta de Juninho Pernambucano foram até mais importantes fora de campo do que dentro. O furor dos mais jovens precisava de orientação. Foi canalizado para o campo e rendeu frutos.

Em um ano, o time mudou um pouco, peças importantes chegaram, mas o principal aprendizado daqueles dois primeiros meses de 2011 certamente foi na mentalidade. Aquele Vasco não tinha unidade, tinha correntes dissonantes. Sem tanto brilho, mas com brio e eficiência, formou-se um grupo, um time. E o horizonte é ensolarado.

28/01/2011 – Fundo do poço

Após quatro derrotas seguidas na Taça GB, sendo a última para o rival Flamengo, e em meio a grave crise de relacionamento, o técnico PC Gusmão é demitido e Felipe e Carlos Alberto afastados. Até hoje o camisa 6 questiona a atitude de mantê-lo longe do time, tomada pela diretoria, e não esconde as reservas com as atitudes do antigo camisa 19 da Colina. O clube vive seu pior momento desde o retorno à Série A do Brasileiro.

03/02/2011 – Recomeço

Com a chegada de Ricardo Gomes e após mapear nos bastidores a origem da crise, a diretoria reintegrou Felipe. O Maestro conversou com o presidente Dinamite, mostrou os problemas, a vontade de ficar e saiu fortalecido. É referência no elenco, inclusive nas reivindicações sobre salários atrasados, por exemplo.

27/04/2011 – Reizinho de volta

Enfim, Juninho voltava para casa. No embalo de uma bela campanha na Copa do Brasil, o time ganhava, além de um reforço para dentro das quatro linhas, um líder que passaria a ser fundamental nos bastidores. Atuante, Juninho serve de modelo para os mais novos e como ponte entre o elenco e comissão técnica e diretoria. A apresentação aconteceu só em junho.

08/06/2011 – Alecgol

O camisa 9 é exemplo de superação e persistência que marcam o grupo vascaíno. Sempre sofreu com perseguição da torcida, mas foi decisivo na campanha do título da Copa do Brasil. Nas finais, marcou duas vezes, uma em cada jogo, e terminou a competição como artilheiro, com cinco gols.

28/08/2011 – Trauma

O AVC de Ricardo Gomes cai como uma bomba no elenco vascaíno. Três dias depois, o time comandado por Cristovão vai a campo, derrota o ceará e dedica o resultado ao comandante. O incidente e a recuperação do treinador acabam funcionando como grande elemento para unir o grupo, e servem de estimulantes na luta pelo título brasileiro até a última rodada.

27/11/2011 – Bernardo

O xodó decide no último minuto contra o Fluminense, na penúltima rodada, e mantém o time na briga pelo título brasileiro. O camisa 31 ganha a torcida com sua garra e estilo emotivo e se transforma em um dos símbolos da temporada.

05/12/2011 – Fagner

Após chegar quase despercebido, Fagner impulsiona a boa campanha do Vasco em 2011 e é eleito o melhor lateral-direito do Brasileiro. Na temporada atual, começou a todo vapor e já se tornou um dos principais nomes do time. Um dos melhores exemplos da filosofia vascaína de apostar na evolução de nomes ainda pouco conhecidos.

15/02/2012 – Exceção

Dentro do bom ambiente formado na Colina, a atitude de Bernardo ao acionar o clube na Justiça por salários atrasados não ecoou bem entre os jogadores. O meia foi afastado, quer voltar, mas terá de convencer companheiros.

22/02/2012 – Apetite implacável

Alecsandro cresceu com o time no início de temporada. São nove gols em nove partidas, incluindo a da semifinal contra o Fla. Confiante, pediu ao L! para ser chamado de Alecgol e quer a reedição da máscara da careta que o pai tornou famosa. Está certo de que pode levar o clube a novos títulos. Alguém duvida?

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